15 álbuns ruins de bandas boas

Ninguém é perfeito — nem mesmo a sua banda preferida.

Ainda que você seja um mega fã do Metallica ou do Black Sabbath, é óbvio que você precisa entender que, como seres humanos, essas pessoas também podem fazer música ruim de vez em quando. Acontece que, em alguns casos, essas músicas se juntam e tomam a forma de álbuns ruins.

Em seus extensos catálogos, até mesmo os grupos e artistas mais lendários da música possuem discos vergonhosos. Em alguns casos, a vergonha pelo trabalho mal feito é tão grande que essas obras se tornaram raras, objetos de colecionadores, já que nem em serviços de streaming elas se encontram de forma oficial.

Como nem tudo na vida é bom, resolvemos relembrar 15 vezes em que lendas da música escorregaram no meio do caminho e lançaram um material extremamente questionável. Vem com a gente e fica o desafio: você conseguiria passar dias ouvindo apenas esses discos?

Aerosmith – Rock in a Hard Place (1982)

Aerosmith - "Rock in a Hard Place"

Apesar do começo promissor com “Jailbait” e “Lightning Strikes”, Rock in a Hard Place passa longe de atingir o padrão de qualidade característico do Aerosmith. A banda notavelmente sente falta de Joe Perry, já que esse é o único disco em que ele não participa, sendo substituído por Jimmy Crespo.

Felizmente, a banda se recuperou bem de tudo isso e seguiu em frente para lançar verdadeiros hinários como Pump (1989) e Get a Grip (1993).

Bad Religion – Into the Unknown (1983)

Bad Religion - "Into the Unknown"

É surpreendente que o Bad Religion continue ativo até hoje depois do fiasco que foi o disco Into the Unknown. Depois do sucesso do EP homônimo e do disco How Could Hell Be Any Worse? (1982), ambos dentro do Hardcore/Punk, a banda apostou em uma pegada quase Rock Progressivo para seu segundo álbum cheio e o resultado foi horripilante.

Em “Time and Disregard”, por exemplo, vemos sete minutos que parecem uma mistura pouco consistente de Husker Dü Jethro Tull e o único consolo é saber que, pouco tempo depois, o EP Back to the Known (1985) recolocava a banda nos eixos do sucesso.

Black Flag – What the… (2013)

Black Flag - "What the..."

Basta olhar para a capa de What the… para saber que nada ali iria fazer muito sentido em relação ao incrível legado do Black Flag para a música. Mas isso não significa que Greg Ginn tenha desistido de lançá-lo mesmo assim, e o resultado obviamente não foi dos melhores.

Um famoso caso de “era melhor ter ficado quieto”.

Black Sabbath – Forbidden (1995)

Black Sabbath - "Forbidden"

Se o problema com What The… começa na estética, Forbidden engana bem a quem olha para a bela capa do álbum pode até achar que vem alguma coisa boa por aí. Mas é só começarem as primeiras notas de “The Illusion of Power”, parceria com Ice-T (Body Count), que você já percebe que nada de bom sairá disso.

O disco também teve uma utilidade prática, já que serviu para praticamente cimentar o fim do Sabbath desfigurado que à época contava com Tony Martin na voz, Cozy Powell na bateria e Neil Murray no baixo, além de Geoff Nicholls nos teclados.

O grupo só foi lançar outro trabalho quando Iommi se reuniu com Ozzy Osbourne e Geezer Butler, e é óbvio que o resultado de 13 (2013) foi bem diferente de Forbidden.

Chris Cornell – Scream (2009)

Chris Cornell - "Scream"

Com produção de Timbaland, renomado dentro do meio do Hip Hop, o terceiro disco solo de Chris Cornell não caiu bem. Scream veio ambicioso, tentando levar o incrível vocalista a um ambiente mais eletrônico e próximo do Pop, mas é um belo exemplo de algo que simplesmente “não clicou”.

Também não colaborou muito o fato de Cornell ter comparado o álbum ao The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, e ao A Night at the Opera, do Queen

The Clash – Cut the Crap (1985)

The Clash - Cut The Crap

Tendo a oportunidade de encerrar a carreira do The Clash com o incrível Combat Rock (1982), Joe Strummer resolveu lançar um novo disco da banda mesmo com tudo já em ruínas.

Depois de brigas internas e uma série de acusações pra lá e pra cá o baterista Topper Headon deixou a banda assim como fez, de forma mais marcante, o guitarrista Mick Jones. Para o seu lugar foram chamados dois guitarristas, Nick Sheppard Vince White, deixando Strummer responsável apenas pelos vocais.

O resultado foi um disco desastroso, cheio de misturas em exagero, efeitos eletrônicos, nenhum hit e um dos piores discos da história. Não à toa, Cut the Crap fica de fora de todos os relançamentos da banda, caixas especiais, DVDs e coletâneas.

Duran Duran – Thank You (1995)

Duran Duran - "Thank You"

Entre 1981 e 1995, o Duran Duran se estabeleceu como um dos maiores grupos musicais e, ainda que tenham acontecido alguns escorregões como Liberty (1990) no meio do caminho, a banda chegou a um novo patamar com Duran Duran (1993), o famoso “Wedding Album”.

