Andreas Kisser
Crédito: reprodução

Um dos fundadores do grupo “Eu Decido”, formado por juristas e artistas que defendem a morte assistida no Brasil, Andreas Kisser explicou a importância de autorizar a eutanásia no país ao participar do podcast Benja Me Mucho.

Na conversa recente com o apresentador Benjamin Back, o guitarrista do Sepultura que perdeu sua esposa Patrícia Kisser para o câncer em 2022 ressaltou a necessidade de haver uma discussão aberta sobre o direito de qualquer pessoa de partir com dignidade.

Em sua fala, Kisser questionou:

“Por que a gente não fala de eutanásia no Brasil? Por que não se fala de morte? Porque você não fala de suicídio assistido? Por que não se fala de morte, velho?”

Na sequência, Back perguntou:

“Você é a favor do suicídio assistido?”

Ao que Andreas completou:

“Eu sou a favor, inclusive…”

O apresentador, então, interrompeu o músico para confirmar uma informação:

“Na Suíça é liberado, né?”

Andreas Kisser defende o direito de se morrer com dignidade

O guitarrista continuou, falando do projeto “Eu Decido” e citando o poeta Antônio Cícero, morto na Suíça por eutanásia aos 79 anos em outubro de 2024:

“Na Suíça é. Inclusive, a gente lançou agora a primeira associação civil que chama ‘Eu Decido’, que eu sou um dos membros fundadores, que está lutando pelo direito da morte assistida aqui no Brasil, para legalizar a morte assistida aqui. Por que o Antônio Cícero, o poeta que deixou aquela carta espetacular para a nação brasileira, que é um presente para o Brasil, tem que sair do país para fazer isso fora do Brasil? E só a gente que tem posse que pode fazer isso. Tem tanta gente na urgência que não sabe nem que isso existe. Então, a gente precisa passar informação, possibilidades.

Por que me foi negada a possibilidade de eutanásia para a Patrícia? Ela tinha todos os requisitos para fazer o negócio e estava lá apertando a porra da maquininha da morfina, consciente do que estava acontecendo. Ela não estava inconsciente, ela estava consciente de tudo aquilo. Aí eu comecei, criei o Movimento Mãetrícia, criei o Patfest, que é o festival em que toda a renda vai para a Favela Compassiva, do professor Alexandre, que leva o cuidado paliativo para as favelas do Vidigal e da Rocinha. E agora a gente está fazendo também com a Heliópolis Compassiva aqui em São Paulo, que leva o cuidado paliativo para a comunidade de Heliópolis.”

A nossa legislação precisa evoluir ainda muito, né? Confira o desabafo de Andreas Kisser logo abaixo!

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