Resenha e fotos exclusivas do terceiro dia do Coachella (21/04/13)

O TMDQA! e o Decolar.com tem uma parceria que nos ajuda a viajar para cobrir shows e festivais. Procure no site deles suas passagens aereas promocionais e assista shows no Brasil ou na gringa! Estrutura do Coachella O último dia de começou bastante cedo com bandas interessantes tocando em horários próximos ao meio dia. Como resultado, muita gente passou mal, inclusive eu, que tive uma insolação a fui pro hotel ao final da noite morrendo de febre. Apesar disso, deu pra aproveitar bem os shows durante o dia e à noite passeamos pelo Empire Polo Club, visitando as instalações de arte que também ficam por lá junto com as bandas. Foi com elas que terminamos a cobertura do primeiro Coachella em que o TMDQA! estava lá, ao vivo, em cores e cobrindo com fotos e resenhas exclusivas. Aproveite! Fotos por Aline Krupkoski [nggallery id=63] Ghost B.C. O Ghost B.C., que atendia pelo nome de Ghost há pouco tempo, teve a ingrata tarefa de tocar em um dos piores horários para quem sobe ao palco do Coachella: 13:15h. Isso porque são poucas as pessoas que se aventuram a ficar sob o Sol escaldante no meio do deserto para começar a assistir aos shows (que acabam depois da meia noite) tão cedo. Nós, entretanto, estivemos por lá para conferir a banda, um dos nomes mais interessantes do hard rock/metal atual e não nos arrependemos. O grupo sueco que irá tocar no Brasil no Rock In Rio é rondado de mistérios e todos os seus integrantes, que não têm seus nomes revelados, entram um a um ao palco sob um misterioso som que antecipa uma jam tocada enquanto a atração principal, o temido vocalista Papa Emeritus II não entra. Quando subiu ao palco, o líder da banda e do "culto" mostrou que estava adaptado ao clima do local, já que usava óculos escuros, e começou a guiar seus "ghouls" em um grande show de rock. A banda começou dando ênfase a sons de seu novo disco, Infestissumam, e mesmo que o pequeno público que se arriscava no Sol não conhecesse os sons do álbum, acompanhava de perto cada acorde e solo, pois a presença de palco e a formação, toda caracterizada pelas roupas, dá um ar especialíssimo ao show. Era engraçado ver as caras de respeito no público e as caras de quem não estava entendendo nada nos funcionários como seguranças e bombeiros. Reação de cantar junto da plateia veio mesmo com sons do primeiro disco da banda, Opus Eponymous, como as excelentes "Con Clavi Con Dio" e "Ritual", que ao vivo soam como se estivessem sendo tocadas do disco. Para finalizar o show, que rendeu a esse que vos escreve uma insolação ao final do dia, a banda veio com a faixa que também fecha seu novo disco, "Monstrance Clock", e entoou diversas vezes, "Come Together, Together As One / Come Together For Lucifer's Son". No Rock In Rio a banda deve ter um horário melhor, e sem dúvida alguma um show desses caras à noite deve ser ainda mais interessante. Ao conversarmos com Papa Emeritus II em uma sessão de autógrafos depois do show, ele revelou que não vê a hora de tocar no festival e em show que fará em Curitiba e São Paulo. [nggallery id=64] The Gaslight Anthem O Gaslight Anthem era uma das bandas mais aguardadas por mim, já que é um dos grupos que eu mais ouvi nos últimos anos e vem do lançamento de um grande disco em 2012, o ótimo Handwritten. Acontece que o calor parece ter feito mal à banda e ela fez um dos shows mais, desculpem o trocadilho infame, mornos do festival. A banda entrou muda e saiu calada. Brian Fallon, com uma camiseta do time de futebol inglês Tottenham Hotspur, foi recebido obviamente com os tradicionais comentários das meninas da plateia a respeito da sua beleza, mas desapontou como um frontman. Abrindo os trabalhos com a balada "Mae", que fecha Handwritten junto com outra balada e jamais poderia abrir um show, a banda já dava indícios de como seria a performance, antes de emendar versões lentas de "Biloxi Parish" e "Old White Lincoln". Daí pra frente, o grupo parece ter reunido todas as músicas lentas de sua discografia e colocado no setlist, já que a performance ficou arrastada e o público do Coachella conhecido por gostar de uma festa, não sabia como reagir ao show. E não era pra menos. Se de um lado até mesmo os fãs estavam descontentes com a performance, do outro o público em geral que tinha se reunido em grande número para ver os caras começou a deixar o local quando mais uma balada, dessa vez "The Queen Of Lower Chelsea", foi executada. Vieram músicas mais rápidas como "45", mas no geral foi um show que não andou. Na única vez que "interagiu" com o público, Fallon falou algumas frases soltas a alguns centímetros de distância do microfone, e ninguém entendeu muito bem a mistura de agradecimento com algo como "aproveitem o dia". Depois disso ele sussurrou que a próxima música era "um som dos anos 90 que a gente