blink-182 com Tom DeLonge em 2022

Por Gabriel Von Borell e Tony Aiex

Ter uma banda de Rock nem sempre é fácil. Conviver diariamente no estúdio e na estrada, além de outras obrigações de carreira, pode causar diversos atritos entre os integrantes.

Por mais que muitos grupos consigam superar as desavenças que existem, nem sempre é possível tocar os planos futuros e aquela banda incrível que a gente gosta termina pela falta de aptidão para lidar com as dificuldades internas.

No entanto, nada é definitivo e também acontece dos integrantes voltarem a se falar, ou pelo menos fingirem o entendimento. Seja por grana, terapia ou tédio, existem diversos exemplos por aí e o TMDQA! listou alguns nomes bem famosos que se enquadram nesse contexto.

Confira nossa seleção a seguir!

blink-182

blink-182 com Mark Hoppus, Tom DeLonge e Travis Barker

O blink-182 reuniu sua formação clássica após o retorno do guitarrista e vocalista Tom DeLonge e anunciou um novo álbum ao lado de Mark Hoppus e Travis Barker.

A volta de Tom aconteceu em meio a polêmicas já que seu substituto Matt Skiba, líder do Alkaline Trio, teve que deixar a banda para que isso acontecesse. O guitarrista foi dispensado após os anos de serviço em que excursionou e gravou os discos California (2016) e Nine (2019), mas depois se pronunciou dizendo que está tudo bem entre todo mundo.

The Black Crowes

The Black Crowes em Nova Iorque (2019)
Reprodução/YouTube

A reunião do Black Crowes aconteceu sem a participação do baterista Steve Gorman e o músico revelou que Chris Robinson queria tirá-lo da banda em 2014 para aumentar sua participação nos lucros. Isso, provavelmente, justifica sua falta no retorno do grupo em 2019.

O baterista chegou a declarar que o vocalista ficava incomodado com o programa de esportes que Gorman apresentava na Fox Sports Radio.

Vale lembrar que a banda está perto de fazer um show aqui no Brasil em Março.

The Mars Volta

The Mars Volta

Rumores do retorno de Mars Volta começaram em 2019, mas, em 2022, a banda finalmente voltou com seu primeiro novo álbum em uma década. O disco autointitulado foi aclamado pela crítica, assim como seus shows de reunião.

Aqui no Brasil, o álbum apareceu em primeiro lugar na lista dos 50 Melhores Discos Internacionais de 2022 no TMDQA! e o grupo já tem show marcado como parte do line-up impressionante do MITA Festival 2023.

O projeto dos sempre incríveis Omar Rodríguez-López Cedric Bixler-Zavala estava em hiato há mais de uma década e o grupo chamou atenção por trazer a força e a cultura de Porto Rico em seu trabalho.

Além disso, sua nova sonoridade aposta muito menos no Rock Progressivo e muito mais no Experimentalismo, nos Ritmos Latinos e até mesmo na Música Pop.

Pantera

Foto por Stephanie Hahne/TMDQA!

A nova formação do Pantera, uma das maiores bandas de Metal de todos os tempos, tem dado o que falar.

O tributo formado pelos membros originais Phil Anselmo e Rex Brown junto com os agregados Zakk Wylde e Charlie Benante tem feito shows por todo o mundo e o produtor da banda, Sterling Winfield, se mostrou incomodado com o uso do nome do grupo.

O desconforto do produtor, naturalmente, está relacionado ao desejo de honrar a formação original do Pantera – especialmente a memória dos falecidos Dimebag Darrell (guitarra) e Vinnie Paul (baterista).

Além disso, apesar de ter tocado no Brasil recentemente, compartilhado o palco com o Sepultura e de ter sido celebrado por nomes como Max Cavalera, há muitas críticas em relação a atitudes recentes de Phil Anselmo, que fez gestos racistas em shows.

Yellowcard

Yellowcard
Crédito: reprodução

Um dos maiores nomes do pop-punk dos anos 2000 se reuniu no Riot Fest em 2022 e o Yellowcard não para por aí, já agendando shows em 2023, incluindo os festivais Slam Dunk e When We Were Young.

