King Diamond (Mercyful Fate) e Fernanda Lira (Crypta)
Fotos por Stephanie Hahne/TMDQA!

Um dos maiores nomes da história do Rock e Metal, King Diamond esteve no Brasil recentemente para um show emblemático no Summer Breeze Brasil. Antes do festival que recebeu o primeiro show do Mercyful Fate no Brasil em 25 anos, o dinamarquês conversou com o TMDQA! e falou sobre uma série de temas.

Ele revelou, por exemplo, algumas grandes memórias que fez em suas passagens anteriores pelo Brasil – inclusive envolvendo um show do U2 e suas visitas às tão famosas churrascarias nacionais. Mas uma outra memória, esta bem mais recente, envolve uma das melhores bandas brasileiras dos últimos tempos.

Questionado sobre a influência de seu trabalho tanto em carreira solo quanto com o Mercyful Fate em bandas de todo o planeta, King mostrou se lembrar de um encontro com a brasileira Fernanda Lira, da Crypta, quando citamos o grupo brasileiro formado atualmente por ela ao lado de Luana Dametto, Tainá Bergamaschi e Jéssica di Falchi e fez elogios ao quarteto:

Sim, nós conversamos na República Tcheca ou algo assim! [A Fernanda] foi muito, muito gentil, e nós conversamos sobre música e algumas coisas tipo o que elas estavam fazendo, obviamente uma turnê forte pela Europa e tudo mais, sabe.

A banda brasileira, vale lembrar, tem feito diversas turnês dentro e fora do Brasil nos últimos tempos para promover o elogiado disco Shades of Sorrow, que apareceu no Top 5 da nossa lista de melhores discos nacionais do ano de 2023.

A influência de King Diamond

Em seguida, questionado sobre a importância de ter sido capaz de influenciar grandes lendas do Metal como o Metallica e ainda se manter relevante o suficiente para inspirar bandas mais novas, como a Crypta, King Diamond refletiu sobre o quanto toda essa experiência é surreal para alguém que veio de um país que não era conhecido por revelar músicos:

É incrível quando eu olho pra trás. Eu me lembro claramente desses dias! Eu sou um… vamos chamar de técnico de laboratório treinado. Eu posso trabalhar com isso, tenho um diploma, teoricamente poderia trabalhar em qualquer laboratório – mas acho que não mais, faz tempo demais. [risos] Mas eu tive uma educação muito boa, terminei os estudos e de repente pedi demissão do meu emprego.

E a minha família, sabe, ficou tipo, “O que você está fazendo? Por que você faria isso?”. “Bom, ele quer ser músico”. Era tipo, “Como assim? Ele ficou maluco? Na Dinamarca? Você não pode ser músico na Dinamarca, muito menos com essa barulheira que ele está fazendo”. E aí, acho que cinco ou dez anos depois, estávamos na primeira página dos jornais nacionais da Dinamarca. E aí todo mundo dizia, “Ah, a gente conhece ele, ele é da família!”, sabe? Esse tipo de coisa acontece, né. [risos]

Mas a Dinamarca não é um dos países em que você espera fazer uma carreira na música. A cena era muito pequena, mas pelo menos as bandas internacionais sempre apareciam e faziam um show em Copenhagen.

LEIA TAMBÉM: Os 5 discos que mudaram a vida de King Diamond, do Mercyful Fate

Mercyful Fate no Summer Breeze Brasil

Em tempo, o Mercyful Fate se apresentou neste domingo como última atração do Summer Breeze Brasil 2024. A banda voltou ao país após 25 anos para este show único, que contou com grande produção e serviu como verdadeira realização de um sonho para os fãs de uma das bandas mais influentes da cena pesada.

Você pode conferir um registro do show logo abaixo e acessar a nossa resenha completa do festival para ler mais sobre este final de semana histórico!

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