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Sexta Feira (04/09)

Sexta feira foi o dia de maior tranquilidade no evento. Além de ser o que contou com menos atrações (“apenas” 12) a sexta feira também focou em uma sonoridade mais equilibrada. Contando com bandas goianas durante metade das apresentações, os ainda “novatos” da Meio Termo estrearam o palco do evento e mostraram que apesar da pouca experiência, já têm capacidade de se apresentar em grandes palcos, mesmo com o público reduzido devido ao horário reservado à banda. Components foi outra banda que também se apresentou para poucos, mas mostrou evolução em relação a apresentações passadas. Com maior familiaridade com o palco, os jovens conseguiram mostrar um avanço na parte instrumental das músicas, bem como na interação com o público.

Chá de Gim

A banda Chá de Gim tinha prometido lançar seu novo disco no festival, mas devido a imprevistos na masterização do mesmo a novidade não veio ao público completamente no dia combinado. Isso não impediu que a banda usasse alguns minutos de seu curto show para apresentar novas faixas que transpareceram reflexos interessantes nas novas composições do grupo, mesclando o baião e o funk ao som forte da banda.

Stefanini trouxe o pop e algumas intervenções eletrônicas para o festival, mas pareceu não animar um público muito grande, fazendo dançar alguns poucos, apesar do festival já estar mais cheio do que nas primeiras apresentações. A psicodelia brasileira veio à tona com parte dos “novos goianos” da cidade: Luziluzia. Mesclando faixas “bad vibes” com outras mais alegres e tropicais, o grupo apresentou músicas de seu álbum de estreia junto a uma faixa nova no repertório, dando destaque ao ritmo psicodélico e experimental que ronda a cena goiana atualmente.

Luziluzia

João Canta Brandão é o projeto solo de João Lucas Ribeiro, um dos organizadores do festival e também membro da banda de glam rock Johnny Suxxx And The Fucking Boys. Com EP lançado no dia da apresentação, João surpreendeu o público e até mesmo o próprio homenageado. No palco Carlos Brandão, a performance reuniu um público curioso para as releituras de canções do compositor goiano e fez os dois homenageados do festival – Brandão e Belleza, que estavam assistindo à apresentação lado a lado – sentirem orgulho do que acontecia na 14ª edição do evento. Distante do rock, a apresentação teve acompanhamento dos músicos Aderson Maia (baixo), Lucas Tomé (bateria) Eduardo Veiga – Goiaba (guitarra) e Bruna Mendez (sampler, programações e backing vocal).

Após a multidão de bandas goianas, uma dobradinha carioca aconteceu no evento: com o indie denso e multi instrumental da banda Baleia (que enfrentou problemas técnicos mas contornou bem a situação), seguido pelo garage rock do Hell Oh, mostrando duas vertentes do bom rock do Rio de Janeiro e sua versatilidade.

Hell Oh!

Com uma vibe sombria, o som denso da banda Inky chamou a atenção do público não apenas por sua performance, mas também pela extensão e qualidade das músicas que foram apresentadas. Focando em experimentações eletrônicas e um peso instrumental (além de uma vocalista misteriosa e, diga-se de passagem, excelente) a banda provocou o público com longas viagens e efeitos durante suas músicas.

INKY

Os paulistas d’O Terno mostraram desenvoltura diante do público, apresentando músicas mais recentes e outras mais antigas a exemplo de “O Cinza” e “Eu Confesso” . Carne Doce, mais uma vez, levou o público a um frenesi durante a apresentação em sua terra natal. A cada show dos goianos o público parece se envolver mais, aproveitando a desenvoltura e animação da vocalista Salma Jô e aguardando por novidades ou experimentações no repertório, já com as músicas do primeiro disco (Carne Doce – 2014) na ponta da língua.

Carne Doce

Emicida fechou a noite com o maior público do dia, mostrando que a força do rap se destaca cada dia mais nos festivais independentes. Focando a maior parte do show em faixas do disco mais recente, Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa , o artista não deixou de lado sucessos do início de sua carreira e manteve seu posicionamento revolucionário bradando críticas à sociedade em letras metafóricas, densas e muito bem acompanhadas pela banda de peso que esteve junto com o artista no palco. E falando em palco, o interessante cenário montado para o show do rapper deu um toque a mais na apresentação.

Emicida

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