Vanguart
Foto por Nina Bruno

A banda mato-grossense Vanguart está de música nova! O grupo revelou na última semana de Julho o single “O Que Eu Vou Levar Quando Eu For“. A faixa fala, de modo leve e sensível, sobre a doença de Alzheimer.

Segundo Helio Flanders, vocalista da Vanguart e compositor da canção, a letra nasceu de uma experiência familiar pessoal onde precisou conviver com a doença e tentou, “dentro do possível, jogar luz sobre a causa tentando enxergar possibilidades de dignidade ou esperança“:

No caso da canção, a ideia é de que o narrador, que já tem uma idade avançada, começa a sofrer da doença no mesmo momento em que se apaixona. Acho bonito pensar que o amor pode ajudar em alguns processos difíceis. O refrão é repetido várias vezes no fim da música como se fosse o personagem lutando para não esquecer aquele amor, que de fato, não será esquecido.

A novidade fará parte do novo disco da Vanguart, intitulado Oceano Rubi. O trabalho, que será lançado pela Deck, compõe o segundo volume de uma narrativa iniciada em seu antecessor, Intervenção Lunar, de 2021.

Pássaro Vivo

Pássaro Vivo
Foto por Junior Silva

O Segundo Depois do Caos é o novo álbum da banda mineira Pássaro Vivo. O disco, que sai pelo selo goiano Monstro Discos, com apoio da Natura Musical, aborda os efeitos da pandemia da COVID-19 na sociedade e no setor cultural.

A preocupação com o meio ambiente e com pautas sociais também navega pelo disco. Uma das bandeiras levantadas pela banda é a da luta da população LGBTQIA+, tendo em vista que a vocalista Cello é não-binária e tem forte presença musicalmente e politicamente no show e no grupo.

A cidade Patos de Minas, onde o grupo surgiu em 2018, é, aliás, uma fonte de inspiração importante para a Pássaro Vivo, tanto pela natureza quanto pelo conservadorismo que permeia a população, analisa o vocalista Lucas de Paula:

É extremamente difícil ter uma banda de música alternativa, com vocalista gay e trans, com negro, em uma cidade que votou 75% no presidente eleito. Sofremos preconceito em nossa cidade desde o lançamento do primeiro trabalho e sempre tivemos muita dificuldade em nossa terra natal. Patos de Minas é um grande jardim, onde brotam flores maravilhosas, grandes artistas, personalidades, pessoas maravilhosas. Mas ao mesmo tempo os ratos estão sempre saindo do esgoto para reprimir o brilho das flores. Nossa sorte é que Patos tem uma cena cultural recheada de pessoas incríveis, de grandes amigos, bandas e artistas que estão por perto e fornecem apoio e calor humano.

Em O Segundo Depois do Caos, a Pássaro Vivo consolida a proposta de trazer modernidade e ousadia à música popular regional. Influenciados pelas cantorias sertanejas do Brasil Profundo, como Elomar Figueira Melo, Xangai, Geraldo Azevedo, o quinteto mistura trovas violadas com sonoridades pesadas, psicodélicas e flerta com a nova MPB. Desta maneira, elevam suas influências regionais ao status de World Music.

Brenô

Brenô
Foto por Caio Luigi

Floresça, o novo álbum do músico e compositor paulista Brenô, chega para aproximar a natureza à realidade cotidiana dos homens. O registro reúne 11 faixas em que o artista assina a direção geral e Caio Luigi a direção artística.

Foi do refrão de “Novo Horizonte” — faixa composta em parceria com Kau Caldas e que abre o disco — que o músico tirou a inspiração para nomear seu novo projeto. Floresça oferece um convite à reflexão ao falar sobre os processos de elaboração pessoal, sobre plantar, semear, cultivar, para, então, florescer, explica Brenô:

No período mais intenso da pandemia, tive bastante tempo para observar mais as coisas e, principalmente, para refletir sobre elas. Uma das reflexões que ficaram batendo na minha cabeça foi a de que nos distanciamos cada vez mais da natureza, quando, na verdade, somos parte dela.

Além da composição de “Novo Horizonte”, Kau Caldas também participou ativamente na realização do disco assinando a produção musical. Com suas bases firmadas no reggae, Floresça também abre espaços a outros estilos de forte influência para Brenô, como o pop, o groove e a MPB.

Na poética do florescimento, o amor é o tema central e acolhido de forma especial, que vai da homoafetividade (“Aos Quatro Cantos”) até o primeiro amor (“Olhando Pras Estrelas”). A capa surge como a síntese dessa busca em encontrar a melhor versão de si mesmo, adornada com uma vibe tropical.

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