A banda, que interrompeu suas atividades em 2017, ainda anunciou uma série de shows em comemoração aos 20 anos de Ocean Avenue (2003). Como na época da despedida o Yellowcard não passou pelo Brasil, os fãs estão bastante ansiosos para a confirmação de alguma data.

Guns N’ Roses

Slash e Duff McKagan com o Guns N' Roses

Fundado em 1985 na Califórnia, o Guns N’ Roses nunca chegou a entrar em hiato ou se separar.

De lá pra cá, porém, o grupo passou por diversas formações um tanto quanto duvidosas, tendo apenas o vocalista Axl Rose como eixo central da coisa toda.

Acontece que em 2016, o baixista Duff McKagan e o guitarrista Slash retornaram ao grupo e o transformaram em uma versão bastante próxima daquela que explodiu em 1987 com o disco Appetite For Destruction.

Não à toa, o Guns N’ Roses fez shows pelo mundo inteiro lotando estádios e quebrando recordes, mesmo sem lançar um álbum de inéditas há 15 anos.

The Smashing Pumpkins

Billy Corgan, do Smashing Pumpkins
Foto de Billy Corgan via Shutterstock

Após meses ensaiando seu retorno triunfal, o Smashing Pumpkins, sempre envolto em muitas brigas e a liderança de Billy Corgan, voltou à ativa com outros dois integrantes da formação clássica: o guitarrista James Iha e o baterista Jimmy Chamberlin.

Com suas composições amplamente voltadas ao Rock Alternativo e uma capacidade ímpar de alternar peso e melodia, o Smashing Pumpkins se tornou um dos maiores nomes do Rock mundial nos Anos 90 por conta de discos incríveis como Gish (1991), Siamese Dream (1993) e Mellon Collie And The Infinite Sadness (1995).

Ao final dos Anos 90, porém, a coisa começou a desandar quando a baixista D’Arcy Wretzky saiu em 1999 e, apenas um ano depois, foi seguida por James e Jimmy.

De lá pra cá, o baterista se reuniu e se separou de Corgan algumas vezes, mas retornou ao Smashing Pumpkins em 2015, o que aconteceu também com Iha em 2018.

Nos últimos meses, o grupo, que ainda é acompanhado pelo guitarrista Jeff Schroeder, tem lançado três “capítulos” de uma ópera-rock chamada ATUM.

The Libertines

The Libertines no Lollapalooza Brasil 2022
Foto por Stephanie Hahne / TMDQA!

O The Libertines teve uma volta improvável em 2014 após 10 anos de inatividade – graças ao instável Pete Doherty – que mereceu até documentário e fez com que a banda voltasse a tocar em grandes festivais, como o Lollapalooza Brasil em 2022.

Por aqui, os caras vieram como substitutos, já que as bandas King Gizzard and the Lizard Wizard Jane’s Addiction cancelaram as suas apresentações após casos de COVID-19 nas equipes.

Sleater-Kinney

foto: reprodução

Conhecido por misturar Indie e Punk como poucas pessoas, o Sleater-Kinney felizmente retornou em 2014 após um hiato que começou em 2006.

Em 2019, o influente grupo que passou a maior parte da carreira como trio, mas hoje atende como dupla, lançou o disco The Center Won’t Hold, produzido pela incrível St. Vincent.

Apenas um mês antes do lançamento, a baterista de longa data Janet Weiss anunciou que não faria mais parte do grupo e houve rumores de brigas internas bastante intensas até essa tomada de decisão.

Em 2022, o grupo lançou seu décimo álbum, Path Of Wellness, dessa vez produzido pela própria banda, hoje formada por Carrie Brownstein e Corin Tucker.

Pavement

Pavement

A primeira apresentação do Pavement em 12 anos aconteceu em 2022 no Fonda Theater, em Los Angeles. De lá para cá, a banda retornou aos grandes festivais ao ser escalado para tocar no Primavera Sound em Barcelona e marcar shows pela América do Norte e Europa.

No repertório, o grupo tem incluído “Fame Throwa”, faixa do disco Slanted and Enchanted (1992) que, antes da retomada, não era tocada desde 1993. O mesmo valeu para “Harness Your Hopes”, composição presente no álbum Brighten the Corners (1997) que não entrava no setlist há 23 anos.

Apesar da reunião, o grupo já deixou claro que “acha cringe” lançar músicas inéditas. Ouch.

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