Shavo Odadjian, baixista do System Of A Down
Reprodução / WikiCommons

Em uma nova entrevista,  Shavo Odadjian, o baixista do System of a Down, topou a difícil tarefa de selecionar (apenas) 10 discos que mudaram a sua vida inteira. Ao Louder Sound, o músico revelou que muito do seu gosto musical é influenciado pelo metal e hip hop.

“Música boa é música boa, não importa quem a faça”, declarou ele antes de quebrar a regra da brincadeira e listar 11 discos ao invés de 10. “E eu poderia ter lhe dado mais 11”, ainda brincou. Confira a seleção a seguir!

KISS – Creatures of the Night

O baixista começa o ranking com Creatures of the Night (1982), do KISS. De acordo com ele, foi o primeiro disco que ele “teve em suas mãos” que de fato era seu. “Meu pai costumava dirigir um caminhão de comida, e uma das paradas foi em uma gravadora. Ele conheceu Gene Simmons – Gene Simmons comeu em seu caminhão. Meu pai disse: ‘Meu filho tem seis ou sete anos, ele é fã do KISS’, e Gene deu a ele o disco que eles estavam mixando [na época], era ‘Creatures of the Night’.”

AC/DC – Dirty Deeds Done Dirt Cheap

O terceiro álbum de estúdio dos australianos AC/DC também foi um dos escolhidos pelo baixista: “Quando eu era jovem, havia uma loja antiga em Hollywood onde você podia comprar coisas domésticas comuns, mas eles também vendiam discos. Meu aniversário estava chegando e minha mãe disse: ‘Vou comprar um disco para você, qual disco você quer?’”, relembrou.

“Eu disse: ‘Qualquer coisa do AC/DC’, [então] ela escolheu aquele disco porque a capa estava limpa – não havia sangue ou esse tipo de coisa. Ela não sabia que a primeira faixa que eu ia ouvir era ‘Big Balls’.”

Ozzy Osbourne – Blizzard of Ozz

O álbum de estreia de Ozzy Osbourne é descrito por Odadjian como “imortal”, tendo o influenciado quando ele começou a tocar guitarra. “Randy Rhoads [guitarrista do Ozzy] me matou. O riff de ‘Crazy Train’ é tão complexo, mas tão legal”, comenta.

The Beastie Boys – Licensed to Ill

Outro álbum de estreia relembrado pelo músico é o dos Beastie Boys, de 1986. “É outro disco que eu escutei várias vezes onde minha mãe sabia de tudo. Ela cantava ‘Girls and Brass Monkey’.”

Public Enemy – It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back

Presente na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame, mas também na de Odadjian, It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back é descrito pelo músico como “sombrio”. “Eu não pensava nisso como uma coisa preto/branco, eu pensava nisso como uma coisa foda. A cor nunca me importou. Vamos lá, eu sou armênio. Sou alguém que veio para a América como estrangeiro. Estou sempre do lado do azarão”, comenta.

Pantera – Vulgar Display of Power

“Quando eu tinha 17 anos, trabalhei em um restaurante de comida em Glendale”, começou o músico ao descrever sua memória com Vulgar Display of Power. “Meu gerente era um grande metaleiro e disse: ‘Vá comprar este álbum, se você não gostar, eu te pago o dinheiro de volta’.”

Slayer – Reign in Blood

O terceiro álbum de estúdio do Slayer foi adquirido pelo baixista no formato cassette antes da cópia física de fato: “Acabava e começava de novo. Você podia ouvi-lo uma e outra vez.”

Ele ainda relembra da ocasião em que o System of a Down entrou em turnê com a banda: “Eu tinha que estar no pit sempre que eles tocavam ‘Raining Blood’ e ‘Angel of Death’. Não importava o que eu estivesse fazendo, eu poderia estar nos fundos fazendo uma entrevista, mas eu ia na frente, ouvia a música, então corria para os bastidores e terminava a entrevista.”

Black Sabbath – Sabbath Bloody Sabbath

Além do álbum de de Ozzy, o baixista também cita um trabalho do Black Sabbath como um de seus favoritos: “A música ‘Sabbath Bloody Sabbath’ soa muito bem – a seção no meio é perfeita. Há três bandas cujos primeiros cinco ou seis álbuns são perfeitos: Sabbath, Led Zeppelin e Metallica.”

Misfits – Walk Among Us

“Havia quatro bandas de punk rock que eu realmente ouvia”, comentou o músico ao listar Ramones, Dead Kennedys, Bad Brains e Misfits. Com a última, ele seleciona o trabalho de estreia: “Este álbum é incrível, é quase como essas velhas canções doo-wop, mas no estilo punk rock: ‘Mamãe, posso sair e matar hoje à noite?’ Vamos lá, não dá pra não ficar maluco com isso.”

Wu-Tang Clan – Enter the Wu-Tang (36 Chambers)

“Vá ouvir esse disco”, ele começa ao mencionar Enter the Wu-Tang (36 Chambers). “O jogo de palavras nessas músicas é incrível, a maneira como esses nove caras de Staten Island se reúnem e fazem isso é incrível. Acontece que eu sou amigo do RZA. Esse cara é um gênio, que me inspira a ser um artista melhor.”

The Beatles – Revolver

O 11º disco escolhido pelo músico foi justamente dos Beatles, fugindo um pouco do thrash metal e do heavy metal. De acordo com ele, a influência veio do guitarrista do System of a Down, Daron Malakian: “Ele disse: ‘ouça esses álbuns’.”

“As músicas desse disco são incríveis. ‘Eleanor Rigby’, ‘Tomorrow Never Knows’… eles têm essas vibrações estranhas de sonho. Não sei como um humano as escreveu. Isso mudou minha vida, porque me fez um compositor melhor”, completou.

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