Super explicativo no nome do próprio álbum, Rincon Sapiência mostra que sua paleta de influências e elementos está cada vez maior ao lançar um disco onde apresenta seu mundo e recebe nomes como Mano Brown, Rael, Lellê e ÀTTØØXXÁ.
Cada vez olhando mais para as profundezas da própria banda, o trio O Terno parou para analisar o que já fez e o que vem por aí, e lançou o disco <atrás/além> com a cara de que quer se abrir ao mundo mesmo que tenha mais incertezas do que ideias formadas sobre o futuro.
Com origens no Punk e no Hardcore do Sheik Tosado, onde misturava música pesada com ritmos como o frevo e o manguebeat, China lançou um disco que passeia por diversos estilos musicais para falar sobre os duros tempos em que vivemos e como podemos passar por eles.
Tem batida contagiante, arranjo clássico, participação do guitarrista Andreas Kisser e 11 petardos para passar por cima dos tempos de cólera.
Jaguatirica Print, terceiro disco dos potiguares da Luísa e os Alquimistas, é um passeio pelos ritmos dançantes. Desde o atual brega funk, sucesso em todo o país, até estilos mais clássicos como o zouk e o reggaeton. Tudo isso incrementado com a sonoridade única do Nordeste.
Confessional e experimental na medida que também é pop, o disco do El Toro Fuerte prende pela beleza das confissões que faz e ainda ganha um novo sentido já que o grupo anunciou seu hiato no início de Dezembro.
Forte como seu nome, o novo disco de Larissa Luz vai do Rap à MPB construindo novas pontes entre o passado da artista e seu futuro, com muita influência da religiosidade, do protesto e das participações especiais como as de Luedji Luna, Lazzo Matumbi e Ellen Oléria.
A beleza e a profundidade da capa do disco do baiano Bruno Capinan acompanham as canções de Real, que fala sobre relacionamentos interrompidos e as (superficiais) novas formas de amor: “A gente se conheceu por algoritmo / A gente se convenceu por algoritmo / A gente se concebeu por algoritmo / A gente reconheceu dum algoritmo / A gente compartilhou e deu likes / Mas já sabemos a verdade / É puro algoritmo.”
Conhecido pelo seu trabalho na sempre sensacional Maglore, o compositor, vocalista e instrumentista Teago Oliveira deu o pontapé na carreira solo com Boa Sorte, disco onde pôde dar uma roupagem diferente da banda principal às suas obras.
Todos Os Nós é o disco de estreia da banda paulista Cigana, e é só apertar o play para ouvir a deliciosa faixa de abertura “Lua Em Escorpião” e se deixar levar por uma sonoridade que vai da psicodelia a guitarras pesadas passando por melodias do rock alternativo com muita criatividade.
O formato de discos de meia hora tem sido o mais interessante na música dos últimos anos e a banda paulistana Raça resolveu explorar suas emoções e confissões com ritmos tortos, confissões e melodias em 12 faixas onde abre o peito para diferentes gêneros ligados ao rock alternativo.
A prolífica banda brasileira conhecida pela explosão dos seus shows se inspirou no fogo para misturar elementos eletrônicos à sua base orgânica e retratou os tempos atuais através das canções de Rasgacabeza, onde a Francisco, el Hombre cria novas bombas para explodir em suas apresentações.
Aos 45 minutos do segundo tempo o quarteto de Punk/Grunge Violet Soda lançou seu disco de estreia, homônimo, e mostrou canções poderosas como “Charlie”, “I’m Trying” e “Girl!” misturadas a outras seis composições e 26 minutos de uma bela amostra do que vem por aí para uma das bandas brasileiras de Rock mais interessantes da atualidade.
Presente nas listas de melhores discos do ano com todos os seus discos, o Boogarins voltou a lançar um grande trabalho em 2019 quando veio com Sombrou Dúvida e mais um álbum onde os detalhes vão sendo descobertos e apreciados aos poucos, levando tempo para que a obra seja devorada por completo.
Em 2019 o produtor Julio Secchin resolveu colocar seu nome, sua cara e sua voz no mundo ao lançar a carreira solo e explodiu com a sensacional “Jovem”, onde mistura MPB e funk carioca com maestria.
Acontece que antes disso, lá no começo do ano, ele lançou um álbum sensacional chamado Festa de Adeus onde celebra as coisas pequenas da vida, o carnaval, “a Antarctica latão e o saco de MD”, os ritmos brasileiros e os relacionamentos, pintando cenários para emoldurar suas canções.
Distante de tudo que já havia feito na carreira, a banda brasiliense Scalene lançou um disco onde experimenta em todas as faixas.
Experimenta no instrumental, nas vozes, nas bases eletrônicas, na co-produção de Marcus Preto e na versatilidade das participações especiais com nomes que vão de Ney Matogrosso até Xênia França passando por Hamilton de Holanda.
29 minutos, 12 canções e mais um disco de meia hora que te prende do início ao fim: Folhuda saiu lá no comecinho de 2019 e mostra Juliana Perdigão desfilando seu talento com nomes como Ava Rocha, Tulipa Ruiz, Lucas Santtana e, na sensacional “Torresmo”, o icônico Arnaldo Antunes.
Em longos anos de carreira a banda capixaba de hardcore Dead Fish ficou conhecida por nunca se afastar dos temas e das causas que defende.
Em 2019 não foi diferente e, literalmente gritando, o grupo deixou clara a sua opinião de que a saída da presidente Dilma do poder foi um golpe, abrindo o disco Ponto Cego e dando passagem para uma série de outros questionamentos políticos e sociais importantes.
Bebendo nas fontes de nomes pioneiros que misturaram folk com música alternativa, a banda mineira Moons caprichou na produção do seu disco de estreia, Dreaming Fully Awake, onde proporciona uma viagem deliciosa digna de apertar o play e se desligar do resto do mundo, como pouca gente faz hoje em dia ao ouvir seus álbuns favoritos.
Estreia da banda catarinense Blue Lips, o disco Dancing By The Cliff é uma rápida e ótima viagem por gêneros que vão do Blues Rock até o Pós-Punk passando pelo Rock Alternativo.
Em sete faixas e 24 minutos o quarteto mostra guitarras afiadas, grandes vocais e composições densas que nos transportam aos Anos 90.
Nome dos mais quentes na música brasileira em 2019 e já com uma base de fãs bem interessante, MC Tha lançou seu disco de estreia e mostrou a mistura de elementos religiosos com tantos outros que vão do funk ao tradicional em um caldeirão criado pela artista paulistana.