App do Spotify no celular
Foto do Spotify via Shutterstock

O Spotify foi bastante pressionado em 2021 por músicos e compositores que lutavam, e ainda lutam, por pagamentos mais justos da plataforma.

Uma das medidas da gigante do Streaming dias após o início de um protesto ao redor do mundo foi a criação do Loud & Clear, site que oferece uma visão geral de como os pagamentos são distribuídos.

Desde então, o Spotify tem compartilhado anualmente dados detalhados sobre royalties da indústria da música e, neste ano, também divulgou informações sobre as receitas geradas nos últimos seis anos, além de vídeos explicativos de como os artistas e compositores são pagos.

Spotify Loud & Clear

Em seu relatório mais recente, o Spotify aponta que, em 2022, ajudou a gerar mais de 20% de toda receita de gravações de músicas no mundo todo, um salto em relação a 2017, quando essa porcentagem era menor que 15%.

Em uma nova lista que apresenta “10 principais aprendizados”, a plataforma destacou que seus pagamentos totais para detentores de direitos das músicas estão chegando a US$ 40 bilhões. Entre esses detentores de direitos estão gravadoras, produtores, distribuidores independentes, organizações de direitos autorais de execução pública e instituições de arrecadação.

Além disso, a plataforma aponta que pagou mais de US$3 bilhões a detentores de direitos editoriais nos últimos 2 anos, fazendo com que compositores e produtores gerem receitas em nível recorde.

O Spotify também afirma que quase 70% da receita gerada em seu serviço com música, ou seja, por meio das tarifas de assinatura Premium e taxas pagas pelos anunciantes no serivço gratuito, retorna para a indústria. A plataforma destaca que isso tem se transformado em royalties para os detentores de direitos, que então pagam artistas e compositores de acordo com seus contratos, já que a plataforma não paga artistas ou compositores diretamente.

A lista de principais aprendizados também destacou que o número de artistas que geram mais de US$10 mil mais que dobrou nos últimos 5 anos. Em 2022, 57 mil artistas geraram mais de US$10 mil; em 2017, eles eram apenas 23.400. Além disso, 1.060 artistas geraram mais de US$1 milhão, um salto em relação aos 460 de 2017.

Dados do Spotify mostram melhora, mas caminhada ainda é longa

Um dado interessante abordado pelo relatório é de que quase 35% dos artistas que geraram mais de US$10 mil no Spotify vivem em países que não estão entre os 10 principais mercados da música da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, que são Alemanha, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Dos 57 mil artistas que geraram mais de US$10 mil no Spotify em 2022, quase 20 mil deles vivem em países diferentes dos citados acima, e o Spotify credita a sua redução de barreiras como possível influência nesse resultado.

Os números trazem um cenário otimista, mostrando que o streaming realmente veio pra ficar e tem ao menos aberto um canal de transparência com aqueles que utilizam o serviço. Ainda assim, vale lembrar que diversos artistas continuam reivindicando condições melhores através da plataforma, inclusive um reajuste no valor pago por reprodução.

Você pode conferir os dados citados acima e outros apresentados no relatório do Spotify através do site Loud & Clear. Acesse clicando aqui.

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