Pecadores
Divulgação

Veja o resumo da notícia!

  • O cinema em 2025 apresentou diretores experimentando, novidades se consolidando e histórias criativas, com filmes que dialogam com o presente.
  • Filmes de terror e suspense exploram o desconforto e o luto, com destaque para 'A Hora do Mal' e 'Faça Ela Voltar', disponíveis na HBO Max.
  • Animações e dramas abordam temas como união, identidade e reinvenção familiar, a exemplo de 'Guerreiras do K-Pop' e 'O Filho de Mil Homens'.
  • Diretores como Trier e Lanthimos exploram dramas afetivos e críticas sociais, enquanto Panahi reflete sobre injustiça e resistência no Irã.
  • Filmes de Anderson e Mendonça Filho retratam obsessões humanas e tensões políticas, culminando em 'Pecadores' sobre fé e representatividade.

O ano de 2025 foi curioso para o cinema: diretores consagrados testaram caminhos inesperados, novidades recentes se consolidaram e algumas histórias mostraram que ainda há espaço para muita criatividade.

No meio de tanta coisa acontecendo, alguns títulos se destacaram não pela grandeza ou pela importância, mas pela clareza com que conversam com o nosso tempo, tanto politicamente quanto em aspectos mais específicos, como tensões, medos e contradições.

A lista abaixo reúne filmes que conseguiram provocar conversa, agitar a crítica e o público, emocionar ou simplesmente nos lembrar que ainda vale a pena ir ao cinema!

Os Melhores Filmes de 2025

10 – A Hora do Mal (Weapons), Zach Cregger

Cregger continua desconcertando o público com histórias ousadas e viradas desconfortáveis. O filme nos prende justamente por trazer situações extremas onde normalmente deveria haver segurança – como uma escola de educação infantil.

O que fica, então, é uma sensação de inquietação. Quase não há jump scares, os sustos são pontuais e bem encaixados, e saímos com uma estranha satisfação, mesmo com a conclusão brutal.

A Hora do Mal está disponível no HBO Max.

9 – Guerreiras do K-Pop (K-Pop Demon Hunters), Maggie Kang e Chris Appelhans

A animação mistura aventura, humor e referências da cultura pop contemporânea para contar uma história sobre união e identidade. O visual tem personalidade e brinca com linguagens de clipes, jogos e com a dinâmica dos palcos mundo afora.

O filme é construído em um formato bem clássico, aquela Sessão da Tarde de conforto para assistir em família, mas ainda existe um comentário leve sobre a pressão de viver sob expectativas públicas. E, claro, as músicas são sensacionais e já viraram fenômeno cultural.

Guerreiras do K-Pop está disponível na Netflix.

8 – O Filho de Mil Homens, Daniel Rezende

Rezende adapta Valter Hugo Mãe com delicadeza, valorizando o afeto e o estranhamento que fazem parte da obra original. A história trata de pertencimento e reinvenção familiar de um jeito sensível, mas sem deixar a narrativa melosa demais.

É um filme que foi muito esperado pelos fãs do escritor português e, no final das contas, acolhe todo esse pessoal que aguardou ansiosamente pela adaptação.

O Filho de Mil Homens está disponível na Netflix.

7 – Faça Ela Voltar (Bring Her Back), Michael e Danny Philippou

A dupla mantém o ritmo pelo qual ficou conhecida (eles dirigiram o ótimo Fale Comigo, de 2022). Mas, aqui, há mais investimento mais nas feridas emocionais dos personagens e suas consequências, colocando um pezinho no horror corporal. O filme equilibra o terror físico, o suspense psicológico e um olhar mais íntimo sobre o luto e a necessidade de controle.

Esse é um daqueles filmes para ficar se revirando de agonia mesmo depois que ele acaba. No fim, é mais um passo positivo na carreira dos irmãos.

Faça Ela Voltar está disponível no HBO Max.

6 – Valor Sentimental (Sentimental Value), Joachim Trier

Trier retoma seus dramas afetivos com a precisão emocional de sempre, observando pessoas que tentam recompor o que sobrou delas após sucessivas crises. A história se desenrola sem pressa, mas com intensidade.

É o tipo de drama familiar tão bem alinhado que parece que nós mesmos somos parte daquela realidade. Uma mistura de ficção com sentimentos muito reais.

5 – Bugonia, Yorgos Lanthimos

Não é à toa que Lanthimos é um dos diretores de maior expressão em Hollywood na atualidade. Aqui, novamente, ele constrói uma fábula distorcida sobre consciência e fuga, conectando a história com o público por meio de aspectos constrangedoramente realistas. A narrativa avança com uma forma de humor bizarramente encantadora.

Uma das melhores faces do diretor grego é a que aposta na confusão e na falta de entendimento, porém, sem esconder suas críticas afiadas – nesse caso, sobre poder e manipulação.

4 – Foi Apenas um Acidente (It Was Just an Accident), Jafar Panahi

Panahi trabalha com recursos mínimos, mas extrai dali uma observação profunda sobre injustiça e vingança. Tudo isso acontece em um cenário opressor, que é o Irã, refletindo questões que têm muito a ver com a vida do próprio diretor.

O poder desse filme está no não-dito: a produção foi realizada em segredo, sem autorização do governo do país, então cada escolha carrega peso real e amplia o discurso político de resistência.

3 – Uma Batalha Após a Outra (One Battle After Another), Paul Thomas Anderson

PTA entrega um filme que parece sempre à beira de sair dos trilhos, só que de propósito. São personagens perdidos, confrontos e momentos de humor estranho, que, unidos, formam um retrato de obsessões muito humanas.

Parece o tipo de filme que a gente assiste por obrigação, aquele espírito de “eu tenho que assistir ao novo do PTA que todo mundo tá falando”. Porém, no fim das contas, ele é muito mais divertido do que parecia inicialmente.

2 – O Agente Secreto, Kleber Mendonça Filho

Mais uma obra nacional repleta de tensão política, um retrato de uma época que ainda deixa muitos brasileiros apreensivos. O filme é forte em vários sentidos e se faz uma importante reflexão histórica sobre memória.

Produzir obras politizadas tem se tornado um desafio, mas o cinema brasileiro encontrou justamente aí a passagem para uma das suas melhores fases. Além disso, é um reforço para que o público se lembre da arte como ferramenta de resistência.

1 – Pecadores (Sinners), Ryan Coogler

Coogler constrói uma história sobre fé e representatividade num cenário de época tenso, com personagens tão interessantes que cada um poderia sustentar o seu próprio filme. Apesar de ser muito focado na cultura dos EUA e na luta histórica contra o racismo nesse país, dá para se identificar bastante com a trama e tirar dela o que há de mais profundo.

Destaque especial para a forma como Coogler usa o som como elemento narrativo, já que a música se torna quase um personagem por si só.

Pecadores está disponível no HBO Max.

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