Britney Spears no clipe de
Foto: Reprodução / Youtube

Por Jeff Souza

No universo da música pop, poucas canções conseguiram transcender o tempo e marcaram uma geração como “Toxic”, de Britney Spears. Lançada em 2003, essa música não apenas conquistou o topo das paradas, mas também se tornou um hino icônico que é lembrado até hoje, principalmente em festas e momentos mais nostálgicos.

Para entender como esse sucesso deu a Britney Spears o único Grammy da carreira dela como o de Melhor Gravação de Dança, é necessário ter um olhar mais cuidadoso para desmistificar as falsas narrativas que, ao longo dos anos, tentaram diminuir a influência dessa canção e a habilidade vocal da cantora.

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As falsas narrativas de “Toxic”

Uma das muitas histórias que circularam sobre “Toxic” é a suposta participação de Cathy Dennis cantando a música em vez de Britney.

Bom, Cathy é cantora, compositora e produtora britânica, teve uma carreira de sucesso nas décadas de 1990 e 2000, com vários sucessos nas paradas musicais. Dennis também é compositora. Ela escreveu diversas canções de sucesso para vários artistas populares — “Toxic” é uma delas, mas também conta com co-produções de Christian Karlsson, Pontus Winnberg e Henrik Jonback.

No caso de “Toxic”, Spears é indiscutivelmente a voz predominante por trás da faixa, mas há a participação de outros cantores nos vocais, como a própria Cathy, Emma Holmgren e BlackCell. Ou seja, Cathy participa, mas não é a única na canção, como você pode conferir na versão demo original da compositora logo abaixo, que também traz uma soma de vocais.

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Grande hit de Britney Spears teve produção complexa

Não há dúvidas de que a interpretação marcante e única de Britney é o que dá a “Toxic” sua energia distintiva e satisfatória mas, além disso, a produção da música é complexa.

Britney gravou múltiplas vozes, cada uma com um estilo distinto, criando uma textura sonora única e diferente. Na mixagem e processo de finalização da música, cada uma das frases foi colocada por cima da outra, desde os primeiros versos até o pré-refrão, onde ela emprega o próprio falsete.

Esta é uma das músicas da carreira de Spears que revela as diferentes facetas da habilidade vocal da cantora. A riqueza dessa produção é uma prova do comprometimento artístico e criativo que ela trouxe para a faixa.

O refrão de “Toxic” é onde a voz distinta de Britney Spears brilha intensamente. As harmonias e a energia mostram o quanto ela está totalmente presente e liderando a interpretação.

É verdade que os backing vocals desempenham um papel importante na música, mas eles não escondem o fato de que Spears é a força matriz por trás de cada nota.

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O sucesso inquestionável de “Toxic”

Enquanto alguns tentam desacreditar o impacto de “Toxic”, a realidade é que essa canção alcançou um status icônico por seu mérito genuíno.

A música foi escolhida como a segunda mais amada de todos os tempos em um concurso promovido pela Sony Ericsson. Nele, 700.000 fãs de 66 países votaram e empurraram a canção para o segundo lugar, só atrás de “We Are the Champions”, do Queen. A única crítica negativa veio da revista Blender, que chamou “Toxic” de “melodia irritante que gruda na mente como chiclete no sapato”. Os leitores da revista Rolling Stone internacional, aliás, a elegeram como o 4º melhor single da década de 2000.

O ranking da música nas plataformas digitais de streaming também é um tremendo ponto de comprovação desse sucesso. No meio de todas as listas do Spotify, há a playlist “Billions Club”, onde só estão as músicas que ultrapassaram 1 bilhão de streams. E olha só quem aparece nessa turma: “Toxic”!

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