O já saudoso Ozzy Osbourne deixou uma declaração forte sobre a “melhor droga” que já tomou antes de falecer.
O Príncipe das Trevas descreveu em seu novo livro, O Último Ritual, a experiência de seu último show como um dos momentos mais intensos de sua vida. Realizado em Birmingham, cidade natal do Black Sabbath, o evento marcou sua despedida dos palcos três semanas antes de sua morte, aos 76 anos.
No trecho divulgado pelo jornal The Times (via Ultimate Classic Rock), Ozzy relembra a dificuldade de cantar “Mama, I’m Coming Home”, uma das músicas mais emocionais de sua carreira. Sentado em um trono especialmente projetado para permitir sua participação, já que não conseguia mais ficar de pé por conta de seus problemas de saúde, ele contou ter se emocionado profundamente ao interpretar a canção, escrita em parceria com Lemmy Kilmister.
É a música da Sharon, sabe? Uma das favoritas dela. O Lemmy a escreveu pensando em nós dois. Mas o sentimento que eu tive foi maior que esse. Foi o meu último suspiro. Eu tinha conseguido voltar ao palco depois de seis anos traumáticos, depois de perder a capacidade de andar ou de fazer qualquer coisa sozinho. Era tudo aquilo junto, acontecendo ao mesmo tempo.
Ozzy recordou ainda a força da plateia naquele momento, que percebeu sua emoção e começou a cantar os versos junto com ele.
Havia tanto amor naquele estádio, vindo em ondas… A plateia percebeu que eu estava com dificuldade e começou a cantar as palavras de volta para mim. Tive tanta sorte de ter fãs tão maravilhosos. Deus abençoe todos vocês.
Apesar das limitações físicas, o músico ressaltou que estar em cima do palco era a única sensação que realmente o libertava de seus demônios – algo que nem décadas de abusos químicos conseguiram trazer.
Foi o melhor remédio que tive desde que meus problemas de saúde começaram em 2019. Foi uma noite mágica. Não poderia ter sido melhor. O que percebi é que o único lugar onde estou livre de todos os meus demônios é no palco… Passei a vida inteira tentando me drogar com todas as substâncias conhecidas pelo homem… mas eu só estava tentando recuperar a sensação de estar lá em cima, fazendo meu trabalho. […]
A arena lotada; o impacto do bumbo que você sente no estômago. Quarenta ou cinquenta mil vozes cantando de volta suas palavras. O tempo todo, era isso que eu estava perseguindo. Foi a melhor droga que já tomei.
O Último Ritual, livro póstumo de Ozzy Osbourne, será lançado em 7 de outubro lá fora – aqui no Brasil, a obra chega no dia 31 de janeiro do próximo ano e já está em pré-venda na Amazon.
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