O sempre engajado cantor Morrissey resolveu comentar sobre os atentados de Orlando do último final de semana em uma carta publicada divulgado no blog True To You.

Morrissey, que se declara “humanossexual”, usou o título de “hate-rosexuality”, um trocadilho com “hetero” e “hate” (ódio), e notou a ironia entre a obsessão do atirador por selfies ao mesmo tempo em que agiu contra homossexuais:

“É aceitável para ele admirar amorosamente sua própria masculinidade, mas não é permitido a outros homens gostar de outros homens,” Morrissey escreveu.

Será que as escrituras islâmicas dizem que é aceitável para um homem sentar sozinho tirando adoráveis fotos de si mesmo? Eu duvido.

O político republicano Donald Trump também é firmemente criticado por “politizar” a tragédia, falhando assim em apoiar a comunidade gay:

Enquanto isso, Donald Trump, o provável próximo presidente da América, reage ao massacre de Orlando explicando como, se as pessoas dentro da boate estivessem armadas, haveria menos mortes.

Essa, claro, é sua maneira de evitar qualquer palavra de suporte à comunidade gay de Orlando (como se fosse culpa deles ter ido à casa noturna sem portar uma granada).

Donald Trump provavelmente alegaria que as crianças do massacre em Sandy Hook ainda estariam vivas hoje se elas tivessem tido o senso comum de levar serras elétricas para a escola. A resposta de Trump para Orlando é, portanto, anti-gay e pró-armamento. Ann Coulter estará acenando com seu boné de baseball e comemorando. Está tudo indo tão bem para a América!

Na segunda parte da carta Morrissey foca na eleição presidencial dos Estados Unidos:

“O maior desastre é essas duas figuras principais na corrida presidencial, enquanto o mundo se prepara para balançar sua cabeça em descrédito quando o novo presidente for nomeado,” ele escreveu.

[Hillary] Clinton é a cara e a voz dos investidores (e depois irá pagar a elite com o que eles quiserem se ela for eleita), e Donald Trump é George Wallace – odiando simplesmente todo mundo que não seja Donald Trump. Que 2016 é esse, América?

Morrissey acrescenta que a verdadeira vitória da corrida presidencial tem sido o sucesso independente de Bernie Sanders, cuja abordagem tem sido tão sóbria e inteligente, na medida que tem sido completamente ignorado pela mídia americana – que não consegue entender ninguém que não está sedento por sangue.” Ele atribui a falta de cobertura da mídia a Sanders por ele não ter conseguido a nomeação do partido democrata.

Clinton e Trump podem ser populares entre os fiéis do partido – mas estes não são muitos, e não são a América, embora um triste dia chegará em Novembro – um dia que apenas Bernie Sanders poderia ter salvo – tendo ele autorizada a sua parte de direito na cobertura da mídia. Mas, claramente, a eleição presidencial realmente não é da sua conta. Você achava mesmo que seria?

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