As Bahias e a Cozinha Mineira no Cultura Livre
Foto: Reprodução/YouTube

As Bahias e a Cozinha Mineira participou neste sábado, dia 5, do programa Cultura Livre, da TV Cultura, e apresentou as canções de seu disco mais recente, Tarântula, lançado em maio. O grupo falou também sobre a escolha do nome do álbum, a evolução de sua carreira, representatividade e mais.

A apresentação na TV mostrou trechos do show da atual turnê da banda, que conta com várias performances e um verdadeiro “ritual de renascimento das tarântulas”, como é anunciado no início do espetáculo.

Assucena Assucena conta que “Tarântula” foi uma operação no final da ditadura militar para institucionalizar a violência contra a população LGBT e, principalmente, as mulheres trans na cidade de São Paulo. “Do ponto de vista moralista, era para conter o vírus da AIDS,” explica.

Raquel Virgínia explica que o disco Tarântula é uma obra de arte que ficará registrada culturalmente na eternidade:

As pessoas trans sempre sofreram apagamentos cíclicos e quando a gente começa a despontar e questionar, nossas memórias são apagadas. O álbum é um registro que nós estamos deixando.

A apresentadora Roberta Martinelli relembra que a Operação Tarântula durou pouco tempo, mas, ainda assim, matou muita gente. “A história serve para isso. A gente estuda ela para não repetir os mesmos erros,” discursa.

As Bahias e a Cozinha Mineira no Cultura Livre

Nesta terceira passagem da banda pelo programa, são colocadas em pauta também a grande referência de Gal Costa na carreira das vocalistas, assim como as mudanças e transformações nas carreiras de ambas.

“A gente busca a nossa verdade na nossa mudança. A gente está sempre mudando e nós respeitamos isso,” revela Raquel, atentando para as diferenças dos três trabalhos lançados pela As Bahias e a Cozinha Mineira até hoje.

Rafael Acerbi também conta sobre a experiência de cantar pela primeira vez num álbum e diz que, antes disso, era o momento de Assucena Assucena e Raquel Virgínia chegarem no mercado e se firmarem como cantoras e artistas com seus discursos. “Foi um momento de maturação entre nós. Eu tenho as melhores professoras,” afirma.

O programa ainda relembra o começo da carreira do grupo tocando em festas universitárias, quando eles “enchiam a cara para entrar no palco”, e a retirada do grafite no Minhocão, em São Paulo, com a imagem das vocalistas trans junto com a também cantora Linn da Quebrada

Assista ao vídeo completo:

E relembre aqui o show de Elza Soares no Rock in Rio, com a participação de As Bahias e a Cozinha Mineira, Kell Smith e Jéssica Ellen.

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