
O Spotify se manifestou após uma série de polêmicas envolvendo boicotes, críticas ao seu CEO e mais.
Como te contamos por aqui, o Massive Attack divulgou um depoimento onde afirma que pediu para que suas músicas fossem removidas da plataforma e também de Israel, em protesto contra o suposto envolvimento indireto do CEO Daniel Ek em investimentos ligados à empresa de tecnologia Helsing e, também, ao conflito com a Palestina. A banda britânica, conhecida pelo posicionamento político, criticou publicamente o vínculo de Ek com a companhia, acusada por parte do público de atuar em zonas de guerra além da Ucrânia.
Em nota enviada à imprensa, o Spotify buscou esclarecer os fatos e reforçar a separação entre as duas empresas. O comunicado aponta para uma declaração oficial da Helsing, disponível em seu site, na qual a companhia afirma:
Atualmente, vemos desinformação se espalhando de que a tecnologia da Helsing está sendo utilizada em zonas de guerra além da Ucrânia. Isso não é correto. Nossa tecnologia é utilizada por países europeus para dissuasão e para defesa exclusivamente contra a agressão russa na Ucrânia.
Spotify se dirige ao Massive Attack
Além da nota, a plataforma também interagiu diretamente com o Massive Attack nas redes sociais. Em resposta a um comentário da banda no Instagram, o perfil do Spotify For Artists publicou:
Oi, aqui é o Joe do Spotify. Queremos esclarecer algumas coisas. Spotify e Helsing são duas empresas totalmente separadas. E embora não possamos falar em nome da Helsing, sabemos que eles não estão envolvidos em Gaza. Sabemos disso porque tivemos as mesmas dúvidas e perguntamos. Os esforços da Helsing estão focados na defesa da Europa na Ucrânia. Se vocês quiserem conversar sobre o Spotify e os pagamentos de royalties, ficamos felizes em ter essa conversa. Obrigado por nos ouvirem.
O posicionamento reforça a narrativa de que não há vínculo operacional entre o Spotify e a Helsing, mesmo que Daniel Ek seja investidor da empresa de tecnologia.
Ainda assim, a reação do Massive Attack repercutiu globalmente e acendeu debates sobre responsabilidade corporativa, ética no financiamento de empresas militares e o papel de artistas em levantar pautas políticas dentro da indústria musical.