Novo disco do Foo Fighters: o que esperar de “But Here We Are”?

No início desta quarta-feira (19), o Foo Fighters divulgou seu aguardado novo single. “Rescued” é a primeira prévia de como será a continuação da banda que perdeu o icônico baterista Taylor Hawkins no ano passado, e a música tem contornos emocionais como te contamos por aqui.

Por enquanto, o grupo só divulgou a tracklist e a capa do disco But Here We Are, sucessor do aclamado Medicine at Midnight (2021), e muitas dúvidas seguem surgindo em meio aos fãs. A maior delas, claro, é a de quem é o baterista que está tocando na nova faixa — algo que também não foi informado oficialmente.

Abaixo, o TMDQA! tentou pensar em alguns dos principais pontos que podem estar na mente dos fãs do Foo Fighters para trazer respostas ou, pelo menos, especulações com base no que já sabemos até agora. Vem com a gente!

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Mistério com relação a quem gravou as baterias

Como falamos acima, o principal mistério do disco é com relação a quem gravou as baterias. Diversas especulações surgiram nos últimos tempos, todos já desmistificados — nos últimos dias, tanto Matt Cameron quanto Atom Willard negaram os rumores de que eles haviam sido chamados para fazer parte da banda.

Por isso, até o momento, duas respostas parecem as mais prováveis: o próprio Taylor Hawkins pode ter sido o responsável pelas baterias, já que existe a possibilidade do disco ter começado a ser gravado antes de seu falecimento, ou Dave Grohl voltou a assumir as baquetas ao menos temporariamente.

Alguns nomes como o de Josh Freese correm por fora, mas a verdade é que existe a chance de nunca haver uma confirmação oficial disso. Você já tem seu palpite?

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Composições emotivas

A julgar pela primeira prévia de But Here We Are, podemos esperar uma série de composições emotivas. Novamente, não se sabe até agora se o disco foi escrito antes ou depois do falecimento de Hawkins (ou talvez até mesmo em ambos os pontos temporais), mas é fato que a letra de “Rescued” é capaz de emocionar muita gente.

Veja alguns trechos:

• We’re all free to some degree / To dance under the lights / I’m just waiting to be rescued / Bring me back to life (“Somos todos livres até certo ponto / Para dançar sob as luzes / Eu só estou esperando para ser resgatado / Me traga de volta à vida”)
• I fell in a trap / My heart’s getting colder / It’s coming on fast / It’s over my shoulder (“Eu caí em uma armadilha / Meu coração está ficando mais gelado / Está chegando rápido / Está acima do meu ombro”)
• We’re all just waiting to be rescued tonight / To be rescued tonight / Rescue me tonight (“Estamos todos esperando para sermos resgatados hoje à noite / Para sermos resgatados hoje à noite / Me resgate hoje à noite”)

Nesse sentido, vale a pena também dar uma olhada na tracklist do trabalho:

1. Rescued
2. Under You
3. Hearing Voices
4. But Here We Are
5. The Glass
6. Nothing At All
7. Show Me How
8. Beyond Me
9. The Teacher
10. Rest

Não é exagero pensar que faixas como “Show Me How” (“Me Mostre Como”) e “But Here We Are” (“Mas Aqui Estamos Nós”) podem também trazer tons emotivos, principalmente envolvendo questões como superação. É aguardar pra ver!

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Música como forma de cura

Ao divulgar o novo disco, o primeiro comunicado do Foo Fighters sobre a obra veio com um recado mais do que especial aos fãs. Sem vergonha de admitir todo o sentimento envolvido na composição do trabalho, Dave Grohl e companhia descreveram o álbum como um “processo terapêutico” e abriram o jogo:

Uma resposta brutalmente honesta e emocionalmente crua a tudo que o Foo Fighters aguentou no último ano, ‘But Here We Are’ é um testamento aos poderes de cura da música, amizade e família. ‘But Here We Are’ é o som de irmãos encontrando refúgio na música que os aproximou em primeiro lugar há 28 anos, um processo que foi tão terapêutico quanto poderia ser a respeito da continuação da vida.

A banda também afirma que este é apenas o “primeiro capítulo da nova vida”, dando a entender que o disco não será seu último. Tudo isso encaixa muito bem com a própria existência dos Foos, que surgiram após o trágico fim do Nirvana causado pela morte de Kurt Cobain.

Em todos esses anos, Grohl falou inúmeras vezes sobre como foi importante se manter ativo musicalmente para conseguir lidar com a perda de um amigo querido e companheiro de banda; agora, é difícil pensar que seria diferente.

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Homenagens a Taylor Hawkins e à mãe de Dave Grohl? Participações especiais?

