Evento promove shows que destacam as mulheres negras na música
Foto: Polarizada/Crioulla Oliveira

Nesta quarta-feira (8), é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e o Ecad liberou a terceira edição do relatório “Mulheres na Música”, que faz um balanço da presença feminina na indústria musical em 2022.

O estudo aponta que as artistas mulheres ainda são minoria quando confrontadas com a presença dos homens em variados cenários do setor.

Os homens, segundo os dados relatados, são maioria como autores de músicas executadas e também entre os titulares filiados às associações – tanto na quantidade de beneficiados quanto no repasse de direitos
autorais.

Os números mostraram que as mulheres receberam somente 8% do total da arrecadação destinada às pessoas físicas, o que representa cerca de R$58 milhões. Em comparação com a distribuição feita em 2021 para o mesmo gênero, no entanto, o aumento é de 45%.

Em números totais, são mais de 25 mil contempladas com o pagamento de direitos autorais, representando 10% da quantidade de beneficiados neste ano.

Precisa melhorar muito ainda!

Relatório do Ecad sobre arrecadação de artistas

A base de dados do instituto conta com mais de 4 milhões de titulares, identificados como pessoas físicas, filiados em uma das sete associações de música (Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC).

Desse total, 10% são do gênero feminino, tanto nacionais quanto estrangeiras. Apenas em 2022, mais de 36 mil mulheres foram cadastradas pelas associações no banco de dados da gestão coletiva, o que representa cerca de 15% do total de novos cadastros adicionados à base de dados no ano passado. Em comparação a 2021, houve um aumento de 8% de titulares do gênero feminino.

Isabel Amorim, superintendente do Ecad, comentou os resultados da pesquisa:

Essa terceira edição do relatório é a nossa contribuição para a indústria da música no Brasil, a partir de uma reflexão sobre o papel da mulher no cenário artístico musical. Os números não são favoráveis às mulheres, mas acredito que mostrar a realidade ajuda a definir o posicionamento que todas devemos assumir no nosso dia a dia para equilibramos esse quadro. Nosso trabalho também busca levar essa questão para o mercado. No Ecad, atualmente, o nosso quadro de colaboradores conta com 50% de mulheres e elas ocupam 44% dos cargos de liderança.

Que a equidade de gênero esteja cada vez mais próxima de se tornar uma realidade!

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