No livro de memórias Walking Disaster, lançado nesta quarta-feira (9), o cantor canadense Deryck Whibley, do Sum 41, revelou mais um caso chocante de abuso na indústria musical.
O vocalista acusou o antigo produtor da banda, Greig Nori, de abuso sexual e agressões físicas e psicológicas durante os quase 10 anos em que trabalharam juntos.
Também vocalista da banda pop punk Treble Charger, Greig só assinou a produção dos álbuns Does This Look Infected? (2002) e Chuck (2004) do Sum 41, mas foi o principal empresário do grupo desde 1996.
Ele conheceu Deryck Whibley quando o cantor tinha apenas 16 anos e foi assistir a um show do Treble Charger. Na época, Greig Nori já tinha 34 anos de idade, e ele foi o responsável por apresentar bebidas, mulheres e a vida noturna para a banda canadense.
Vocalista do Sum 41 acusa produtor de abusos
No livro, Whibley diz que quando completou 18 anos, o produtor o beijou a força no banheiro de uma festa e o pressionou para que eles mantivessem uma relação sexual.
Deryck não fez nada a respeito na ocasião, mas anos depois, quando começou a namorar a cantora Avril Lavigne, foi alertado por ela de que aquilo configurava abuso sexual.
Além disso, Greig Nori teria exigido créditos de composição das músicas do Sum 41 e explorado psicologicamente os jovens músicos, dizendo que eles não podiam confiar em mais ninguém (via Stereogum):
“Nós não podíamos falar com ninguém além dele, porque a indústria musical era ‘cheia de cobras e mentirosos’, e ele era a única pessoa em que podíamos confiar.”
Sum 41 encerrará carreira em 2025
O Sum 41 demitiu Greig Nori em 2005, e o próprio Deryck Whibley passou a produzir os álbuns da banda. Em 2018, o grupo processou o ex-empresário e conquistou de volta os direitos sobre seu catálogo.
Vale lembrar que a banda canadense lançou este ano o oitavo e último disco da carreira, Heaven :x: Hell (leia a nossa resenha aqui), e iniciou uma turnê mundial de despedida que se encerra em janeiro de 2025, no Canadá.
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