Uma das principais expectativas para o disco é a de alguma homenagem a Taylor Hawkins. A julgar pelos títulos das músicas, nada se destaca tanto nesse sentido — mas isso não impede, por exemplo, que exista algum tipo de participação de Shane Hawkins, filho de Taylor que deu um show à parte no tributo ao seu pai realizado no ano passado.

Além dele, outros grandes nomes da música podem marcar presença em But Here We Are. Não é novidade que Dave Grohl é um dos caras mais queridos do mundo da música, tendo já recrutado até lendas como Joan Jett para suas empreitadas.

Nesse sentido, e levando em conta todos os participantes dos tributos a Taylor, vale a pena ficar de olho em algum detalhe que possa ter sido contribuído por grandes artistas, desde nomes do calibre de Paul McCartney até outros mais jovens como o próprio Shane ou a super talentosa Nandi Bushell, que poderia representar uma nova geração de bateristas que surge extremamente influenciada por Taylor e seu legado.

Ainda assim, um outro ponto que chama muita atenção é “The Teacher”. A faixa muito provavelmente é uma homenagem a Virginia Grohl, mãe de Dave que também faleceu em 2022; a morte foi, propositalmente, pouco divulgada para não espetacularizar ainda mais o luto do músico.

Professora durante a maior parte da vida, Virginia tinha uma relação muito próxima com Dave (como você pode ver pelo vídeo acima) e a música tem tudo para ser uma das mais bonitas do disco!

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Produção de um velho conhecido

Muito provavelmente necessitando de um lugar de conforto para trabalhar em novas músicas, o Foo Fighters recrutou Greg Kurstin para ser o produtor de But Here We Are. Renomado na indústria, Greg já trabalhou com os caras em seus discos mais recentes, assinando a produção de todo o último álbum Medicine at Midnight.

Além disso, no entanto, Kurstin também tem uma relação bastante próxima com Grohl e isso fica evidente nas Hanukkah Sessions, projeto anual da dupla que consiste em gravar versões sensacionais de artistas ligados ao judaismo durante a época do Hanukkah, uma das tradições mais marcantes dessa religião.

O fato de Greg e Dave terem tocado o projeto no ano passado mesmo com tudo que vinha acontecendo já era um baita sinal, e a dupla entregou ótimas versões com convidados como P!nk, Jack Black cantando Rush e muito mais.

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Poucas músicas nos repertórios ao vivo

Por fim, tendo em mente que o Foo Fighters vem ao Brasil ainda em 2023 como uma das atrações principais da edição de estreia do festival The Town, em São Paulo, é interessante manejar as expectativas com relação ao setlist que será apresentado no evento.

Apesar de But Here We Are representar uma nova era para os Foos, é bem improvável que o trabalho domine o setlist da apresentação que acontecerá no dia 9 de Setembro (e que já tem ingressos esgotados). Prova disso é como vinham acontecendo os shows de divulgação de Medicine at Midnight antes do falecimento de Taylor.

“Shame Shame” e “No Son of Mine” vinham sendo as únicas faixas do trabalho de 2021 a serem tocadas na grande maioria dos shows, que já eram bem longos: sempre cerca de 20 músicas a cada performance. No entanto, quando se pensa em toda a extensa e aclamada discografia dos Foos, é difícil imaginar que grandes clássicos serão cortados do repertório.

Faça o teste: abaixo, você confere o repertório completo do último show da banda com Taylor, no Lollapalooza Argentina 2022. Quais músicas você tiraria?

1. Times Like These
2. The Pretender
3. Learn to Fly
4. No Son of Mine
5. The Sky Is a Neighbourhood
6. Shame Shame
7. Breakout
8. My Hero
9. These Days
10. Walk
11. Covers/medley de introdução da banda
12. Somebody to Love (cover de Queen com Taylor Hawkins no vocal)
13. All My Life
14. Run
15. Wheels
16. Best of You
17. Been Caught Stealing (cover de Jane’s Addiction com Perry Farrell)
18. Monkey Wrench
19. Everlong

Já faltou muita coisa, né?! Certamente esse será um dos maiores desafios, até porque não seria de se estranhar que exista um momento do show dedicado a homenagear Taylor. Por isso, vale a pena se preparar para nem ver algumas das novas músicas serem tocadas ao vivo!

Quando sai o novo disco do Foo Fighters?

São muitas dúvidas, inclusive com relação a quem estará assumindo as baquetas nessas apresentações, mas o fato é que But Here We Are chegará no dia 2 de Junho e promete trazer pelo menos algumas dessas tão aguardadas respostas.

Obrigado, Foo Fighters, por continuar nessa estrada mesmo com todas as dificuldades!