Joe Silhueta
Foto por Kelton Gomes

Joe Silhueta, projeto musical brasiliense encabeçado por Guilherme Cobelo, sugere um salto livre em seu novo álbum, o refrescante e provocativo Sobre saltos y outras quedas.

O disco, o segundo de estúdio na carreira do grupo, revela uma banda que não se prende a fórmulas passadas, assumindo o risco de experimentar novos caminhos em sua trajetória errática. O resultado é um registro tropicalíptico e deliciosamente brasileiro.

Entre valsas tortuosas, baiões alucinados e baladas psicodélicas, a brasilidade se impõe de maneira espontânea conferindo à miscelânea sonora uma coesão inusitada. Para compor o clima lisérgico do novo disco, a Joe Silhueta contou com a participação especial de Dinho Almeida, do cultuado grupo psicodélico Boogarins, na faixa “Assoviata“.

Sobre saltos y outras quedas é uma síntese das inquietações rítmicas, estéticas e poéticas da Joe Silhueta. Produzido por Gustavo Halfeld e Jota Dale, o álbum foi gravado de maneira independente nos estúdios Zero Neutro, Casacájá, Cobra Criada e Delima Cruz.

Alles Club

Alles Club
Fotos por Júlia Gaione e Montagem de Pedro Baptista

Pouco mais de um ano depois de seu último EP, a banda juiz-forana Alles Club está de volta, dessa vez assumindo seu lado post-rock e kraut-rock. O grupo abriu o mês de Julho com o single duplo Andromeda//Oumuamua e o videoclipe da faixa “Andromeda“.

As músicas, que saem pelo selo independente Midsummer Madness, foram compostas e produzidas por Rodrigo Lopes em parceria com o músico turco Chadas Ustuntas. Elas se originaram em loops produzidos por Chadas em seus sintetizadores analógicos.

O clipe de “Andromeda” é assinado por Léo Ribeiro, ilustrador e animador juiz-forano, hoje habitante das terras norueguesas. O vídeo mescla animações coloridas de animais marinhos a fotografias em preto e branco de lugares solitários, distantes ou mesmo em ruínas. Com o ritmo crescente da música, os cenários vazios vão sendo tomados por esses seres, levando cores e movimento.

A mixagem dos novos singles da Allen Club ficou por conta do baterista Bráulio Almeida e a masterização é de André Medeiros. A arte da capa é do artista Rodrigo Braumgratz a partir de ilustração de Léo Ribeiro.

Craca

Craca
Foto por Nadjia Kouchi

A arte de Craca transpõe os limites “monossensoriais” do ouvinte. Nos palcos, alia projeções visuais sincronizadas com os sons de sua música para uma sinestesia induzida e encantadora. Nos álbuns, desenha sons como se fossem mapas tridimensionais.

O músico lançou recentemente o seu novo EP, Humo Serrapilheira, e ao ouvi-lo a primeira sensação que nos toma é a de estar viajando de trem pela cordilheira dos Andes. Ao unir cheiros, cores e paisagens à experiência de se ouvir música, experimental e eletrônica, Craca abre as primeiras picadas no terreno do Latino Futurismo.

A guinada de Craca rumo aos altiplanos, cachoeiras, cordilheiras e planaltos — paisagens que dão nome às músicas do EP — forma o conceito do segundo lançamento no formato de sua carreira solo, assinado pela gravadora Tropical Twista Records.

As faixas nos trazem uma levada downtempo, batuques que remetem a frescas sensações naturais e cordas que lembram melodias ora indígenas ora caribenhas, mas sempre percussivas. Humo Serrapilheira é uma obra para ouvir viajando, e para viajar ouvindo.

Hate Moss

Hate Moss
Foto por Ruggero Lupo Mengoni

O duo ítalo-brasileiro Hate Moss, formado por Tina (vocal e eletrônica) e Ian (vocal e bateria), está divulgando NaN, o segundo álbum de sua carreira. O disco chega recheado de texturas sonoras para abordar a alienação da nossa época.

O sincretismo cultural, já presente em seus primeiros trabalhos, tornou-se ainda mais forte pela fusão de diferentes estilos musicais e idiomas. Em NaN, a Hate Moss abraça uma abordagem musical mais comercial, mas sem renunciar às questões sociais presentes em suas letras.

O álbum foi gravado no Reino Unido, Itália e Turquia, e contou com a participação de vários artistas nos loops, instrumentais e feats; entre eles, está a artista Carolina Zac, em “Stupid Song“, e Isis Broken, na música “Pensar“.

Todas as músicas foram compostas pela Hate Moss, que também assina a produção e mixagem do disco, no estúdio In A Sleeping Mood. A masterização é trabalho de Jason Mitchell, no Loud Mastering Studios. No Brasil, a distribuição digital de NaN é do selo Before Sunrise.

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