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Domingo (06/09)

OFF 1984

O dia de encerramento do festival foi também dia de novidades, com músicas novas sendo apresentadas no repertório de diversas bandas e também com as próprias bandas sendo novidades para parte do público do festival. As três primeiras bandas do dia, Almost Down, Verne e Feed My Kraken reuniram um público já satisfatório e chamaram a atenção de quem os ouvia pela primeira vez. Neste início teve para todos os gostos: pop punk, post grunge e um rock dançante. Já a banda OFF 1984 focou em uma sonoridade (bem) mais pesada, coisa inédita até aquele momento no festival abrindo espaço para o metal goiano. Com pancadas sonoras e vocais retos mesclados a guturais, a banda teve dificuldade de atrair o público ainda fraco, mas no fim das contas conseguiu atingir seu objetivo de movimentar em pequenas rodas punk com quem estava presente.

Sã Consciencia

O rap voltou mais uma vez aos palcos do Vaca Amarela com o grupo Sã Consciência e logo em seguida a vertente alternativa dos goianos da Caffeine Lullabies reuniu um público já satisfatório para o horário, bem interessado nas diversas distorções de guitarras unidas a melodias e vocais doces levando quase a algo que poderia ser definido como um meio termo entre o indie e o hard rock.

Cherry Devil

Única representantes do Distrito Federal, a banda Dona Cislene fez um show curto porém forte, com um repertório bem voltado para o pop punk. Dogman, banda de hard rock goiano que fez uma apresentação pesada desde os primeiros acordes, trouxe novidades ao público, com uma faixa nova sendo tocada pela primeira vez, além de uma formação “alternativa” da banda contando com um tecladista durante uma das faixas já lançadas anteriormente pela banda. Sinal de que no novo disco é possível esperar experimentações e um avanço na sonoridade da banda. Quem também apresentou novidades no repertório foi a também goiana Cherry Devil, que está com novas composições sendo produzidas, além de uma formação também repaginada.

Dogman

Sendo as únicas atrações internacionais da noite, o trio Novonada impressionou ao público e até mesmo a quem já tinha escutado-os anteriormente (já é a segunda turnê que fazem pelo Brasil em um curto espaço de tempo). Em oposição ao nome (novo-nada), a novidade foi o que prevaleceu durante o show dos ítalianos/ingleses/brasileiros. Com inserção de apitos e chocalhos durante algumas faixas, as composições seguem uma atmosfera selvagem, além de apresentar letras bem interessantes e vocais marcados pelo contraste e participação de todos os integrantes.

Novonada

Aurora Rules é nome unânime no que diz respeito a público fiel em festivais. Em contraste a diversos momentos do evento onde sobrou espaço para mais gente durante as apresentações, a parte da frente do palco já estava lotada antes mesmo dos músicos iniciarem o show. A interação dos fãs com a banda bem como a qualidade instrumental do grupo extrapolaram os limites vistos até aquele momento e confirmaram o crescimento e reconhecimento do som da banda não só na cidade, mas em todo o país.

Aurora Rules

Surpreendente foi também a recepção do público goiano com os gaúchos da Fresno. Tendo se apresentado recentemente na cidade, até mesmo os integrantes da banda se assustaram com o tamanho do público que estava esperando ansiosamente para assistir à apresentação. O show deu espaço para músicas mais antigas pedidas constantemente pelo público a exemplo de “Deixa O Tempo” e “Redenção”, bem como para outras mais recentes: “Maré Viva” e “Manifesto”. O show contou com outros pontos fortes também, como uma percussão marcante feita pelos guitarristas da banda, bem como a empolgação do público diante da mesma reação por parte da banda.

Fresno

“Caos” é a única definição para a apresentação dos icônicos Rollin Chamas. Conhecidos na cidade por situações inesperadas durante seus shows (churrasco no palco, um sofá no meio do cenário da apresentação e integrantes no excêntricos), desta vez a apresentação surpreendeu até mesmo quem já estava acostumado com toda loucura dos goianos.

Em comemoração aos 10 anos da banda, o show durou mais que o planejado (mas não deixou ninguém incomodado com isso). A apresentação reuniu praticamente toda a organização do evento em cima do palco, trouxe o berranteiro Zé Capeta, drag queens, cavalo mascarado, frango assado e mais outras diversas loucuras que marcaram o show como o melhor e mais animado do festival. Com bandeirinhas da banda em mãos, o público entoou praticamente todas as composições do grupo, tendo como ápice “É o Sal”, “Adalgisa”, “Feliz Ano Punk” e “O Papa tá com AIDS”, além da infinita repetição de parte de “Hey Jude” (dos Beatles), retratos do som escrachado e marcante da banda, que dá espaço aos regionalismos, ao peso e ao (extremo) bom humor. Rollin Chamas seja, talvez, a banda com mais “influências” do mundo. Tem refrães que lembram as pancadas do Motörhead e Ratos de Porão, riffs que vão de Talking Heads, Deep Purple, Kiss, Led Zeppelin, AC DC e Black Sabbath à música sertaneja e o que mais for possível imaginar. É um pouco de tudo, que no fim das contas (tudo misturado) não se parece com nada. Se outro festival que acontecia simultaneamente na cidade entrou para o Guiness Book com o maior palco do mundo, o palco dos Rollin Chamas poderia concorrer ao título de mais animado de todos.

Rollin Chamas

Para finalizar o festival com o maior público de todas as apresentações e, provavelmente, de todos os dias juntos, ConeCrewDiretoria se apresentou para uma multidão que, já cansada da maratona de shows, ainda conseguiu se segurar em pé até as 3 e tanto da manhã ao som do bom e velho rap carioca.

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