Tom Hanks em 2017
Foto de Tom Hanks via Shutterstock

Em 2021, completam-se 100 anos desde o massacre racial de Tulsa, nos EUA, incidente que muitas vezes não é mencionado nas escolas do país em mais um exemplo de que como a história é manipulada para excluir episódios de racismo escancarado.

Por conta da ocasião, o ator Tom Hanks fez uma carta, publicada pelo New York Times, que serve como um pedido para as escolas de que dêem mais atenção a isso ao invés de focar em outros capítulos bem menos importantes da história dos EUA. Ele diz (via NME):

Durante todos os meus estudos, eu nunca li uma página de nenhum livro de história sobre como, em 1921, uma multidão de pessoas brancas queimou um lugar chamado Black Wall Street [‘Wall Street Negra’], matou cerca de 300 de seus cidadãos negros e deslocou milhares de americanos negros que moravam em Tulsa.

Minha experiência era comum: a história era majoritariamente escrita por pessoas brancas sobre pessoas brancas como eu, enquanto a história das pessoas negras — incluindo os horrores de Tulsa — era muito frequentemente deixada de lado. Até relativamente recentemente, a indústria do entretenimento, que ajuda a formar o que é história e o que é esquecido, fazia o mesmo.

Ainda na mesma mensagem, Hanks elogia representações recentes do massacre em séries como Watchmen Lovecraft Country, mas ressalta que essa história não pode mais ser ignorada pelas escolas só porque é “honesta demais, dolorosa demais para nossas jovens orelhas brancas”.

Ele disse ainda que “a história dos EUA é bagunçada, mas saber disso nos torna um povo mais sábio e mais forte”, além de cravar que também é necessário dar fim à “batalha para tornar os currículos [escolares] mais brancos para evitar o desconforto dos estudantes”. Hanks finaliza:

1921 é a verdade, um portal para a nossa história compartilhada, paradoxal.

Você pode ler um especial sobre o massacre e sua ligação com o seriado Watchmen feito pela BBC, em português, neste link.

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