14 anos sem Paul Gray: relembre a trajetória do fundador e ex-baixista do Slipknot
Imagens: Divulgação

Uma das bandas com maior rotatividade de integrantes, o Slipknot tem duas mortes trágicas marcadas em sua história: a do baterista Joey Jordison em 2021 e do baixista Paul Gray há quase exatos 14 anos, em 24 de maio de 2010.

Gray foi um dos fundadores do lendário grupo de Nu Metal lá em 1995 – ao lado do percussionista Shawn Crahan e do ex-vocalista Anders Colsefni – e gravou todos os discos até All Hope Is Gone, de 2008.

Após a turnê do álbum que tem clássicos como “Psychosocial” e “Snuff”, que também incluiu uma celebração de 10 anos do disco de estreia do Slipknot, a banda entrou num de seus muitos hiatos e os músicos passaram a se dedicar a projetos paralelos.

O baixista estava prestes a embarcar numa sequência de shows com o supergrupo Hail!, que também tinha integrantes do Megadeth, Dream Theater e mais, quando foi encontrado morto num quarto de hotel em Iowa.

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Slipknot viveu conflito com família de Paul Gray

Nascido na Califórnia, Paul Gray começou a carreira tocando guitarra em pequenas bandas de Iowa, para onde se mudou durante a adolescência. Ele tinha apenas 23 anos quando fundou o Slipknot, banda que transformaria sua vida.

Gray foi o responsável pelas linhas de baixo de “People = Shit”, “Duality”, “Before I Forget” e “Dead Memories”, só pra citar alguns dos sucessos do grupo entre 1999 e 2008.

Em junho de 2010, um mês após sua repentina passagem, a causa da morte foi confirmada como overdose acidental de morfina, e os oito membros restantes da banda deram uma entrevista ao vivo e sem máscaras, ao lado da viúva e do irmão de Gray.

Ainda assim, o Slipknot enfrentou acusações da ex-esposa, Brenna Gray, de que os músicos “não estavam nem aí” para o estado de saúde de Paul naquele período, ao que o guitarrista Jim Root respondeu dizendo que “tentou colocá-lo em tratamento várias vezes”:

Eu acho que ela irá dizer qualquer coisa que acha que precisa dizer para que os advogados ouçam. Sabe, Paul era nosso irmão, ele era muito próximo da gente. Tentamos colocá-lo em tratamento várias vezes. Tiramos Paul de turnê para que ele se recuperasse e fizemos intervenções. Eu ia até a casa do Paul com minha ex-namorada e ele ainda estava na cama. Tenho certeza que ela [Brenna] está sofrendo muito e tentando achar uma maneira, talvez, de colocar a culpa em outra pessoa. No final das contas, Paul estava doente, tinha um problema e nós estávamos lá para ele.

Foram cinco anos até Slipknot anunciar novo baixista

Depois da tragédia e do conflito familiar, o Slipknot passou um ano longe dos holofotes e até cogitou encerrar a carreira, embora Joey Jordison garantisse que já havia um álbum novo em produção.

Em setembro de 2010 a banda lançou o disco ao vivo (sic)nesses em homenagem a Paul Gray, com um DVD que mostrava um dos últimos shows do baixista no Download Festival de 2009.

Mas o álbum de inéditas seguinte, .5: The Gray Chapter (2014), só veio mesmo em 2014 – maior período entre discos do Slipknot – com uma lembrança ao ex-integrante logo no título.

Foi apenas no clipe de “The Devil In I” que o grupo revelou a máscara de um novo baixista, que depois foi identificado como Alessandro Venturella, que segue na banda até hoje.

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Relembre entrevistas icônicas de Paul Gray

Paul Gray deixou uma filha, October, que era rescém-nascida quando ele faleceu, além de uma legião de fãs que certamente irão eternizar seu nome. Em 2014, o médico do baixista foi inocentado da acusação de homicídio culposo por prescrever os remédios que o levaram à morte.

Para relembrar o legado de Paul Gray 14 anos após sua passagem, assista abaixo a um compilado de entrevistas do baixista publicado pelo Slipknot em 2010.

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