Paramore

Com novo disco no forno, o Paramore já voltou a ser um dos assuntos mais comentados do mundo da música.

Enquanto a gente aguarda o próximo trabalho de estúdio de Hayley Williams e companhia, que certamente deve trazer novos elementos e inovações sonoras, resolvemos revisitar toda a discografia dessa banda tão influente e importante dentro do cenário internacional.

É importante também ressaltar que o título “do pior ao melhor” é meramente ilustrativo — quando falamos de uma banda como o Paramore, obviamente estamos elencando as obras da “menos melhor” até a melhor.

Vem com a gente nessa!

5. All We Know Is Falling (2005)

Mesmo em seu primeiro e mais cru trabalho de estúdio, já dava pra perceber que o Paramore era uma banda diferente. Não à toa, “Pressure” se tornou um enorme sucesso e continha todos os elementos que passaram a ser explorados com mais maestria nas obras que sucederam.

A voz especial demais de Hayley, claro, é um destes, mas também vale destacar os talentos únicos de Zac Farro na bateria e os potentes riffs de guitarras e baixo que sempre trouxeram uma pegada mais rítmica para os versos, se abrindo em grandes refrães que marcam a música dos anos 2000 e influenciaram inúmeras outras bandas.

Ainda assim, All We Know Is Falling é um disco com uma identidade um pouco confusa. Por mais que seja uma favorita pessoal, “My Heart” é um exemplo disso, ao exibir uma banda que ainda não sabia exatamente qual caminho seguir e se apoiava em alguns clichês da cena até se encontrar plenamente.

4. Paramore (2013)

Mesmo em seu período mais turbulento, o Paramore foi capaz de produzir um excelente álbum com o homônimo de 2013. O álbum começava a mostrar um distanciamento da fórmula que havia consagrado o grupo até então, mas naquele momento a banda ainda não havia encontrado totalmente um novo caminho para seguir.

Ainda assim, é inegável que Paramore tem alguns enormes hits, como “Ain’t It Fun” e “Still Into You”. Por outro lado, canções como essas enfrentaram rejeição por parte do público que os acompanhava há mais tempo — mas, para esses, os sucessos do trabalho estavam em outras músicas como “Now”, “Fast in My Car” e “Part II”.

Vale destacar ainda a sensacional “Future”, talvez a faixa mais experimental da carreira e um verdadeiro presente a quem ouve o álbum do começo ao fim.

De forma geral, o homônimo mostra uma banda que passava por um período de renovação, tanto em questão de relações pessoais quanto musicalmente. O resultado é um trabalho que ousa, sai da caixinha, e divide opiniões.

3. RIOT! (2007)

A sonoridade que começou a ser moldada em canções como “Pressure” veio com tudo em RIOT!, disco que efetivamente colocou o Paramore no mapa mundial como uma das maiores atrações do planeta. E, obviamente, o álbum trouxe muitos motivos para isso.

Além de “Misery Business”, o (polêmico?) hit que elevou o status da banda, RIOT! conta com alguns dos maiores clássicos do grupo. Nesse momento da carreira, Hayley e companhia ainda estavam em uma fase crua, se descobrindo sonoramente, e o disco de 2007 é justamente um retrato do exato momento em que eles encontraram seu lugar na cena.

Com hits como “That’s What You Get” e “Crushcrushcrush”, além de outros clássicos como “Let the Flames Begin” e “For a Pessimist, I’m Pretty Optimistic”, RIOT! foi eternizado como um álbum fundamental da música dos anos 2000. E também serviu como base para seu sucessor, que pegou tudo que deu certo e tornou ainda melhor…

2. Brand New Eyes (2009)

Como falamos acima, o Paramore ainda soava como uma banda crua quando lançou RIOT!. O grande mérito de Brand New Eyes é ter expandido essa sonoridade de uma forma mais madura, encontrando uma “fórmula” para que o grupo tivesse a sua própria identidade tanto em canções mais pesadas, como “Ignorance”, quanto nas baladas, como “The Only Exception”.

Apesar do grande hit do trabalho ter sido a faixa bônus “Decode”, parte da trilha sonora da saga Crepúsculo, trata-se de um disco extremamente consistente. É aqui que o Paramore mostra uma forma irretocável, e cada nova canção complementa a anterior de uma forma quase poética, de modo a criar uma obra coesa e completa.

Aqui, o Paramore conseguiu não apenas equilibrar o seu lado mais pesado e o mais suave, mas também encontrar a forma mais madura (até então) de se expressar tanto através de um instrumental poderoso quanto pelas letras e voz de Hayley Williams.

1. After Laughter (2017)

A mudança de direção que começou a dar as caras no álbum homônimo de 2013 veio com tudo em After Laughter. O disco de 2017 se tornou universalmente aclamado por sua pegada totalmente nova, que surfou na onda de um revival dos anos 80 sem deixar que o Paramore perdesse a sua identidade.

Aqui, Hayley se reencontra com influências clássicas como o Talking Heads e o retorno às origens musicais é sentido logo de cara, no single e hit “Hard Times”. Mas, ouvindo o restante do trabalho, é possível perceber cada vez mais o quão profundo foi o mergulho nas referências para compor After Laughter.

Em “Caught in the Middle”, por exemplo, vemos elementos de Blondie que são muito bem utilizados; em “Told You So”, o Paramore resgata sua vertente mais groovada e encaixa melodias como ninguém mais fez desde então. Dançante, reflexivo e belo — tudo ao mesmo tempo —, After Laughter é uma verdadeira obra prima.

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