gosta" e antecipou "Interstate Love Song", do Stone Temple Pilots. Pra fechar o set, a banda deu uma "loshermanizada" e resolveu não tocar seu maior hit, a sempre excelente "The '59 Sound" e ao invés disso tocou "Backseat", em um show que já não poderia ser salvo. O Gaslight Anthem é uma banda que fez muito barulho no underground com o disco The '59 Sound e, de forma merecida, ganhou os holofotes em uma grande gravadora, mas se continuar com performances assim, será difícil conquistar mais gente. No Coachella, tenho certeza que o grupo não conquistou ninguém. [nggallery id=65] Dinosaur Jr. O trio Dinosaur Jr. subiu a um dos grandes palcos do Coachella no final da tarde e resolveu aproveitar o bom horário de uma forma bastante própria: com muito barulho. Fazendo um show que alternava entre momentos mais melódicos, quando J. Mascis assumia os vocais, e mais barulhentos, quando o baixista Lou Barlow fazia as honras, o grupo resgatou o rock alternativo dos anos 80 e 90 com uma boa dose de grunge e trouxe para o públco do Coachella algumas décadas depois. Vieram sons de várias fases diferentes da banda e até mesmo uma cover de "Training Ground", do Deep Wound, banda punk formada por Mascis e Barlow em 1982, descrita pelo baixista como uma das primeiras canções escritas pela dupla em toda a vida. Com longas pausas entre os sons para afinar instrumentos, ajeitar os longos cabelos e/ou os microfones, a banda deixou o palco após fazer o que seus fãs mais esperavam, rock dos bons. A molecada "spring-break-wooohoool" do Coachella pode não ter entendido muita coisa. [nggallery id=66] Social Distortion O Social Distortion é uma banda que existe desde o final dos anos 90 e tem como seu lar o Sul da Califórnia, o que fez com que o público do Coachella, que fica muito perto da região, se identificasse com os caras assim que eles subiram ao palco. Mike Ness, vocalista da banda, estava classudo como sempre e vestido com uma roupa social, já marca registrada do cara. Logo após tocar as duas primeiras músicas, "Reach For The Sky" e "Bad Luck", ele já foi ao microfone para dizer que o público estava bem melhor do que "os mortos da semana passada", e ganhou todo mundo de cara. Talvez fosse um truque para segurar a plateia em um som do disco mais recente da banda, a belíssima "Gimme The Sweet And Lowdown", e deu certo principalmente porque logo após veio "Story Of My Life", um dos maiores hits de toda a sua carreira. A música foi cantada pela maioria das pessoas que ali estavam e após a mesma, muita gente até deixou o local. Quem não deixou aproveitou o fim de tarde e começo de noite para assistir a um grande show de uma banda mais do que consistente, com sons como "Machine Gun Blues", "Mommy's Little Monster" e "California Hustle And Flow", que contou com um coro de backing vocals femininas, assim como em sua versão de estúdio. Pra finalizar em grande estilo e contar com um backing vocal do festival inteiro, a banda tocou "Ring Of Fire", clássico de Johnny Cash e June Carter Cash gravado por Ness e companhia no disco Social Distortion, de 1990. Ao anunciar a música, Ness disse que cresceu ouvindo Beatles, Rolling Stones, Ramones e Sex Pistols. Mas que também cresceu ouvindo Johnny Cash, e que quando ele quis gravar a música, lhe perguntaram "por que diabos você vai gravar Johnny Cash", e ele respondeu: "Porque eu quero". Foi um fim de tarde como poucos. [nggallery id=67] Vampire Weekend A banda apresentou restrições de fotografia e nos reservamos ao direito de não resenhar seu show. Ouça um disco do grupo logo abaixo: Nick Cave And The Bad Seeds A banda apresentou restrições de fotografia e nos reservamos ao direito de não resenhar seu show. Ouça um disco do grupo logo abaixo: Red Hot Chili Peppers A banda apresentou restrições de fotografia e nos reservamos ao direito de não resenhar seu show. Ouça um disco do grupo logo abaixo: TMDQA! NOS EUA Em viagem pelos Estados Unidos durante Abril e Maio, Tony Aiex, o editor-chefe do TMDQA!, traz para você, querido leitor, histórias que envolvem locais do país com o mundo da música, além de resenhas de shows. Abaixo, você confere matérias já publicadas durante a temporada TMDQA! nos EUA: Resenha: Green Day e Best Coat no Barclays Center (Nova York); A ligação de Seneca Falls com The Distillers (Nova York); Hard Rock Cafe em Niagara Falls (Nova York); Cadillac Ranch (Texas); Rock and Roll Hall of Fame Museum (Ohio); Coachella 2013 (19/04/13) – Parte 1 (Califórnia); Coachella 2013 (19/04/13) – Parte 2 (Califórnia); Coachella 2013 (20/04/13) – Parte 1 (Califórnia); Coachella 2013 (20/04/13) – Parte 2 (Califórnia); Resenha: Alkaline Trio no Observatory (Califórnia).

Resenha e fotos exclusivas do terceiro dia do Coachella (21/04/13)

Confira o que rolou de melhor no terceiro e último dia do festival Coachella 2013.

Nick Cave And The Bad Seeds