Arctic Monkeys -

Há exatos 15 anos, em 23 de Janeiro de 2006, o Arctic Monkeys mostrava um novo horizonte para o Indie Rock ao lançar o aclamado Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not.

O trabalho é até hoje conhecido como um dos maiores hinários do gênero e certamente marcou toda uma geração que ouviu canções como “I Bet You Look Good on the Dancefloor” e “When the Sun Goes Down” nas mais diversas situações — das noites de bad vibes em casa até os momentos bons da vida em boates e festas ao redor do mundo.

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Mais do que isso, Whatever People Say I Am… abriu as portas para a banda que viria a ser um verdadeiro fenômeno da música britânica ao se tornar o disco de estreia mais vendido da história do país em sua primeira semana, com mais de 360 mil cópias comercializadas.

Arctic Monkeys e a nova geração do Indie Rock

Se alguns anos antes o Indie ganhou uma nova cara com o lançamento de Is This It, do The Strokes, foi o AM quem colocou esse tipo de música no mapa de uma vez por todas ao dominar as rádios e paradas mundiais.

As letras que tratavam de temas cotidianos da vida de adolescentes e jovens adultos foram instantaneamente abraçadas por uma geração que via bandas de Rock fadadas ao fracasso e não se identificava com o que era oferecido de forma mais palatável nos veículos de música.

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A era da internet também colaborou bastante para o sucesso do AM, já que canções como “Dancing Shoes” e “Fake Tales of San Francisco” já haviam sido disponibilizadas quase 2 anos antes de forma gratuita e não há dúvidas de que essa acessibilidade facilitou para que Whatever People Say I Am… saísse do círculo underground e acabasse no mainstream.

O sucesso tomou proporções meteóricas justamente quando os singles foram lançados oficialmente, mostrando ao mundo todo o que um seleto grupo de pessoas já sabia que seria, pelo menos naquele momento, a maior banda do planeta.

A icônica capa

Uma coisa que também certamente colaborou para o status icônico de Whatever People Say I Am… é a sua capa, em especial por ter criado uma certa polêmica — afinal de contas, trata-se de uma pessoa fumando.

Isso resultou na Billboard “censurando” o registro de Chris McClure, um amigo próximo da banda (e vocalista do The Violet May) que recebeu 70 libras da banda para curtir uma noite e aparecer no dia seguinte em um bar para a sessão de fotos.

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Verso da capa do Arctic Monkeys

Aliás, até os órgãos de saúde do Reino Unido criticaram os músicos pela escolha do retrato, já que segundo eles a capa reforçava a ideia de que “fumar é ok”. Os responsáveis sempre deixaram muito claro que, na verdade, era justamente o contrário — isso é especialmente perceptível se olharmos para a contracapa, na qual McClure aparece notavelmente cabisbaixo.

Influência no Indie Rock

Além de ter sido o primeiro trabalho de uma banda que viria a se reinventar disco após disco, navegando entre o Indie mais tradicional e gêneros pouco explorados no mainstream à época como o Garage Rock e o Stoner, Whatever People Say I Am… foi sem dúvida alguma o empurrão que faltava para repopularizar o Indie depois do The Strokes.

Muitos outros grupos vinham tentando naquele momento absorver as influências de Julian Casablancas e companhia e criar algo único, mas parece que foi o Arctic Monkeys quem finalmente conseguiu sacar a “receita de bolo”.

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Como sabemos, os caras eventualmente experimentaram com diversos outros temperos e recheios mas, por outro lado, uma gigantesca onda de fãs estava sedenta por mais do mesmo — o que resultou em uma correspondente onda de bandas que tentaram de todo jeito surfar no sucesso desse disco.

Felizmente, dessa enxurrada de bandas surgiram alguns outros bons nomes que eventualmente encontraram suas identidades e se transformaram em grupos de sucesso, tudo isso enquanto Alex Turner e companhia seguiam conquistando o mundo, comercialmente e criticamente, a cada novo álbum.

Nos últimos anos, entretanto, a banda parece ter deixado bastante de lado essa raiz Indie. Por isso, te perguntamos: você curtiria ver um revival dessa pegada no próximo trabalho do AM?

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