
Elvis Presley prestigiou e incentivou muitas bandas que estavam no começo de suas carreiras, aproveitando seu sucesso para impulsioná-las. No entanto, com o tempo, esse entusiasmo inicial do falecido músico podia rapidamente se converter em frustração e, algumas vezes, até em ressentimento.
Muitos dos desafetos do considerado Rei do Rock começaram como aliados, amigos ou colegas de profissão que o admiravam profundamente. Porém, essas relações não conseguiram se manter firmes durante muito tempo. Em algumas ocasiões, quando sentia-se ameaçado ou incomodado com algo, era comum para Elvis se voltar contra aqueles que antes ele apoiava.
A seguir, confira uma lista reunida pelo Far Out com artistas pelos quais Elvis Presley demonstrou aversão ao longo de sua carreira!
5 artistas que Elvis Presley odiava
The Beatles
Os Beatles consideravam Elvis Presley um ídolo, mas o sentimento de admiração mudou depois de um tempo. A percepção dos jovens músicos não permaneceu a mesma após eles terem conhecido o astro. Isso porque eles perceberam que não tinham muito em comum com o cantor, como relatou a BBC na época:
“Houve um silêncio constrangedor entre os cinco megafamosos, parados um de frente para o outro, com muito pouco de importante sendo dito”.
A situação ficou ainda mais delicada entre os artistas depois que Presley, ao dizer que gostava de ouvir novos grupos como Beatles e The Beards, apontou ao então presidente Richard Nixon que “os Beatles foram uma verdadeira força do espírito antiamericano”.
O desafeto de Elvis pelo Fab Four chegou em um nível em que o músico tentou bani-los dos EUA, mas seu desejo não foi atendido e a relação entre eles ficou bastante estremecida.
Frank Sinatra
Enquanto muitos acreditavam que Elvis Presley e Frank Sinatra podiam ter construído uma bela amizade por serem os dois cantores principais da época, os músicos que se dedicavam a estilos diferentes – ainda que extremamente correlacionados – terminaram protagonizando uma rivalidade pública.
Sinatra começou, dizendo a uma revista francesa que o rock and roll era “tocado e escrito em grande parte por capangas cretinos”. Ele continuou:
“E por meio de suas reiterações quase imbecis e letras obscenas – na verdade, sujas – e, como eu disse antes, consegue ser a música marcial de todos os delinquentes com costeletas na face da Terra… esse afrodisíaco de cheiro rançoso que eu deploro”.
Elvis, considerado o Rei do Rock, ficou incomodado com o comentário e rebateu ao dizer que Sinatra estava “terrivelmente enganado”, observando ainda que o músico também fez parte de uma nova onda musical:
“Se bem me lembro, ele também fazia parte de uma tendência. Não entendo como ele pode chamar a juventude de hoje de imoral e delinquente. É a melhor música de todos os tempos e continuará sendo. Eu gosto dela e tenho certeza de que muitas outras pessoas sentem o mesmo.”
Dolly Parton
“Ódio” talvez seja uma palavra muito forte para definir o que Presley sentia por Dolly Parton, mas o músico perdeu toda a sua admiração pela artista após ela ter recusado o seu pedido para regravar o hit “I Will Always Love You”. Em entrevista, Dolly revelou o que fez com que ela não aceitasse o pedido:
“[N]a noite anterior [à sessão de gravação], o Coronel Tom Parker me ligou e disse: ‘Bem, você sabe que não gravamos nada com Elvis a menos que tenhamos os direitos sobre isso, ou pelo menos metade dos direitos’. Bem, eu disse, porque essa era uma música número 1, então eu disse: ‘Este é o direito autoral mais importante em toda a minha editora, e eu não posso fazer isso.'”
Mel Tormé e Robert Goulet
De acordo com Priscilla Presley, ex-esposa de Elvis, o saudoso músico chegou a atirar em duas televisões por conta de sua aversão pelos músicos Mel Tormé e Robert Goulet. Presley acreditava que os artistas não conseguiam transmitir nada além de boas interpretações vocais.
Elvis era fã de música com sentimento, coração, alma e espírito, e ele não conseguia enxergar nenhum desses elementos em Tormé e Goulet. Priscilla falou sobre a aversão de Presley:
“Ele não suportava cantores que, em suas palavras, eram ‘só técnica e nenhum sentimento emocional'”.
A contracultura como um todo
Elvis Presley surgiu como uma figura contracultural, chocando todos com seus passos de dança ousados e trazendo na sonoridade de suas músicas elementos do blues e do rock que ganharam destaque no mainstream à medida que sua carreira crescia. Porém, o músico rapidamente se voltou contra a cena que ele havia impulsionado anteriormente.
Em 1970, o astro do rock assumiu como nova missão se tornar um agente do Departamento de Narcóticos e Drogas e, para isso, ele queria acabar com a cena contracultural que aparentemente ele começou a odiar. Um registro do assessor do encontro entre Elvis e o presidente Nixon apontou:
“Presley indicou ao presidente, de forma muito emocionada, que estava ‘do seu lado’. Presley continuou repetindo que queria ser útil, que queria restaurar algum respeito pela bandeira que estava sendo perdida.”
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