Josyara
Foto por Maria Mango

Já se passaram 4 anos desde seu primeiro disco, o aclamado Mansa Fúria (2018), e Josyara está de volta apresentando ao público um novíssimo trabalho: ÀdeusdarÁ. O álbum, que chega pela Deck, apresenta uma nova face da artista: a de produtora musical.

Com 10 faixas inéditas, incluindo um feat com Margareth Menezes, o registro revela a coragem da artista em se mostrar aprendiz e assumir inteiramente o que tem a dizer com sua música. Além de compor, cantar e tocar seu violão em todas as canções, Josyara assina também os arranjos e a direção do disco, trazendo à tona um debate relevante sobre o lugar da mulher nesta posição e dando um passo importante em sua carreira.

Uma outra novidade é a presença forte da percussão, elemento condutor de todo o processo criativo do álbum. O universo musical afro baiano foi uma das principais influências de Josyara na produção do disco e, como ponte para essa sonoridade, ela contou com a parceria de Icaro Sá, assinando o arranjo das percussões, e Seko Bass, na co-produção de três faixas — ambos músicos do BaianaSystem.

Esse é um disco que fala de profundezas: de críticas sócio-políticas-ambientais às intersecções de corpos e existências, Josyara canta com a mesma força os lamentos e as celebrações. ÀdeusdarÁ diz muito sobre o desapego às durezas da vida, a entrega ao desconhecido e abertura para novos caminhos.

Nobat & Curumin

Nobat & Curumin
Foto por JP Sofranz

Celebrando a receptividade do álbum Mestiço, lançado em Julho deste ano, o músico e compositor mineiro Nobat revelou uma bonus track pra lá de especial. A faixa “Jovem” recebe agora uma versão ao vivo com banda completa e a participação do cantor, compositor e multi-instrumentista Curumin.

Com referências que vão do soul à disco music dos anos 70, passando pelo jazz e pelo afrobeat, a canção apresenta um gingado que se enfatiza pelo naipe de metais pulsante de Leonardo Brasilino (trombone), Juventino Dias (Trompete) e Thiago Ramos (sax). O groove do baixo de Adriano Campagnani em sinergia com a bateria de Léo Pires e a percussão de Débora Costa é envelopado pelos timbres e células rítmicas da guitarra de Egler Bruno e o piano elétrico de Richard Neves — todos músicos renomados de Minas Gerais.

Já a letra traz uma espécie de conselho que pode ser lido para a juventude. Nobat conta que escreveu “essa canção para um grande amigo que estava passando por um momento difícil, quis levar pra ele acolhimento, mas transmitir também um axé, como quem sugere colocar um cropped e reagir”, brinca o compositor.

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Siso

Siso
Foto por Mauro Figa

Pérolas dos anos 2000 e 2010 marcam o repertório de Vestígios, terceiro álbum de Siso. O novo disco é quase um trabalho jornalístico de resgate e difusão de obras que ficaram perdidas em catálogos que sumiram durante a transição da tecnologia.

Com a revolução digital saímos da mídia física para o MP3, e mais tarde para o streaming. Nesse contexto, houve várias mudanças de paradigma e ambiente no consumo de música. Muita coisa se perdeu nesse caminho — daí o nome “Vestígios”, reflete Siso:

Várias das gravações originais dessas canções ainda não estão presentes nos serviços de streaming como os conhecemos hoje, e as que estão, desempenham de uma maneira que não dá pra ter ideia da relevância delas, o que torna difícil para uma geração posterior entender e resgatar essas obras.

O processo de construção se deu a partir da inquietação do artista, que buscou levar para as releituras a sua estética, fazendo grandes recontextualizações em alguns casos e intervenções menos ríspidas em outros.

Vestígios é sobretudo um disco de rock, denso e dançante num constante balanço com a leveza da voz de Siso e a pesquisa eletrônica que acompanha a trajetória do artista. Uma fenda que une décadas e tensiona sua música, na proposta de estendê-la.

Sophia Ardessore

Sophia Ardessore
Foto por Zarella Neto

Com o álbum Porto de Paz, a cantora e compositora Sophia Ardessore marca sua estreia no mercado fonográfico. Sobre os arranjos e produção musical do baixista Fi Maróstica, a artista apresenta músicas que transitam pelo universo do samba-jazz.

No total, são 9 faixas, incluindo o single de apresentação “Perigo”, que recebeu um videoclipe oficial — disponível no canal da cantora no YouTube. A canção é de autoria de Vidal Assis, compositor recorrente nos créditos do repertório.

Porto de Paz foi gravado, mixado e masterizado no Estúdio Arsis, pelas mãos de Adonias Souza Jr. No disco, Sophia Ardessore (voz) está acompanhada por Abner Phelipe (guitarra), Nichollas Maia (piano, rhodes), Fi Maróstica (baixo), Matheus Marinho (bateria) e Lucas Souza (percussão).

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