Um dos maiores festivais de Metal do mundo finalmente chegou ao Brasil! Estamos falando da primeira edição brasileira do Summer Breeze, evento que nasceu na Alemanha há 25 anos e, por aqui, aconteceu no último final de semana, em São Paulo. Tomando conta dos dois lados do Memorial da América Latina, o festival acertou em cheio na escolha do line-up e em sua estrutura, e recebeu milhares de amantes do estilo.

Estivemos por lá nos dois dias do evento, 29 e 30 de abril, curtindo os ambientes, palcos e diferentes ativações do Summer Breeze. Isso porque, seguindo a mesma proposta da edição europeia, o festival vai muito além da música e oferece uma experiência completa e diversa ao fã do Metal. Celebrando também o Horror, o evento promoveu feiras de artigos dedicados, performances de personagens icônicos do gênero, atividades dignas de parques de diversão e até um festival de tatuagens dentro do Auditório Simon Bolivar. Por lá também rolaram shows e palestras durante a programação.

Apesar de alguns poucos pontos fracos, o saldo final foi pra lá de positivo e já nos deixou com gosto de quero mais para os próximos anos. Confira nossa resenha abaixo!

Line-up, palcos e volume do Summer Breeze Brasil

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Lamb of God no Summer Breeze Brasil. Foto por Stephanie Hahne/TMDQA!

O line-up contando com 40 atrações (!) foi dividido em três palcos a céu aberto e um auditório, e fez os fãs correrem entre os dois lados do Memorial durante todo o dia. Assim como acontece em vários festivais, a galera teve que fazer escolhas complicadas — entre Sepultura e a palestra de Bruce Dickinson, ou Stone Temple Pilots e Accept, ou Avantasia e Napalm Death, para citar alguns. Mesmo assim, a passarela que conecta os dois ambientes deu conta do tráfego de pessoas.

O que não estava dando conta por ali eram os ouvidos dos presentes. Apesar da premissa de que um festival de Metal precisa ter som alto, algumas apresentações do evento beiravam o insuportável, principalmente para quem estava mais perto dos palcos. O show do Lamb of God, um dos melhores do ano, acabou sofrendo com o barulho excessivo, e um protetor auricular fez falta para boa parte do público. Como contamos por aqui, moradores dos arredores do local chegaram a reclamar do volume durante todo o final de semana.

Outros problemas de som também surgiram durante as apresentações. No show da Crypta, banda brasileira de death metal, não se ouviu a voz da vocalista Fernanda Lira durante as duas primeiras músicas, e os fãs puxaram coro para reclamar. O show, inclusive, aconteceu no menor palco a céu aberto, o Sun Stage, sem telões, e que acabou ficando pequeno para alguns nomes maiores que tocaram ali, como o Accept e o Napalm Death.

Do outro lado, a estrutura do Ice Stage e do Hot Stage, palcos conjuntos, foi muito mais confortável para o fã que queria ver um show atrás do outro, principalmente por contar com grandes telões. Já o Waves Stage, dentro do Auditório, também sofreu com alguns problemas de som, e era restrito apenas para o público que pagou pelo ingresso mais caro, o que gerou insatisfação dos outros pagantes.

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Show do Sepultura no Summer Breeze Brasil. Foto por Stephanie Hahne/TMDQA!

Apesar disso, é mais do que justo dizer que os acertos foram muito maiores que os erros. Tirando o problema no som e dinâmica do Sun Stage, o evento comportou muito bem o público enorme presente, e ofereceu experiências diferentes para quem queria dar um tempo dos shows.

Na estrutura abrigada pela Marquise do Memorial, o Summer Breeze montou uma grande feira para fãs do Horror e dos quadrinhos, contando com vários expositores e lojinhas repletas de itens únicos. No mesmo espaço ficava o “Sanatório”, uma espécie de labirinto macabro com atores prontos pra te assustar, atração típíca de parques de diversão ao redor do mundo. Por ali, também, cosplayers interpretando Michael Myers (Halloween), Regan MacNeil (O Exorcista) e personagens do game Diablo fizeram performances e tiraram fotos com o pessoal. Já na área externa, além das barracas de comida, lojas de disco, revistas e merch atraíram o público.

No Hall do Auditório Simon Bolivar, que abrigou shows como Vixen e palestras como a de Bruce Dickinson, um festival de tatuagens também aconteceu nos dois dias.

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Apesar do baita leque de atividades para escolher, o público acabou lotando mesmo os palcos. Não era difícil encontrar essas ativações sem filas, principalmente durante os shows mais aguardados do evento. De qualquer forma, é pra lá de positivo ver um festival no Brasil com tantas opções, e com certeza os fãs devem aderir melhor a elas nas próximas edições.

Shows memoráveis e saldo positivo

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Kreator no Summer Breeze Brasil. Foto por Stephanie Hahne/TMDQA!

É uma tarefa bem difícil escolher as melhores apresentações do festival, então não vamos nem nos arriscar nisso. Vale destacar, porém, o peso das bandas que representaram o Metal nacional por lá, como Crypta, Krisiun, Shaman, Viper, Sepultura — que contou com um dos maiores públicos do primeiro dia -, Project46 e mais. “Competindo” com tantas bandas internacionais e aguardadas pela plateia, os shows brasileiros não ficaram para trás e ainda provaram mais uma vez a qualidade do gênero por aqui.

Além disso, é claro, apresentações de nomes gigantes como Blind Guardian, Lamb of God, Kreator, Accept, Napalm Death, Stone Temple Pilots e o Parkway Drive também se destacaram na programação incrível.

Dito isso, estamos bem ansiosos pela próxima edição! Confira fotos do Summer Breeze Brasil logo abaixo.

Summer Breeze Brasil – galeria de fotos

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