Robert Trujillo é escolhido para o Metallica

Some Kind Of Monster, documentário lançado em 2004 a respeito do Metallica, é um dos registros audiovisuais mais importantes da história do Rock.

Isso porque o filme mostra bastidores de uma das principais bandas de todos os tempos em uma de suas fases mais tensas, tendo que lidar com mudanças de integrantes, mudança de sonoridade, questões pessoais pesadas e mais.

Um dos tópicos abordados no filme também é a entrada de um novo baixista na banda, já que o grupo havia demitido Jason Newsted.

Robert Trujillo e a Proposta de 1 Milhão de Dólares

Como todos sabemos, quem ficou com a posição das quatro cordas foi Rob Trujillo, que segue na banda até hoje.

Uma das cenas mais emblemáticas de Some Kind Of Monster mostra o baixista ao lado do baterista e cofundador do Metallica, Lars Ulrich, recebendo a notícia de que havia sido escolhido para a posição.

Quando Lars fala sobre a decisão que teve ao lado de James Hetfield e Kirk Hammett, ele não apenas dá uma grande notícia a Trujillo, conhecido pelo seu trabalho em bandas como Suicidal Tendencies e Infectious Grooves.

Além de entregar um verdadeiro atestado de que a vida do cara mudaria para sempre, ele ainda revela que a banda iria fazer um pagamento de 1 milhão de dólares para o cara como uma forma de se sentir seguro na nova empreitada pelos próximos meses.

A reação de Rob é sensacional, já que ele fica sem palavras ao saber que está entrando na maior banda de Heavy Metal da história e ainda levará uma bolada para isso, mas por pouco o mundo não ficou sem ver essa cena.

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Metallica e Some Kind Of Monster

Isso porque Joe Berlinger, codiretor do filme, revelou recentemente que essa tomada  poderia ter ficado de fora.

Segundo ele, além do óbvio espanto pela notícia, Trujillo havia passado a noite inteira bebendo com Lars, e estava de ressaca.

Berlinger afirmou (via Loudwire) que ele e o outro diretor, Bruce Sinofsky, tinham liberdade criativa sobre o processo todo, mas também disse que o Metallica tinha algumas “apreensões” quanto aos fatos que seriam revelados aos fãs quando seus membros viram o documentário editado:

Foi uma exibição de três horas. Não houve um pio durante toda a exibição – não teve uma risada, um momento de reconhecimento, nada. Apenas silêncio. E não parecia bom.

Lars meio que olhou para mim, me deu um tapinha nas costas e balançou a cabeça. James meio que olhou pra mim, me encarou, e saiu. Os empresários pareciam nervosos.

E aí nos sentamos à mesa por horas. ‘Você não pode dizer aos fãs que pagamos um milhão de dólares a Rob Trujillo. Não pode mostrar Lars colocando um preço em sua arte. Eles não irão entender. Não podemos mostrar isso. Não podemos fazer isso.’

E o filme inteiro estava desmoronando à frente dos nossos olhos.

Ao final das contas todo mundo acabou concordando e uma das peças principais foi o vocalista e guitarrista James Hetfield, que lutava com questões psicológicas e alcoolismo durante a gravação do filme, que aceitou:

Olha, é doloroso assistir. Mas vocês fizeram exatamente o que disseram que fariam. É um retrato honesto, cru e doloroso do que passamos.

Eu não tenho certeza de que irei assistir a isso novamente na minha vida, mas ou tratamos isso como Cocksucker Blues [filme engavetado sobre os Rolling Stones] e escondemos isso em uma prateleira e ninguém irá assistir, ou deixamos esses caras realizarem o filme que gostariam.

Deixem que eles façam o filme que querem fazer. Por mim tudo bem.

Ainda bem, né?

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