Em 2010, Ozzy Osbourne topou o desafio de ter seu genoma inteiro sequenciado em prol da ciência, já que cientistas da Knome Inc., nos Estados Unidos, queriam descobrir como ele ainda estava vivo após mais de 40 anos de excessos e abusos de drogas.
A resposta, como definiu a Science, estava em seu DNA, pois os pesquisadores perceberam que Ozzy carregava centenas de milhares de variantes genéticas nunca vistas antes em humanos.
Sendo assim, o geneticista Nathaniel Pearson considerou o Príncipe das Trevas “um mutante genético”. A mutação no gene ADH4, por exemplo, permitia ao saudoso músico metabolizar o álcool significativamente mais rápido do que pessoas normais.
Por outro lado, a mesma mutação tornou Ozzy seis vezes mais propenso a desenvolver dependência de álcool do que a média mundial. Não à toa, infelizmente, o vocalista do Black Sabbath conviveu com o vício por toda a sua carreira.
O DNA de Osbourne também revelou variantes nos genes de processamento de dopamina, nos receptores opioides e no metabolismo da metanfetamina, essencialmente um modelo genético para se tornar um dependente químico.
Ozzy Osbourne foi considerado por cientistas um “mutante genético”
A pesquisa apresentada no TEDMED 2010 revolucionou nossa compreensão da ciência do vício e cientistas descobriram que as variantes do gene COMT criaram em Ozzy uma combinação que afetou a química de seu cérebro, enquanto mutações no gene CLTCL1 reconfiguraram completamente seus sistemas de comunicação neural.
Os pesquisadores, durante o curso de investigação, ainda notaram que a cafeína era o “fraco” do falecido marido de Sharon Osbourne. Nos dados coletados, o DNA de Ozzy mostrou que ele metabolizava o café de forma extremamente lenta, tornando-o excepcionalmente sensível aos seus efeitos.
Será que ele sabia disso tudo?
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