Hachula Hundessa, cantor ativista da Etiópia
Foto via CNN

Nos últimos dias, a Etiópia tem vivido uma situação de desespero em meio às tantas outras questões caóticas que afligem o mundo como um todo depois que o cantor e ativista local Hachalu Hundessa foi assassinado.

Na segunda-feira, 29 de Junho, Hundessa foi morto a tiros enquanto estava em uma área residencial da capital Adis Abeba. De acordo com reportagem da CNN, o falecimento do artista fez com que protestos tomassem conta do país africano e ocasionou uma repressão do governo.

Informações do TechCabal dizem que já foram mais de 145 mortos só na região da Orômia, de onde era o cantor, e isso fez com que o governo adotasse uma tática já utilizada antes: cortar a internet de todo o país, algo que segue em prática desde o dia seguinte à morte (30 de Junho).

Por lá, o serviço é fornecido por uma companhia estatal que tem o monopólio da tecnologia. O primeiro-ministro Abiy Ahmed, que prometia mais diálogos com a população quando foi eleito, fez uma publicação mandando “condolências” à família de Hachalu mas pediu que o povo do país “mantivesse a paz” e até agora não se pronunciou sobre a ausência de rede.

Hachalu Hundessa

Hachalu Hundessa era um artista consagrado no país africano não apenas por sua música que representa o grupo étnico da Orômia, mas também por suas visões abertamente contra o governo do país e a abordagem autocrática deste.

Vale lembrar que, infelizmente, essa não é a primeira vez que a Etiópia corta os serviços de internet em meio a protestos da população. Em Janeiro deste ano, inclusive, a mesma região do Orômia sofreu um corte que durou três meses.

Fontes locais afirmam que o “recurso” é utilizado sempre que o governo se sente ameaçado, e citam como exemplo a ocasião em que um líder do partido da oposição sofreu uma tentativa de assassinato.

Esperamos que as coisas melhorem urgentemente por lá.

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