Michael Jackson
Foto via Wikimedia Commons

Todo mundo sabe que Michael Jackson é uma lenda da música, mas algumas pessoas não entendem ainda a verdadeira dimensão de seu talento.

Conhecido majoritariamente por suas técnicas de voz e dança, MJ é muitas vezes deixado de lado quando o assunto chega em tocar instrumentos. De fato, ele não era proficiente em nenhum — até tocava teclados, guitarra, bateria e outros, mas longe de ser um especialista. Então, como ele fazia para expressar suas intenções?

A resposta é simples: fazendo o que ele fazia de melhor. O Rei do Pop cantava cada elemento, fossem eles acordes, melodias, harmonias, ritmos (através do beatbox) ou qualquer outra coisa. As demos de MJ, como a de “Beat It” disponível abaixo, poderiam tranquilamente ser parte de grupos atuais que exploram essas técnicas como o Pentatonix.

As composições de Michael Jackson

Mesmo sem saber ler ou escrever partituras (ou qualquer outra forma de música, na verdade), Michael criou alguns dos maiores hits do mundo. Em 1994, ele foi processado e acusado de plágio em “Dangerous” — o infeliz acontecimento para ele deu ao mundo uma das maiores demonstrações de sua genialidade musical.

Isso porque, ao explicar seu processo de composição para a corte, ele detalhou tudo de uma maneira nunca antes vista. Neste vídeo (em inglês) você pode entender tudo na íntegra, mas a NME destacou um trecho em um especial sobre o cara:

As letras, [os instrumentos de] cordas, os acordes, tudo vem no momento como um presente que é colocado direto na sua cabeça e é assim que eu ouço. […] Eu vou só cantar [por exemplo] a parte do baixo no gravador de fita. Eu vou pegar esse lick de baixo e colocar os acordes da melodia em cima do lick de baixo e é isso que inspira a melodia.

Quem também corrobora com a história sobre é o engenheiro de som Rob Hoffman, que relata o processo de Michael em detalhes:

Em uma manhã, o MJ chegou com uma nova música que ele havia escrito naquela noite. Nós chamamos um guitarrista, e o Michael cantou cada nota de cada acorde para ele. ‘Aqui é o primeiro acorde, primeira nota, segunda nota, terceira nota. Aqui é o segundo acorde, primeira nota, segunda nota, terceira nota’. […]

Ele cantava para nós um arranjo de cordas na íntegra, cada parte. O Steve Porcaro [do Toto, que já trabalhou com MJ] me disse uma vez que ele testemunhou o MJ fazendo isso com uma orquestra na sala. Ele tinha tudo em sua cabeça, a harmonia e tudo mais. Não eram só ideias de oito compassos que se repetiam. Ele iria realmente cantar o arranjo inteiro a um gravador, incluindo as paradas e ‘viradas’.

Claro que Jackson não é o único músico da história a criar uma carreira mesmo tendo pouca ou nenhuma instrução formal. Ainda assim, é impossível não destacá-lo por ter criado — virtualmente sozinho — alguns dos maiores sucessos da história da música Pop.

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