Max Cavalera
Foto via Wikimedia Commons

Quem acompanha o Sepultura e os projetos de Max Cavalera sabe que a relação entre as partes é bastante complicada. Uma novidade, no entanto, é que Max quase escreveu uma música totalmente direcionada a criticar os ex-colegas de banda, mas acabou desistindo.

Foi o que ele revelou em especial recente da Metal Hammer ao falar sobre a canção “Eye for an Eye”, do disco homônimo de estreia do Soulfly em 1998. A história tem até participação de Ozzy Osbourne, que passou por situação parecida com a de Max com o Black Sabbath, mas tem em especial um dedo do produtor Ross Robinson.

Você pode ler na íntegra, nas palavras de Cavalera e com a nossa tradução, logo abaixo.

Max Cavalera explica como “Eye for an Eye” quase falou do Sepultura

Essa canção [‘Eye for an Eye’] salvou a minha vida, basicamente. Lidando com a morte do Dana [em um acidente de carro em 1996] e saindo do Sepultura, eu estava de saco cheio da música — eu estava de coração partido, nervoso, tinham acontecido muitas decepções. A Gloria estava tentando me levantar, me colocar de volta no lugar certo mentalmente e me colocar para escrever novamente. Eu também lembro que nós jantamos na casa do Ozzy, e ele estava me contando de quando ele foi chutado do Black Sabbath, como ele ficou muito, muito desanimado, mas era responsabilidade dele se levantar novamente.

Vindo do Ozzy, isso foi importante demais — tipo, ‘Eu preciso fazer isso’. Então eu peguei minha guitarra e ‘Eye for an Eye’ simplesmente saiu dela. Eu realmente amo o riff — novamente, é a simplicidade, pode ser tocado em uma corda só. E tem um refrão bem grudento, o que é difícil de fazer.

A letra original eram muito mais duras e totalmente direcionadas ao Sepultura. Mas falando com o produtor [Ross Robinson], ele me fez mudar de pensamento e torná-la algo mais positivo, ao invés de falar merda sobre os caras. Foi tipo, ‘Ok, eu vou ser a pessoa melhor e ser mais diplomático’. Eu fiz ‘Eye for an Eye’ [ser] mais sobre mim do que sobre eles.

É uma canção importante pra mim também porque é uma das músicas que fez o Soulfly assinar um contrato. Nós fomos a Nova York e encontramos com o Monte Connor [representante da Roadrunner Records], e nós tocamos essa e outra música para ele e ele assinou o Soulfly na hora. É uma daquelas canções que eu nunca vou ser capaz de escrever de novo.

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