Quando você se deparou com o line-up do MITA Festival, deve ter sido logo hipnotizado pelos nomes das atrações principais: Lana Del Rey Florence + The Machine. A gente entende, afinal de contas são duas das principais artistas Pop do mundo todo, mas a verdade é que o evento terá muitas outras grandes surpresas.

Se você não conhece Jehnny Beth, por exemplo, ela é uma das maiores candidatas a se tornar a nova queridinha após seu show em solo brasileiro. A francesa é mais conhecida por seu trabalho como vocalista do Savages, mas, com a banda em hiato, traz seu incrível projeto solo para o país — o qual ela já explicou em detalhes em entrevista exclusiva para o TMDQA!.

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Antes de chegarmos efetivamente em To Love Is to Live, o disco de 2020 que virá na bagagem de Jehnny, vale a pena mergulhar na história inspiradora da cantora, que começou lá em 1984 quando Camille Berthomier, nome de batismo da artista, nasceu em Poitiers, na França.

Jehnny Beth e uma trajetória marcada pela arte

Filha de pais diretores de teatro, Jehnny já nasceu cercada pela arte. Estudiosa desde cedo, Beth começou a ter aulas de piano aos 8 anos, onde já se encontrava tocando peças de Chet Baker. Por volta da mesma idade, também começou a atuar em peças e apresentar recitais de piano, que viriam a influenciar a forma como aborda a música transgressora que marca sua carreira.

Isso porque, tanto com o Savages quanto em sua carreira solo, Jehnny tem uma sonoridade marcada por constantes referências ao erudito. O pano de fundo tradicional contrasta de forma espetacular com as referências modernas e arriscadas que Beth costuma colocar em suas canções, criando uma série de resultados espirituosos e que misturam sensualidade e mistério em uma espécie de convite aos prazeres e erros da vida.

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A carreira musical de Jehnny começou oficialmente com o projeto John & Jehn, que foi formado já com seu companheiro Nicolas Congé, mais conhecido como Johnny Hostile — ele, curiosamente, chegou a recusar convites para fazer parte do Savages, que acabou por ser formado em 2011 através de Gemma Thompson, que tocava guitarra e teclado para o casal no John & Jehn.

Foi assim que Beth acabou aceitando o papel de frontwoman e, com o tempo, tomou muito gosto pela função. Tanto é que trocou o sucesso improvável do Savages, que vinha se destacando na cena alternativa, para se arriscar na carreira solo; nas palavras dela, uma decisão que surgiu a partir de um “instinto de sobrevivência”:

Eu senti que foi um caso de instinto de sobrevivência, sabe? A artista dentro de mim me dizia que, criativamente, era isso que eu precisava fazer se quisesse sobreviver e proteger as suas inspirações. E eu decidi que essa voz interna era mais importante do que qualquer outra coisa. Era hora, também, de investir em mim mesma e me conectar com as minhas raízes; eu saí da França com 20 anos, fiquei longe da minha família. Eu estava me sentindo muito infeliz, muito fragmentada.

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Jehnny Beth no MITA Festival

Depois de To Love Is to Live, Beth ainda divulgou o disco Utopian Ashes em 2021 ao lado de Bobby Gillespie. Sua passagem pelo MITA chega em meio a uma escassez de novos trabalhos — algo que passa longe de ser um problema, já que essa será a primeira vez que ela vem tocar no nosso país desde que o Savages se apresentou no Lollapalooza Brasil 2014.

Como você já deve imaginar, todo o background teatral de Jehnny tem uma influência gigantesca em suas apresentações. Até por isso, esse show se torna realmente imperdível e, como se não bastasse tudo isso, Beth ainda canta no mesmo dia que nomes como Lana Del Rey, Flume e BadBadNotGood.

Você pode garantir os ingressos para o MITA Festival, que acontece nos dias 27 e 28 de Maio no Rio de Janeiro e 3 e 4 de Junho em São Paulo, acessando este link. Abaixo, você confere um gostinho de como é uma apresentação de Jehnny Beth!

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