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Sábado (05/09)

Two Wolves

Em um dia mais eclético, o ritmo jamaicano mesclado às influências do ska iniciaram as apresentações. O super grupo Skavarone combinou um reggae moderno a influências que remetem ao jazz, resultando em um ótimo momento de recepção ao público do festival que, felizmente, escolheu assistir as bandas que se apresentaram mais cedo no segundo dia de festival.

Não demorou muito também para que o rap voltasse aos palcos do Vaca Amarela após o encerramento com chave de ouro de Emicida na noite anterior. O grupo de rap goiano Clann trouxe à tona debates regionais e políticos, apelando para a improvisação e uma apresentação à cappella quando a estrutura de som passou por alguns problemas técnicos. A vibe anos 70 com toques psicodélicos da banda La Morsa deu início a uma tour pelo cenário musical do interior de Goiás, aparecendo como representantes da cidade de Anápolis. Logo em seguida o intercâmbio foi para Senador Canedo, representado pelos integrantes da ótima banda Two Wolves, que ganha cada vez mais espaço nos eventos locais pelo carisma e talento que transparecem durante as apresentações. Apesar de ser o show de despedida de um dos fundadores da banda, o guitarrista Mauricius Wolf, o clima foi de bastante descontração, empolgação e até mesmo de novidades com a apresentação de faixas não habituais do repertório da banda.

Peixefante

Destaques recentes da safra musical goiana, a banda Peixefante, se apresentou ainda cedo. O grupo mostra uma grande evolução a cada show, tanto durante a execução das músicas de forma mais segura, quanto com a inserção de novidades e experimentações durante as faixas. Além disso, percebe-se uma maior desenvoltura dos integrantes diante do público curioso e interessado.

Durante uma das faixas mais conhecidas do primeiro disco da banda, “Lorde Pacal”, uma situação complicada aconteceu, quando Arthur (que utiliza diversos instrumentos, além da voz durante as apresentações) teve problemas com o som e não contou com a ajuda de ninguém da equipe técnica, que no momento não estava no local. Para contornar, contou com o apoio e improviso de outros integrantes da banda. É uma banda com potencial e talento, que ganha cada vez mais segurança chamando a atenção por seu coral de vozes em diversas faixas e um instrumental poderoso.

Dry

Gasper saiu do “lugar comum” das apresentações de rap, investindo não apenas em rimas e graves bem trabalhados, mas também em instrumentos diferentes como o violino e intervenções curiosas de um DJ. Fazendo jus à fama referentes às diversas bandas de stoner rock que surgiram na cidade nos últimos tempos (a exemplo de Black Drawing Chalks e Hellbenders) duas apresentações seguidas deram novamente destaque a esta sonoridade. Beavers e Dry trouxeram ao festival as origens do rock goiano com peso, qualidade e músicas que fizeram o público (finalmente) bater cabeça durante o festival.

The Muddy Brothers

Lei Di Dai fez uma apresentação marcante durante o festival, com seu estilo definido por ritmos jamaicanos tendo como destaque o dancehall, vertente mais dançante do reggae que levou 10 dançarinos ao palco e transformou a plateia também em uma sequência de passos de dança e adaptações do que era apresentado no palco. Com longa carreira e composições já conhecidas pelo público que os segue, Motherfish se apresentou antes dos capixabas da banda The Muddy Brothers, que adiantou as influências setentistas que também estariam em um dos shows seguintes. Enquanto a Overfuzz (no pódio das últimas apresentações) focou na vertente mais hard rock dos anos 70, o trio Muddy Brothers se voltou para o rock experimental, lembrando composições de Led Zeppelin e certas vezes pesando um pouco para o peso do hard rock também.

Deize Tigrona

Deize Tigrona mesclou estranhamento (da parte do público que não estava muito disposta a trocar as guitarras e distorções do rock pelas batidas e vocabulário escrachado do funk) a uma animação constante. Quem estava curtindo o show, estava empolgado com gosto (e com razão). Contando com João Lucas novamente no palco, desta vez como DJ, drag queens e um cavalo dançarino (que era, curiosamente, o guitarrista de uma das bandas mais pesadas que se apresentaria no dia seguinte) tornaram o show um momento bem animado, suprindo bem o tempo que foi reservado a ele, não deixando em momento algum o público ficar parado.

Violins

Violins fez uma apresentação saudosista, matando a saudade que boa parte do público tinha do grupo, que é uma das bandas mais consagradas da cidade e não se apresentava constantemente há um bom tempo. Teve espaço para uma recepção efusiva das faixas mais conhecidas do grupo, bem como para a reprodução de um “cover” da banda paralela de dois integrantes (a Tonto).

Indee Styla, com sua energia latina/espanhola apresentou um rap diferente do que tinha sido mostrado anteriormente, com uma maior densidade, reflexões fortes e diretas, além de uma forte interação com o público (extrapolando as barreiras de idiomas) , bem como danças marcantes e bem coreografadas que trouxeram uma beleza especial no palco.

Indee Styla

Overfuzz se aproxima cada vez mais do título de heróis locais, apresentando um dos shows de maior peso do festival, com uma recepção calorosa da plateia e uma prévia do que vem por aí no novo disco (amplamente aguardado pela maior parte dos fãs presentes) que, inclusive, teve uma edição de pré lançamento liberada durante o festival.

“Excêntrica” é uma palavra que define a apresentação de Tulipa Ruiz como última atração do segundo dia de festival. Passando pro “estranhezas” como cabos de microfone enrolados em si e uma apresentação quase que inteira coberta por um tule, a cantora focou em faixas de seu último álbum lançado, Dancê, mas deu alegria aos fãs com raras faixas mais antigas: “Só Sei Dançar com Você” e “É”. O público não estava tão numeroso quanto no mesmo horário do dia anterior, mas quem estava por lá soube acompanhar a maioria das faixas e se deliciou com a espontaneidade da cantora que chegou a cantar bem no meio do público.

Overfuzz

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