Cantor, compositor, cineasta, ator, diretor de arte e autor amazonense, Eric Max nasceu em Novo Airão, às margens do Rio Negro, e vem se destacando por ter sido o criador do Ixé Pop Indie Amazônico.
Dias atrás, ele lançou o clipe feito para o single descrito como um electropop manifesto “Mucura”, que transforma o animal frequentemente alvo de preconceito que dá nome ao título em um símbolo de resistência e poder encantado.
Dirigido pelo próprio artista por meio da Borboleta Azul Filmes, o vídeo mistura cinema e performance em um surrealismo amazônico filmado entre Manaus, Novo Airão e Rio de Janeiro.
A obra de Eric se alimenta da memória da floresta, das lendas Baré e Manaó, da sabedoria de sua avó curandeira e da espiritualidade do Norte. Com beats tropicais, refrão marcante e humor crítico, a canção confronta padrões coloniais de beleza enquanto reafirma a estética e o espírito amazônico presentes no gênero criado pelo artista.
Confira o clipe de “Mucura” ao final da matéria!
Eric Max celebra nova fase artística com mais um single
O lançamento acompanha um momento especial da trajetória de Eric com sua participação recente na 30ª Parada LGBTQIAPN+ do Rio de Janeiro, que marcou sua estreia em um grande palco nacional. Selecionado pelo edital Vozes da Diversidade do Grupo Arco-Íris, o artista levou para mais de um milhão de pessoas seu som que mistura ancestralidade indígena, cultura ribeirinha, batidas eletrônicas, brega, carimbó, synthpop e poesia contemporânea.
Para Eric, cantar na edição histórica que celebra três décadas da primeira parada do Brasil representou a realização de um sonho, já que, apenas três anos atrás, ele ainda atuava como voluntário no evento e imaginava quando chegaria sua vez. Em nota para a imprensa, o cantor declarou:
“A floresta estava presente comigo. O Rio Negro, o Amazonas, meu povo Baré — todas as etnias estavam ali através do meu canto. É só o começo. Viva Tupã, viva o Amazonas, viva toda a comunidade LGBTQIAPN+ do Brasil e do mundo.”
Para ele, ocupar esse espaço é também um marco para a arte do Norte, que segue abrindo caminho em um cenário tradicionalmente dominado por artistas de outras regiões. Vale lembrar que, antes de “Mucura”, Eric lançou “Rio Negro”, celebrando o pertencimento, cura e fluxo ancestral das águas que moldaram sua vida.
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