Bring Me The Horizon no Lollapalooza Brasil 2019
Foto por Stephanie Hahne / TMDQA!

Recentemente o vocalista Oliver Sykes e o tecladista Jordan Fish, ambos do Bring Me the Horizon, deram uma entrevista para Liam Stapleton (do canal Triple J) e comentaram sobre o caminho que a banda trilhou entre seu primeiro lançamento, Count Your Blessings, e o recém-lançado amo.

Inspirados nessa entrevista (disponível na íntegra no player ao final do post), separamos 6 músicas – uma de cada disco – que evidenciam cronologicamente a evolução musical dos ingleses e a aproximação do pop, feita um passo de cada vez.

6. “A Lot Like Vegas” (Count Your Blessings, 2006)

O primeiro disco do Bring Me the Horizon vai soar assustador para quem só escutou o amoNo entanto, enquanto boa parte do disco tinha Oliver Sykes explorando vocais guturais bastante próximos ao death e black metal, em “A Lot Like Vegas” o cantor explora pela primeira vez o estilo rasgado com mais clareza nas palavras (por volta de 0:20), que acabou se tornando um marco dos álbuns subsequentes.

5. “Chelsea Smile” (Suicide Season, 2008)

Uma das preferidas dos fãs das antigas, “Chelsea Smile” foi uma das primeiras músicas do BMTH a explorar batidas eletrônicas (por volta de 3:15), o que se tornaria uma característica não apenas da banda mas de toda a cena metalcore da época. Bandas como Asking Alexandria e Attack Attack! ficaram marcadas por essa fusão alguns anos depois – o que pode ajudar a provar o ponto do guitarrista Lee Malia quando ele afirma que o Bring Me the Horizon se considera “um ano à frente” de outras bandas.

4. “Don’t Go” (There Is a Hell, Believe Me I’ve Seen It. There Is a Heaven, Let’s Keep It a Secret., 2010)

Nesse disco o BMTH já havia abraçado completamente a mistura com sintetizadores e sons eletrônicos, como percebemos em “Crucify Me” e “Home Sweet Hole”, por exemplo.

Porém, a banda deu mais um passo à frente fazendo a sua primeira música lenta: “Don’t Go”, que tem participação de Lights, mistura um instrumental sentimental e lento com os vocais rasgados de Oli, que ainda não estava pronto para assumir os vocais limpos.

3. “Can You Feel My Heart” (Sempiternal, 2013)

Sempiternal foi, sem dúvidas, o maior passo que a banda deu em direção ao mainstream.

A faixa de abertura do álbum, “Can You Feel My Heart”, já mostra a vontade de explorar a sonoridade do rock de arena: mais épico, mais produzido. O bpm mais lento em relação aos discos anteriores, o uso mais proeminente dos teclados e sintetizadores, o instrumental mais melódico e os vocais menos rasgados mas ainda agressivos (se aproximando de bandas como o Linkin Park) evidenciam a guinada na direção pop que o Bring Me the Horizon buscaria nos próximos anos.

2. “Oh No” (That’s the Spirit, 2015)

That’s the Spirit viu o BMTH abraçando sem nenhuma vergonha a sonoridade mais mainstream e com vocais limpos logo com o primeiro single, “Drown”, lançado bem antes do disco completo. No entanto, enquanto boa parte do álbum ainda trazia os elementos mais pesados que caracterizavam a carreira dos ingleses, “Oh No” quebrou completamente qualquer estigma. A faixa traz uma instrumentação pop radiofônica, com uma batida dançante e melodias que passam longe da agressividade que os marcava até então.

1. “medicine” (amo, 2019)

“medicine” foi o single mais polêmico da banda até hoje. Quando lançado, sofreu uma retaliação dos fãs mais puristas que diziam que o BMTH tinha “se vendido” e estava só querendo tocar nas rádios. Depois de analisar toda essa trajetória (muito resumidamente), é fácil perceber que quem se assustou com esse lançamento não vinha acompanhando o grupo direito – os sinais e os passos nessa direção são claros. Por sinal, o instrumental quase puramente eletrônico, sem distorções e com vocais limpos não são exclusividade de “medicine”: a excelente “mother tongue” também segue a mesma linha, e ganhou um clipe recentemente (gravado no Brasil)!

Entrevista com a Triple J na íntegra:

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