Acontece que ao invés de continuar seguindo em frente com esse sucesso, a banda resolveu lançar Thank You em 1995, um álbum de covers que escancarava o fato de que os caras estavam começando a entrar em uma descendente que se seguiu por anos.

Guns N’ Roses – Chinese Democracy (2008)

Pelo tempo que demorou para ser lançado, Chinese Democracy deveria ser o melhor álbum da história. No entanto, todo mundo sabia muito bem que o disco não seria nem perto disso — ainda assim, é impossível dizer que os fãs do Guns N’ Roses não ficaram decepcionados com a obra.

Com uma mistura descaracterizada dos elementos de diversos músicos que passaram pela banda durante o longo processo de composição, talvez fosse melhor se Chinese Democracy tivesse continuado como uma ideia distante. Felizmente, a nova-velha formação do GN’R parece estar produzindo novas canções, e provavelmente teremos um resultado melhor…

Iron Maiden – The X Factor (1995)

Iron Maiden - "The X Factor"

Por maior e mais incrível que seja o legado do Iron Maiden à música, é até difícil escolher qual dos dois discos gravados com Blaze Bayley no vocal é o pior. Porém, a decisão por The X Factor ao invés de Virtual XI (1998) vem simplesmente pelo fato do álbum ter sido o sucessor de Fear of the Dark (1992).

Imagine (ou relembre) a sensação de aguardar 3 anos para um sucessor do icônico trabalho que mudou a história do Rock e receber canções como “Man on the Edge”, que parecem uma demo dos primeiros dias do Iron. Não dá, né?

Kings of Leon – Come Around Sundown (2010)

Kings Of Leon - Come Around Sundown

Depois do sucesso de Only by the Night (2008), o Kings of Leon tinha tudo para deslanchar de vez e surfar na onda de sucessos como “Sex on Fire” e “Use Somebody”, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário.

Pouco inspirado, Come Around Sundown mostra uma banda que parece fazer apenas o mínimo e, como tal, não prende a atenção por muito tempo e passa totalmente despercebido a não ser por um ou outro momento interessante. Uma pena!

Linkin Park – LIVING THINGS (2012)

Linkin Park - "LIVING THINGS"

Quando “Burn It Down” foi divulgada como primeiro single de LIVING THINGS, me lembro de ter ficado absurdamente empolgado para o novo disco do Linkin Park. Infelizmente, a canção é o único lampejo da genialidade característica da banda desde sempre.

A sensação é que os caras tentaram condensar em um trabalho o que viriam a ser os sentimentos expressos em The Hunting Party (2014) e One More Light (2017), e simplesmente não deu certo.

Metallica & Lou Reed – Lulu (2011)

Metallica & Lou Reed - "Lulu"

Talvez a escolha mais óbvia da lista, é praticamente senso comum que — por mais infeliz que seja isso — a parceria entre Lou Reed Metallica não deu nem um pouco certo. Por outro lado, não é como se a dupla tivesse se importado muito.

O próprio Reed chegou a dizer que “depois do Metal Machine Music (1975) todos meus fãs foram embora”, e que estava tranquilo quanto a isso. Lars Ulrich, por outro lado, é um defensor ferrenho do trabalho e acha que ele irá “envelhecer bem”. O que você acha?

New Order – Waiting for the Sirens’ Call (2005)

New Order - "Waiting for the Sirens' Call"

Como fã e defensor ferrenho do Get Ready (2001) desde a época de seu lançamento, fui obrigado a concordar com a maioria das opiniões negativas quando seu sucessor, Waiting for the Sirens’ Call, chegou ao mundo. Com exceção do single “Jetstream”, que tem participação de Ana Matronic (Scissor Sisters), o álbum é uma baita decepção para os fãs do New Order.

A maior prova disso é que seu sucessor, Lost Sirens (2013), recebeu notas maiores mesmo sendo feito a partir de “sobras” das sessões de Waiting for the Sirens’ Call.

Os Mutantes – O A e o Z (1973/1992)

Os Mutantes - "O A e o Z"

Inteiramente composto, gravado e mixado sob efeito de LSD, o primeiro disco lançado pel’Os Mutantes sem a presença de Rita Lee na banda (e último a contar com Arnaldo Baptista) não tinha grandes intenções além de ser uma viagem lisérgica e, como tal, dificilmente será apreciado se você não estiver em uma.

Totalmente próximo do Rock Progressivo, o trabalho foi gravado em 1973 e só viu a luz do dia em 1992, provando que definitivamente não foi algo visto com ótimos olhos até mesmo pela banda. Ainda assim, tem alguns momentos interessantes; talvez com algum trabalho, a faixa “Você Sabe”, por exemplo, teria entrado para o rol das melhores da banda.

Van Halen – III (1998)

Van Halen III

Você certamente conhece algum fã de Van Halen que prefere a era de David Lee Roth e algum que gosta mais da era Sammy Hagar. Provavelmente nem você nem ninguém conhece alguém que prefere a formação da banda com Gary Cherone (Extreme) na voz e, felizmente, isso durou pouco.

Infelizmente, no entanto, durou o suficiente para que fosse lançado Van Halen III (1998), que além de manchar a história dos discos numerados da lendária banda ainda traz uma das capas mais feias já vistas. Melhor deixar pra lá…

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