Erasmo podcast
(arte: Bruce Rodrigues)

Em novembro de 2021, dois meses depois de ter sido internado para se recuperar da COVID-19, Erasmo Carlos subia ao palco do Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, para seu primeiro show desde o início da pandemia.

Ele apresentava o espetáculo O Futuro Pertence à Jovem Guarda, que agora, no começo de fevereiro, foi lançado como disco. No projeto, o Tremendão canta oito clássicos da Jovem Guarda que nunca tinham sido gravados na sua voz, como “O Bom”, “Esqueça” e “A Volta”.

“No hospital, pensei ‘acabou pra mim’”

Em entrevista ao Podcast TMDQA!, Erasmo contou que as primeiras apresentações foram difíceis, tanto pelo fôlego que foi prejudicado pelo novo coronavírus, como pela emoção de estar diante dos fãs depois de tanto tempo.

A COVID me balançou bastante, sabe? Fiquei em dois momentos no hospital, chorei, pensei “acabou pra mim”. Eu estava me sentindo debilitado, perdi equilíbrio, perdi voz. Quando tive alta, parti pra aulas de fonoaudiologia e fisioterapia, e assim fui melhorando. Quando fiz o show em Porto Alegre, foi uma experiência nova pra mim. Eu me esqueci que era artista, da emoção do público, os aplausos. Tive que reaprender tudo isso. Agora, já estou em forma. Onde tiver show, já estou com a mala, a guitarra e o blusão de couro prontos.

Você pode assistir à declaração abaixo em vídeo, no fim desta matéria, via Reels do Instagram @podcasttmdqa.

As playlists de Erasmo

O “gigante gentil” também falou sobre o significado de Jovem Guarda para ele e avaliou que o Brasil está cuidando mal da nova geração. Para Erasmo, os discursos de ódio e a falta de investimentos em educação e saúde estão afastando as crianças e jovens da cultura.

O Tremendão disse que gosta de se manter bem informado, e revelou um novo hobby: montar playlists. Ele disse que pesquisa novos artistas diariamente para fazer suas seleções musicais, e revelou grandes nomes do pop e do indie internacionais que frequentam seus fones de ouvido.

O mundo está seguindo e eu não posso ficar parado, senão vou ser atropelado pelo progresso. Eu posso não saber da notícia, mas sei da manchete. Eu descobri, por exemplo, as playlists. Que maravilha! Nunca convivi tanto com música como agora. Passou a ser minha mania: eu respiro, como e faço playlists. Assim conheci a Doja Cat, a banda Real Estate… também um pessoal brasileiro fazendo música da maior dignidade, mas que não tem lugar pra se apresentar. As TVs e rádios não mostram, optam pela música que eu chamo ‘carnavalesca’, como o funk, em que sua única responsabilidade é se divertir e dançar. São músicas de ‘fácil acesso auditivo’. Por isso eu recomendo que todo mundo pesquise música boa e faça playlists.

Assista aos cortes em vídeo do Podcast TMDQA! e ouça a entrevista completa nos aplicativos de podcast, ou clicando no player abaixo. Siga nosso programa no Instagram e nos reprodutores para não perder um episódio! São dois programas por semana, com notícias, entrevistas e clube para assinantes.

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