Shiny and Oh So Bright, Vol. 1 No Past. No Future. No Sun - Smashing Pumpkins

Nos últimos anos ficou evidente o quanto a carreira pareceu pesar nas costas de Billy Corgan. Os Smashing Pumpkins saíram da posição de um dos grandes nomes dos anos 90 para uma banda que parecia não saber que o fim poderia ter chegado. Praticamente todos os integrantes parecem ter percebido isso e pularam do barco, aumentando ainda mais a carga para o vocalista e guitarrista, chegando naquela situação onde ele parecia insistir além da conta, se tornando quase uma carreira solo dentro daquilo que havia sido uma banda de sucesso.

A formação clássica se foi, começou o revezamento de novos membros ao redor do remanescente e a qualidade dos trabalhos ficou em queda livre desde Mellon Collie and the Infinite Sadness, de 1995, último com a formação clássica reunida.

E a volta por cima? Seria possível tantos discos depois? Trazer os membros da formação original daria uma nova chance para uma boa fase?

Após várias polêmicas, principalmente devido aos conflitos com a baixista D’arcy Wretzky, o grupo anunciou o retorno do guitarrista James Iha e do baterista Jimmy Chamberlain. Uma esperança estava no ar novamente.

Com a equipe, em parte, unida novamente e fãs na ansiedade, eis que o mundo recebeu SHINY AND OH SO BRIGHT, VOL 1/LP: NO PAST. NO FUTURE. NO SUN. e podemos dizer que o novo disco conseguiu resumir, com músicas inéditas, bons momentos que parecem percorrer todas as fases da discografia.

“Knights Of Malta”, com o seu refrão abrilhantado por um coro feminino, abre caminho pra “Silvery Sometimes (Ghosts)”, que remete imediatamente à “1979”, um dos maiores sucessos do grupo. Os curtos 33 minutos seguintes trazem outras fases do Smashing Pumpkins, quase que de forma repaginada em sons inéditos, como “Travels” e “Solara”, que caberiam perfeitamente no Mellon Colie and Infinite Sadness ou “Alienation”, que poderia fazer parte do obscuro, mas regular, Adore, assim como “Marchin On” e “With Simpaty”, que botam um pé nos últimos discos lançados como Machina/The Machines of God.

De forma proposital ou não, o novo trabalho traz memórias de uma banda que mesmo com momentos de baixa na discografia tem sua grande importância para os moldes do Rock and Roll a partir dos anos 90.

A grande pergunta agora é: o que virá depois? Após a turnê atual, será que a banda terá fôlego para continuar reunida em volta de Billy Corgan?

Uma segunda parte dessa saga será lançada e veremos o que está guardado. Se irá superar o satisfatório resultado do primeiro volume ou se os esforços não serão suficientes para uma continuidade.

Com essa sobrevida atual dos Smashing Pumpkins, deu até vontade de cruzar os dedos pra, mesmo que após outra grande novela, pudéssemos ter o retorno de D’arcy pra ver se o que está bom ficaria melhor. No fundo, é a torcida para que uma banda com tantos fãs, discos e clássicos marcantes, recupere de fato os seus momentos mais brilhantes.

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REVIEW GERAL
Nota
7
resenha-smashing-pumpkins-shinyBanda relembra grandes momentos da carreira em primeiro disco com a formação clássica (quase) completa.