Randy Blythe (Lamb of God) faz resenha de novo disco do Gojira
Foto via Wikimedia Commons

O vocalista Randy Blythe, líder do Lamb of God, foi um dos primeiros grandes fãs do Gojira quando a banda francesa começou a dominar o mundo do Metal.

Hoje, 30 de Abril, o grupo lançou o disco Fortitude depois de um intervalo de cerca de 5 anos e voltou a tomar o mundo da música pesada de surpresa com sua mistura única de técnica, ritmo, groove e peso. E, claro, Randy se empolgou bastante com o novo trabalho — o suficiente para escrever uma resenha sobre a obra.

Ela foi publicada na Metal Hammer internacional e você pode ler a tradução na íntegra abaixo. Para conferir a postagem original, é só clicar aqui.

Resenha de Randy Blythe sobre Fortitude, do Gojira

‘Fortitude’, sétimo oferecimento de estúdio do Gojira, é bem-sucedido em atingir o que bem poucos álbuns de Metal conseguem: sem sacrificar uma única gota de peso de mexer com a estrutura da terra (eu preciso mesmo escrever isso? Você está lendo a [Metal] Hammer, então é bem justo assumir que você sabe que o Gojira é pesado pra caralho), o álbum se move para além das restrições muitas vezes auto-impostas do gênero e vira algo totalmente diferente. A paleta do Heavy Metal é usada para construir algo mais do que o Metal: uma belíssima, densa, sonora pintura da vida em si.

Na costa sudoeste da França, com fronteira do mar de um lado e dos Pirineus no outro, fica a pequena vila de Ondres. Lá, em uma rua cheia de árvores que corta por uma bela floresta, fica uma antiga casa de fazenda recheada de arte. Por trás dela está um celeiro de pedra igualmente antigo recheado com o equipamento musical do Gojira.

Um dia, 13 anos atrás, nós deixamos a casa e celeiro na floresta e dirigimos até os Pirineus para andar pela costa das montanhas e perambular pelas vilas Bascas — a região é uma de beleza indescritível. Depois de horas limpando nossas mentes no ar ríspido da montanha, o Sol começou a se pôr e nós voltamos em direção à costa. De repente, o Joe [Duplantier] escorregou para a lateral da estrada de terra traiçoeira na qual dirigíamos, pulou para fora do carro, correu para uma árvore, encheu a mão com cerejas maduras de seus galhos, e correu de volta, rindo histericamente. ‘A gente precisa sair daqui rápido antes do fazendeiro que é dono dessa árvore atire na gente!’, ele disse, e nós nos mandamos para o fim da montanha até o mar, enchendo o bucho com essa fruta deliciosa o caminho inteiro…

É assim que ‘Fortitude’ soa — estruturas antigas contendo novas artes, ondas do oceano e ar da montanha, a emoção da fruta ilícita conforme o Sol se põe no final de um dia perfeito. Talvez você consiga visualizar isso. Talvez não. Não importa na verdade, porque o nível que define esse gênero acaba de ser elevado. De novo.

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