A cerimônia de indução do Hall da Fama do Rock em 2025 aconteceu no último sábado (8) no Peacock Theater, em Los Angeles, na Califórnia (EUA), e contou com diversas homenagens a ícones da música. Um dos nomes celebrados, aliás, foi o The White Stripes, que encerrou suas atividades há 16 anos.
Para introduzir Jack White e Meg White no seleto grupo de homenageados, a organização do prêmio convidou Iggy Pop, que contou uma divertida história sobre como os dois músicos uma vez tiraram fotos no estilo “Virgem Maria e Jesus Cristo”, como você pode conferir ao final da matéria.
Já no palco, o membro do The Raconteurs incentivou jovens músicos a persistirem em sua caminhada para mostrarem sua música ao mundo:
“Para os jovens artistas, eu quero aconselhar que eles sujem suas mãos e deixem as telas. Se enfiem em suas garagens e nos seus pequenos quartos e fiquem obcecados. Fiquem obcecados por algo, sabe, se apaixonem. Todos nós queremos compartilhar o que vocês talvez venham a produzir.”
Aproveitando o discurso, Jack também falou sobre Meg, que não pôde comparecer naquela noite, e citou a desinformação que perdurou por tantos anos sobre a artista ser sua irmã. Os dois, na verdade, foram casados por um período e o excêntrico músico posteriormente adotou o sobrenome de Meg em definitivo. Ao falar sobre sua ex, Jack disse:
“Por último, eu iria enviar isso para Meg [White], mas eu não consegui. Então, eu pensei que poderia ler para todos vocês essa noite. Uma vez, uma garota subiu em uma árvore. E naquela árvore havia um garoto. Seu irmão, ela pensou. E a árvore parecia tão gloriosa e bonita. Mas era só uma árvore de carvalho. E esses dois amavam tanto o mundo que eles trouxeram um carro alegórico para o desfile; um eles construíram em sua garagem, atrás da árvore de carvalhocom suas próprias mãos. E o garoto olhou para esse gigante hortelã-pimenta com rodas e sentiu orgulho. Orgulho por ter sido produzido na Motor City [em referência à cidade de Detroit], assim como acontece nas grandes fábricas. Mas estava apenas na garagem deles.
Ele olhou para a garota, sua irmã, ele pensou, e como os pequenos patifes, eles disseram, ‘vamos armar um show’. […] E, com suas próprias mãos, os dois começaram a aplaudir e cantar e fazer músicas. E algumas pessoas continuaram assistindo, e balançando e se movendo. E uma pessoa até sorriu, e o menino e a menina olharam um para o outro e também sorriram. E os dois sentiram o sinal do orgulho, mas continuaram sorrindo. Sorrindo para uma nova liberdade, sabendo que eles compartilharam e fizeram uma outra pessoa sentir algo. E eles pensaram que a pessoa sorrindo para eles fosse um estranho. Alguém que eles nem conheciam. Mas não era só um estranho, era Deus. Minha irmã agradece a vocês e eu também. Obrigado, muito obrigado a todos vocês.”
Em outro momento, Jack relembrou seu passado ao lado da “irmã” e revelou que Meg até o ajudou a preparar seu discurso:
“Conversei com a Meg outro dia, e ela disse que lamenta muito não poder estar aqui hoje à noite, mas queria que eu lhes dissesse que ela é muito grata. E a todos que a apoiaram ao longo dos anos, isso significa muito para ela. Ela também me ajudou a escrever tudo isso… Eu enviei essas coisas para ela. Ela revisou e corrigiu vários erros de pontuação. Ela é muito boa nisso. Ela disse: ‘Você se lembra, Jack? A gente costumava andar por aí e os animais, por algum motivo, ficavam olhando para a gente… Até no zoológico de Detroit, um elefante fez exatamente a mesma coisa uma vez.’ Ela só queria que eu lhes contasse isso.”
Vale lembrar que a indução do White Stripes no Hall da Fama do Rock também contou com apresentações de Olivia Rodrigo em dueto com Feist para cantar “We’re Going to Be Friends”, e do duo Twenty One Pilots, que fez cover de “Seven Nation Army”.
Confira os vídeos também mais abaixo!
Jack White compartilhou vídeo de “Seven Nation Army” em momento histórico no Irã
Por falar no maior hit do White Stripes, a conta oficial da dupla publicou recentemente um vídeo de uma banda tocando o clássico nas ruas de Teerã, capital do Irã, com uma multidão ao redor.
A gravação original foi feita pelo jornalista Afshin Ismaeli e depois replicada por Jack White e tantos outros que vêm usando o vídeo como forma de protesto, principalmente contra o uso obrigatório do hijab, o traje escuro que cobre as cabeças das mulheres da região.
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