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O lendário Sepultura anunciou que estará encerrando suas atividades em breve após uma trajetória que completa 40 anos em 2024.
A banda brasileira, que se tornou uma das mais influentes na cena do Heavy Metal mundial, revelou em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (8) que irá se despedir dos fãs com uma turnê especial intitulada Celebrating Life Through Death, programada para durar cerca de 1 ano e meio.
Ao longo de todos os seus anos de história, além de ser acompanhado por uma legião de fãs, o Sepultura foi celebrado por muitos artistas ao redor do globo.
Por isso, reunimos ao final da matéria relatos e demonstrações de algumas dessas bandas e artistas que compartilharam de uma forma ou outra sua admiração pelas obras do grupo fundado em 1984!
Fundada pelos irmãos Max e Iggor Cavalera e atualmente formada pelo baixista Paulo Xisto Júnior, o guitarrista Andreas Kisser, o vocalista Derrick Green e o baterista Eloy Casagrande, a banda anunciou na coletiva que tem planos de receber alguns convidados durante sua turnê de despedida.
Com isso, podemos dizer que qualquer um dos nomes citados na nossa lista a seguir tem a chance de ser convocado para os shows!
Em tempo, a turnê Celebrating Life Through Death terá início em 01 de Março de 2024 com um show em Belo Horizonte, cidade onde tudo começou para a banda. Você pode conferir mais detalhes sobre o anúncio da banda e seus próximos planos aqui.
Joe Duplantier, vocalista e guitarrista do Gojira, relembrou recentemente da relação que construiu com os irmãos Iggor e Max Cavalera depois de ter passado pelo projeto de Thrash Metal Cavalera Conspiracy, formado pelos brasileiros após sua saída do Sepultura.
Em entrevista para a Metal Hammer, como te mostramos aqui, o músico francês destacou que integrar o grupos dos irmãos Cavalera foi como realizar um dos “sonhos mais loucos” da sua vida:
Tocar no Cavalera Conspiracy [de 2007 a 2008] foi inacreditável. Eu cresci como um grande fã do Sepultura, e estar em uma sala com Iggor e Max depois de todos aqueles anos sem tocarem juntos foi incrível. Lembro-me de Max me dizendo: ‘Joe, você sabe tocar Refuse/Resist?’ Só a vida inteira, sabe? [risos] É difícil expressar o quão incrível essa experiência foi para mim. É o tipo de coisa que você vê em seus sonhos mais loucos quando criança, e aconteceu! Sempre serei muito grato por essa experiência com esses caras.
Uma banda que teve forte influência do Sepultura em seus primeiros trabalhos foi o Slipknot. Em uma recente entrevista ao TMDQA!, Corey Taylor compartilhou seu amor pelo sexto álbum de estúdio do grupo brasileiro, Roots, lançado em 1996.
Segundo o vocalista, contar com o produtor Ross Robinson – o mesmo de Roots – nos álbuns Slipknot (1999) e Iowa (2001) foi “a chave” para que a banda encontrasse a sonoridade que estava buscando:
Cara, esse álbum [‘Roots’]… tem algo tão visceral e tão grosso nesse álbum, sabe? Foi um dos primeiros discos que eu ouvi que realmente me fez pensar, ‘Porra, cara, algum dia eu quero gravar um álbum que tenha essa sonoridade’. E aí, obviamente, trabalhar com o Ross [Robinson, produtor de ‘Roots’ e dos dois primeiros discos do Slipknot] foi meio que a chave pra gente. Mas esse álbum, cara… é tão pesado e é tão feroz, você quase consegue ouvir o sangue na garganta do Max [Cavalera], pelo amor de Deus!
Taylor ainda apontou que os elementos tipicamente brasileiros que aparecem nas músicas do disco, como o berimbau e as percussões usadas por Carlinhos Brown em “Ratamahatta”, são o que torna Roots um álbum tão único. Saiba mais aqui.
Outro artista que também assumiu ter sido fortemente influenciado pelo clássico Roots, do Sepultura, foi Dave Grohl.
Em uma entrevista à Mojo Magazine, o líder do Foo Fighters apontou que, sonoramente, aquele foi “o álbum mais poderoso” que já ouviu e revelou que o trabalho serviu de referência para os discos dos Foos por cerca de 10 anos:
[‘Roots’] fazia todo o resto soar como um peido de pulga. Aquele disco virou a referência para cada álbum que o Foo Fighters fez por 10 anos. ‘Isso soa muito bem, mas vamos ver como ele soa perto desse álbum do Sepultura…’ Nós nunca sequer chegamos perto. Mas nos dava uma perspectiva — era pesado. ‘O que você está fazendo? É ok, mas isso aqui é pesado’.
Inclusive, durante o festival The Town, que estreou este ano em São Paulo, Dave Grohl teve um encontro especial com seus ídolos do Sepultura, o guitarrista Andreas Kisser e o baixista Paulo Xisto, nos bastidores do festival. Te contamos mais detalhes aqui e você pode conferir as fotos deste momento abaixo.
Se você pensa que o poderoso som do Sepultura só reflete nos discos de bandas veteranas, você está enganado.
O grupo italiano Måneskin, fenômeno da atual cena do Rock, revelou em 2022 que gostaria de trabalhar com a banda brasileira de Heavy Metal. Ao participar do MTV Hits, a baixista Victoria De Angelis declarou ao apresentador Spartakus (via Terra):
Nós conhecemos o Sepultura. É uma banda brasileira que a gente ama, seria muito divertido fazer uma parceria com eles.
Será que ainda pode rolar essa colaboração antes do fim da banda? Como você pode ver abaixo, vale lembrar que os italianos já colaboraram recentemente com Tom Morello, do Rage Against the Machine. É um pulo pra algo mais pesado, né?!
Quem também demonstrou há pouco tempo sua admiração pelo grupo de Andreas Kisser foi Mike Patton. Durante seu retorno aos palcos em 2022, o vocalista do Faith No More uniu seu projeto Mr. Bungle com o Sepultura no Knotfest chileno para tocar “Territory”, faixa presente no disco Chaos A.D., lançado pela banda brasileira em 1993.
Mas a história é antiga: os artistas, inclusive, se juntaram lá em 2003 para a gravação da faixa “The Waste”, lançada como parte da trilha sonora do filme Freddy vs. Jason, disponibilizado no mesmo ano.
Como você já deve ter visto acima, outra versão de peso do clássico do Sepultura “Territory” foi comandada por ninguém menos que o Gojira em parceria com o vocalista do Deftones, Chino Moreno.
A banda norte-americana, no entanto, também tem uma história longa com os brasileiros e Max Cavalera tem uma participação marcante em “Headup”, que inclusive rolou ao vivo em 2022 durante um show em Brisbane, na Austrália.
Durante a passagem do Metallica pelo Brasil em 2022, o grupo se apresentou pela primeira vez em Belo Horizonte e, no show, James Hetfield mencionou que sua banda estava se apresentando na “terra natal do Sepultura”.
Mas, aqui, a relação também vai além: há 13 anos, quando Jean Dolabella ainda assumia a bateria do Sepultura, o músico compartilhou em seu canal do YouTube um vídeo em que James aparece assistindo ao show da banda brasileira enquanto eles tocavam “Refuse/Resist”, na abertura de um show do Metallica no estádio do Morumbi, em São Paulo.