beyoncé taylor swift

A AMC, uma das principais redes de cinemas do mundo e a maior dos EUA e Canadá, anunciou nesta quarta-feira que praticamente todo o aumento de sua receita e lucros brutos podem ser atribuídos à distribuição de filmes de concerto de Taylor Swift e Beyoncé.

Essa injeção de dinheiro surge como um impulso bem-vindo em um setor que enfrentou desafios significativos nos últimos anos, em especial com uma seca de grandes lançamentos em 2023 por conta das greves dos atores e roteiristas de Hollywood.

Segundo o CEO da AMC, Adam Aron, “literalmente todo” o crescimento da empresa no último trimestre de 2023 foi impulsionado pelos filmes de concerto das duas estrelas da música pop.

Filmes de Taylor Swift e Beyoncé

Esses longas, Taylor Swift: The Eras Tour e Renaissance: Um Filme de Beyoncé, representaram um nono da bilheteria doméstica da indústria no quarto trimestre inteiro – ou seja, de todos os filmes lançados nos últimos três meses do ano.

A distribuição das produções de Beyoncé e Taylor Swift marcou a primeira incursão da AMC no mundo dos filmes de concerto, com projetos que foram lançados no final de 2023, coincidindo com o final de turnês de sucesso das duas maiores estrelas pop da atualidade. Essa estratégia provou ser um grande acerto para todos os envolvidos, resultando em um aumento significativo da participação de mercado da empresa nos Estados Unidos.

E, como tudo que dá certo, já virou tendência. Agora, a AMC está sendo procurada por outros artistas interessados em levar suas performances para as telonas em 2024 e 2025. Para a empresa, essa parceria com Swift e Beyoncé representa um novo capítulo em sua história de 103 anos – e certamente um bem lucrativo.

Impacto cultural e econômico

Os filmes de concerto de Taylor Swift e Beyoncé não apenas impulsionaram os resultados financeiros da AMC, mas também tiveram um impacto cultural significativo. A turnê de Swift registrada em filme arrecadou mais de US$200 milhões em ingressos, tornando-se o documentário ou filme de concerto com a maior bilheteria de todos os tempos.

Além disso, os shows de Swift e Beyoncé foram notáveis por seus altos preços de revenda de ingressos, impulsionando a tendência de “funflation” e gerando um grande interesse dos fãs. O impacto econômico desses eventos foi observado até mesmo pela Receita Federal americana, destacando sua importância não apenas para a indústria do entretenimento, mas também para o turismo e a economia local das cidades onde ocorreram os shows.

Reconhecimento na indústria

A AMC não foi a única empresa a relatar benefícios decorrentes dos concert films nesta temporada de resultados, em que corporações revelam seus lucros (ou perdas) para acionistas atuais e potenciais.

A concorrente Cinemark, por exemplo, registrou um aumento nas receitas de bilheteria e no faturamento da bomboniere, atribuindo esse crescimento aos filmes de Swift e ao merchandise relacionado ao filme – como aqueles baldes de pipoca salgados pelo preço. 

Até mesmo a Disney anunciou uma parceria exclusiva para transmitir uma versão estendida da turnê de Swift em sua plataforma de streaming, Disney+. Esse reconhecimento da influência e poder cultural de Taylor Swift destaca ainda mais o impacto significativo que a artista tem onde coloca os dedos. Tanto que o faturamento de seu filme é de dar inveja a muito produtor de Hollywood: US$261 milhões em todo o mundo.

Embora o documentário de Beyoncé tenha rendido menos em termos absolutos – “apenas” US$43 milhões -, “Renaissance” veio para cimentar o lugar da cantora como um fenômeno cultural completo. O filme, além de oferecer aos fãs uma visão íntima dos bastidores da turnê, celebra de forma única a grandeza da contribuição cultural afroamericana. Esses dois sucessos certamente parecem ter aberto as portas para o retorno de um protagonista improvável às salas de cinema: a música.

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