As pesquisas da RIAA (Associação Americana da Indústria de Gravações) vêm mostrando, nos últimos anos, uma tendência de crescimento de venda dos discos de vinil em oposição a uma queda constante e rápida da venda de CDs.
O mercado parece concordar com isso e uma pesquisa de meio do ano, lançada na última quinta-feira (5) pela associação, mostrou que o faturamento do vinil encurtou a distância em relação ao dos CDs, chegando a U$224,1 milhões (em 8,6 milhões de unidades de vinil) contra U$247,9 milhões (em 18,6 milhões de unidades de CDs).
Sendo assim, de acordo com o Jornal O Globo, se essa tendência for mantida, os bolachões ultrapassariam os disquinhos ainda em 2019, quebrando uma marca histórica que vem desde 1986.
Formatos físicos e o Mercado da Música
Vale ressaltar que esses valores somados representam apenas 4% do faturamento total da primeira metade de 2019. Os serviços pagos de streaming, como as versões premium do Spotify e do Apple Music, seguem liderando com folga com uma fatia de cerca de 62% dessa indústria.
Ainda assim, a venda de discos de vinil cresceu 12,8% na segunda metade de 2018 e mais 12,9% nos primeiros seis meses deste ano. Esses números corroboram com os estudos que indicaram que a venda de CDs está caindo três vezes mais rápido do que os LPs estão crescendo.
Para os curiosos, o relatório completo está disponível neste link.
(Re)lançamentos em vinil
Os artistas e gravadoras têm reagido a esse ressurgimento dos discos de vinil com positividade. Alguns optam por fazer edições limitadas (como este de Tulipa Ruiz e João Donato), outros escolhem relançar álbuns (como o Rush) e tem até quem os escolha para as famosas reedições comemorativas (como a de 25 anos do Definitely Maybe, do Oasis).
Porém, talvez uma das coisas mais legais que têm rolado com o formato é a utilização deste para o lançamento de raridades, como a primeira disponibilização do Live and Loud, do Nirvana e o novo catálogo de raridades nacionais da Universal Music Brasil.