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Imagens: Gustavo Xavier

Novato no cenário de festivais musicais brasileiros, o Festival Na Lata fez sua estreia em Goiânia no dia 18 de Abril, com 3 artistas de peso: Pitty, Emicida e Rael. Após a estreia na capital goiana, o festival passará por Brasília, Uberlândia e São Paulo nos próximos meses.

O evento tem como princípio promover entre os participantes uma reflexão sobre a realidade atual, através de críticas sociais e políticas traduzidas em forma de música. Nesta primeira edição estiveram presentes três grandes nomes da música nacional que têm um discurso social bem forte na maioria de suas letras.

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Rael animou o público logo cedo, subindo ao palco 10 minutos adiantado e se apresentando para uma plateia já bem cheia. Com direito a momentos acústicos e versões de outras músicas da MPB, Rael da Rima ressaltou que nem só de batidas graves vive o rap nacional, prezando por suas letras com cunho social e trazendo outros ritmos para suas composições. Os intervalos também não ficaram em silêncio, contando com grandes sucessos do rap e hip hop nas pick-ups do DJ Daniel De Mello.

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Emicida também utilizou uma certa mistura de estilos musicais em seu show, inserindo sua versão de “País do Futebol” (Mc Guimê) na apresentação, além de hits já reconhecidos e entoados pelo público como a faixa “Levanta e Anda“, aderindo também ao samba e outros ritmos brasileiros tradicionais com bastante percussão. Além disso, o cantor também realizou uma breve homenagem ao rapper Sabotage.

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E o show mais esperado da noite foi com certeza o da baiana Pitty. A artista, que é considerada um dos maiores expoentes do rock nacional nos últimos 10 anos, subiu ao palco do Jaó Music Hall para um longo show onde mesclou músicas de seu último trabalho (Setevidas) com sucessos do início da carreira em seu setlist, viajando de “Leão” a “Equalize“,”Deixa Ela Entrar” a “Anacrônico“, entre vários outros sucessos atuais e antigos.

A baiana chamou a atenção do público também ao convidar os outros dois artistas da noite ao palco para cantarem algumas faixas em parceria: “Nóiz” (Emicida), “Máscara” e “Serpente” (Pitty), mostrando que para os músicos atuais a convergência de estilos musicais, além de agradar a um amplo público, é uma tendência recorrente.

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Pitty inclusive comentou, em uma breve entrevista, sobre essa mistura musical:

“Eu acho que tem muito a ver essa mistura, desde que ela faça sentido. No caso do rock e o rap, existe um cruzamento de discursos, muitos temas são parecidos. É um cruzamento natural desse tipo de música, não fica forçado. Com o Emicida, por exemplo, eu sempre gostei do trabalho dele e um dia ele me chamou para fazer uma parceria. Eu adorei a ideia!”

Apesar de estar ainda em sua primeira edição, o festival já mostrou a que veio. Com uma boa aderência à proposta, milhares de pessoas passaram pelo evento, que contou com boa estrutura de alimentação e bebidas, além de prezar pela pontualidade em todas as apresentações.

As datas das apresentações nos outros estados serão divulgadas em breve pela produção do evento.

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