Bruno Serroni

Em voo solo depois de já ter tocado com diversos artistas da música paulista, além de ter sido membro da extinta Pullovers, o multi-instrumentista Bruno Serroni está preparado para lançar o seu primeiro disco solo, Dentre Nós. Na próxima quinta-feira, o cenário para o lançamento será a Casa do Mancha, famosa por receber grandes nomes do cenário alternativo de São Paulo. Lá, acontece a audição completa do trabalho e um pocket show com as versões ao vivo de algumas canções.

Conversamos com o Bruno para saber como está a expectativa para o show e outras coisinhas mais e você acompanha o resultado abaixo.

TMDQA!  – O lançamento do disco “Dentre Nós” acontece na Casa do Mancha, local que já recebeu diversos nomes da cena alternativa de São Paulo. Como vai ser pra você esse primeiro show solo, numa casa tão representativa para o rock alternativo da cidade?

Bruno: Vai ser especial, como foi em todas as vezes que toquei lá com vários outros artistas. A Casa é um lugar único em São Paulo, muito importante pra cena independente, onde me sinto muito à vontade pra tocar e receber amigos e convidados pra essa audição. Aliás, pelo que conversei com o Mancha, é a primeira vez que vai rolar algo assim por lá, então é uma experiência legal pra ele, que imagino que tenha intenção de realizar outras audições como essa.

[one_third]”Gosto mais da forma como escrevo e produzo hoje do que no passado.”[/one_third]

TMDQA!  – Ser multi-instrumentista te ajuda a pensar diferente também as letras das músicas?

Bruno: Acho que abre mais portas. Eu posso compor uma música no violão, no piano, no violoncelo, ou recentemente num instrumentinho que estou namorando que é o Cuatro, que lembra um Ukulele mais grave. E eventualmente transportá-la de um instrumento pro outro. Com as letras acontece algo parecido. Existe uma variedade de sensações nas letras que vão além dos estilos musicais. Certas letras combinam mais com um instrumento ou com outro. O cello pode ser mais melancólico e o Cuatro mais alegre por exemplo. Então as letras podem acompanhar isso.

Bruno Serroni

TMDQA!  – Você começou a sua carreira tocando com outros músicos, vivenciando a música por si, tocando numa banda e participando de discos e shows de outros artistas antes de se dedicar a um projeto próprio e autoral. Olhando para trás hoje, você acredita que este foi o melhor caminho?

Bruno: Certamente. Mas não foi intencional. Acho que começar um trabalho solo já com uma experiência, com uma bagagem, pra mim funcionou melhor. Gosto mais da forma como escrevo e produzo hoje do que no passado. Não que pra outros não funcione da maneira oposta. Tem uma molecada genial que com 18 ou 20 anos compõe e inicia uma carreira solo riquíssima logo de cara.

TMDQA!  – Como foi o processo de composição do “Dentre Nós”?

Bruno: Quase todas as músicas foram compostas num curto espaço de tempo, a partir de uma experiência pessoal turbulenta na minha vida na metade de 2012. Foi como algo que precisasse vir pra fora. E veio. Juntei com mais duas músicas antigas, que achei que combinavam pra desenhar essa linha que conduz o disco do começo ao fim.

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TMDQA!  – Muitos fãs perguntam (sim, até hoje!) e a gente também tem que perguntar: o Pullovers ainda volta?

Bruno: Acho que essa pergunta vocês precisam fazer pro Luiz (risos). Eu tocaria Pullovers sempre que houvesse shows, pois foi uma banda que me transformou muito como músico e como produtor também. Acho que o disco Tudo que eu Sempre Sonhei é uma obra de arte. É desses poucos discos que escuto e que TODAS as músicas são boas do começo ao fim. Mas pra quem é fã mesmo, dou uma dica: fiz o convite pro Luiz cantar uma música do Pullovers comigo nesse Pocket! Tomara que ele possa ir. Além disso, o Hélio Flanders, com quem estou tocando em seu projeto solo, também deve participar.

TMDQA!  – Entre os shows de divulgação do “Dentre Nós” e os projetos da sua produtora, a nanuk.la, como vai ficar a sua agenda para participação em shows de outros artistas?

Bruno: Vai ficar aberta como sempre foi a projetos com os quais eu me identifique. Sempre precisei conciliar bastante o dia-a-dia da produtora com os shows e já estou acostumado com isso. Vai que rola inclusive juntar um show meu com o de outros artistas num mesmo fim de semana, por exemplo? Tem que tentar tirar proveito disso. “Agenda de Músico” deveria fazer parte da grade curricular das universidades e escolas de música pra quem pretende viver disso.

Agora que você já sabe o que vai rolar, a dica é não perder esse show de jeito nenhum, né? Confirme presença no evento pelo Facebook e ouça abaixo o disco do Bruno!

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