Scalene_3

Texto por Henrique Ramos e Rakky Curvelo

Fotos por Vinicius Cunha 

No último Domingo (31), as bandas Scalene e Fresno se apresentaram juntas no Carioca Club em São Paulo. Era um dia atípico em São Paulo, de sol forte e embalado por blocos de carnaval (um inclusive ao lado de onde ocorria o show), mas isso não foi problema para que a conexão entre gerações do rock fosse embalada pela empolgação de ambas as bandas e do público.

Scalene

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A Scalene entrou no palco às 18h20 e antes mesmo do show, era visível que a base de fãs da banda brasiliense é cada vez mais expressiva, representada em grande parte por um público adolescente. Todos esperavam efusivamente a entrada do quarteto, apresentado ao grande público por meio do programa Superstar, da Rede Globo, mas já consagrado no underground, inclusive com participação no Lollapalooza (que você relembra por aqui).

Desde o início, a banda mostrou mais uma vez que sua qualidade ao vivo impressiona. Os grandes hits como “Sublimação”, do recém-lançado Éter e “Surreal” do antigo Real/Surreal eram entoados por uma plateia como hinos de uma nova geração que se beneficia da qualidade do grupo.

Até a entrada no palco de Emmily Barreto do Far From Alaska Luiza da Inky que, apesar de não tocarem com a banda (a esperada “Relentless Game” do Far From Alaska com Scalene, que teve lançamento exclusivo aqui no TMDQA! ou qualquer jam que a Luiza pudesse fazer ali no meio) fizeram uma pequena algazarra muito bem recebida pelos fãs, que se juntavam mais próximos ao palco para ver quem eram aquelas “visitas”.

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Com um instrumental afiado, representado por Gustavo (vocal e guitarra) e Tomas Bertoni (guitarra), Lucas Furtado (baixo) e Philipe Conde (bateria) a Scalene faz jus ao que disse Lucas Silveira, da Fresno, ao indicar que ali, antes da sua, estava uma das maiores bandas do rock nacional.

Então Scalene, não é Surreal ter o mundo em suas mãos!

Fresno

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A Fresno entrou no palco um pouco depois das 20h e aproveitando a euforia do público pós-show da Scalene, seguiu com a sua setlist do tour de apresentação do DVD de 15 anos da banda, iniciando com a qualidade rítmica de “À Prova de Balas”, do EP Eu Sou a Maré Viva. Era visível que a banda estava disposta a realizar um show memorável, talvez em comemoração ao nascimento da Sky Jonz Silveira, primeira filha do vocalista Lucas Silveira (com Karen Jonz).

As músicas foram cantadas de peito aberto pelo público ali presente, exceto quando a banda passava por canções mais pesadas como Diga”, “Parte 2”, “Cada Poça Dessa Rua Tem Um Pouco de Minhas Lágrimas” e a famosa música de fechamento de shows da banda, “Revanche”. Foi como um grito de liberdade cantado por mais de 2 mil pessoas, onde a banda demonstrou que suas músicas saíram do estigma do emo e tornou-se em uma das maiores referências do rock nacional.

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Como citado por Lucas, é um terrível engano dizerem que o rock morreu. O Brasil em crise, o carnaval de rua rolando e todos ali dispostos a ouvir, cantar e gritar aquilo que o rock produziu nas últimas décadas.

Não é um pecado dizer que a combinação brasiliense-gaúcha funcionou muito bem. Juntas, Fresno e Scalene foram ao seu público como uma Maré Viva.

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