Os dias de pais e filhos comungando da mesma senha para assistir Star Wars e documentários da National Geographic estão contados! O Disney+ irá implementar ainda este ano uma nova política de senhas que impede o compartilhamento com pessoas que moram em endereços diferentes.

A novidade já era esperada depois de mudanças recentes nos termos de uso da plataforma, e foi confirmada pelo CEO Bob Iger em entrevista à rede de TV americana CNBC. Na crista da onda após vencer uma votação interna pelo controle do conselho da empresa, o chefão da casa do Mickey Mouse já informou que as regras passarão a valer a partir de junho em alguns mercados, e em todos até setembro.

Segue o líder

O grande X da questão das múltiplas plataformas de streaming é torná-las rentáveis – algo que apenas a HBO conseguiu realizar de fato, e recentemente! 

Nem mesmo a maior plataforma em números de assinantes estava livre das receitas oscilantes. A Netflix decidiu se impor contra a prática – amplamente difundida – de senhas compartilhadas entre amigos e familiares.

A nova regra não permite assistir a conteúdos de mais de uma residência, oferecendo a opção de adicionar uma conta extra à principal pela taxa de R$12,90. No entanto, os assinantes ainda podem usar a conta fora de casa, na rua ou enquanto viajam.

Essa política de senhas entrou em vigor em maio do ano passado. O resultado? Um total de 30 milhões de novos assinantes decidiram pagar pelo tudum – um valor que simplesmente estava indo para o ralo. 

Era inevitável que outros serviços crescessem o olho para essa receita que poderia colocar suas contas no positivo pela primeira vez.

Disney+ fecha o cerco contra o compartilhamento de senhas

Bob Iger, CEO da Disney
Bob Iger, CEO da Disney (Crédito: Shutterstock)

Conforme revelado por Bob Iger, o modus operandi do Disney+ para impor sua nova prática de senhas será idêntico ao da Netflix. Ao reconhecer acessos em mais de um endereço residencial, o serviço irá oferecer a opção de fazer uma assinatura adicional para continuar utilizando um dos catálogos mais impressionantes entre as plataformas de streaming.

O valor dessa conta adicional ainda não foi revelado. Também não se sabe quais mercados serão os primeiros impactados a partir de junho, porém o Brasil pode ser um dos alvos iniciais – já que é uma das praças prioritárias para a Disney. 

Duvida? A empresa anunciou que, pela primeira vez, irá realizar sua convenção D23 além dos limites de Anaheim, na Califórnia. O destino escolhido foi nada menos que São Paulo. A D23 irá acontecer em novembro de 2024.

Há, ainda, boatos de que a empresa tem intenção de construir um de seus parques temáticos no país, porém nada foi confirmado neste sentido.

O que muda com o fim do compartilhamento de senhas no Disney+?

O que já se sabe, de forma concreta, é que todos os países que contam com o streaming do Walt farão a transição para o novo sistema até setembro. 

O que ainda não está claro é o valor da taxa de conta extra – ou mesmo o preço da assinatura padrão do Disney+. Isso porque, na América Latina, outras mudanças também estarão em andamento.

Em junho, o Star+ deixará de existir e irá se fundir ao Disney+. Ou seja, o conteúdo mais voltado para o público adulto e de esportes da Disney, disponível apenas regionalmente em uma plataforma à parte, estará sob o mesmo guarda-chuva de animações clássicas e da Pixar, Marvel e muitas outras propriedades intelectuais valiosas.

Ainda não foram revelados os preços da nova assinatura conjunta, mas já se sabe que serão oferecidos diferentes níveis de qualidade e acesso: Premium, Padrão e Padrão com Anúncios.

É importante notar que, quando a nova política de senhas entrar em vigor, já será sob um novo preço de assinatura do Disney+ – o que pode elevar a taxa para contas extras. Atualmente, o combo de Disney+ e Star+ já é o mais caro do mercado: R$55,90 por mês. 

Uma coisa é certa: cada assinante conta na guerra dos streamings, que está apenas se acirrando. 

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