Coronavírus
Foto Stock via Shutterstock

Um novo estudo, conduzido no Brasil pela Universidade Estadual de Londrina e assinado pelo professor Fabiano Koich Miguel ao lado de outros colegas, descobriu que pessoas que se recusam a usar máscaras em meio à pandemia são mais propensas a serem sociopatas.

De acordo com o healthline, define-se sociopata como “um termo usado para descrever alguém que tem Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS)” e as pessoas com TPAS “não conseguem entender os sentimentos dos outros […] frequentemente quebrando regras e tomando decisões impulsivas sem se sentirem culpadas pelo mal que causam”.

Os resultados da pesquisa brasileira chegaram até o portal britânico Mirror, que explica que 1578 adultos receberam perguntas como “você acredita ser necessário usar uma máscara/respeitar o distanciamento social/lavar as mãos mais frequentemente?” e a partir daí os participantes foram divididos em dois grupos: o “grupo da empatia” e o “grupo antissocial”.

O primeiro, com 1200 pessoas, parecia ter boa noção da convivência em sociedade e uma capacidade de desenvolver interações positivas com esta. Ao mesmo tempo, os quase 400 restantes têm um comportamento quase oposto, buscando sempre formas de interagir que os beneficiariam pessoalmente, além de uma maior propensão a se sentirem “socialmente segregados” e de engajarem em comportamento hostil.

Coronavírus, máscaras e transtornos psicológicos

O estudo, então, foi capaz de correlacionar a baixa capacidade de obedecer as regras de contenção da pandemia aos traços antissociais e, em especial, aos níveis mais baixos de empatia e mais altos de insensibilidade, oferecendo uma possível explicação para o motivo de tantas pessoas se recusarem a cumprir as orientações de saúde.

É sempre importante, no entanto, levar em conta que o resultado não é absoluto. Nem toda pessoa que decide não usar máscaras é um sociopata ou tem tendência a isso — o professor responsável afirma que os motivos têm que ser analisados com calma.

Mirror ainda reporta um estudo na Polônia com descobertas similares, relacionando traços de personalidade psicopata e narcisista à incapacidade de respeitar as restrições impostas pela pandemia, além de observar que essas são as mesmas pessoas que fazem estoques de itens — como papel higiênico — por terem uma natureza “gananciosa, competitiva e mimada”.

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