Fotos por Moviola – Mídia Livre
Na noite do dia 7 de Dezembro aconteceu a segunda edição do projeto Muñoz convida na cidade de Uberlândia. A empreitada consiste em proporcionar ao público noites antológicas, alucinógenas e psicodélicas, aliando sempre o show do Muñoz a bandas com propostas compatíveis de todo o país. Em Outubro os convidados especiais foram os sergipanos da banda The Baggios. Dessa vez, foram os goianos do Overfuzz e do Hellbenders.
O Porão Bar (local onde aconteceria o show), só abriu as portas às 23:00, mesmo que a página do evento anunciasse o horário de início para as 22:00. O motivo certamente fora a chuva forte de algumas horas antes. De qualquer forma, as pessoas só começaram a aparecer um pouco antes de meia-noite. O ingresso foi barato e a cerveja custava o de costume. Alguns fãs do stoner rock se achegavam e não muito tempo depois se iniciava a primeira apresentação.
Muñoz
Dentre os 3 grupos que tocariam, o Muñoz talvez seja o que soe melhor em estúdio. O EP de estreia, lançado neste ano, chamou muitas atenções. E foi exatamente isso o que o duo entregou em palco. O material empolgante resultou num show empolgante, que contou com a participação da cantora Mari Tannús (foto acima, à esquerda).
A apresentação não teve muitas surpresas, e deixar os convidados especiais como atração principal foi uma ideia acertada. Isso para que o público habitual do Muñoz tivesse a chance de ver as outras bandas, que não estão sempre na cidade, em ação.
Overfuzz
Essa surpreendeu. A menos badalada das 3 bandas da noite presenteou o público com um show energético e mostrou que sua força está principalmente nas apresentações ao vivo. Já se notavam algumas pessoas com camisetas da banda, e foi identificado parte do público que veio de interior de Goiás para assistir o show, por conta do Overfuzz e do Hellbenders.
A performance do grupo na música “No Bliss” confirmou que só esse show já valeria o preço do ingresso.
Hellbenders
Foi então chegada a hora do tão falado Hellbenders tocar o seu também tão falado Brand New Fear. As expectativas eram altíssimas e a responsabilidade de fazer um show à altura do que fora o do Muñoz e o do Overfuzz também era grande. Logo de cara deu pra perceber que pelo menos ao vivo o Hellbenders é realmente tudo aquilo de que se falava a respeito. O explosivo show de cerca de uma hora pareceu durar apenas alguns instantes, e até os menos entusiastas do stoner rock se sentiram contagiados pela energia. O público invadia os microfones, os integrantes da banda iam para o meio da galera e a bagunça foi total.
Ao fim das apresentações, era hora de conferir a banquinha com o material das bandas. O EP e camisetas do Overfuzz estavam de um lado e o CD, disco de vinil e camisetas do Hellbenders de outro. Por algum desencontro de informações (ou provavelmente por efeito do álccol) o CD Brand New Fear inflacionara incríveis 67% desde o início do show. Com certeza foi por efeito do álcool, pois tal atitude não condizia com a banda que liberara meses antes o álbum na íntegra para audição. E o vinil de Brand New Fear (com uma arte gráfica matadora) estava mais barato que em qualquer uma das lojas virtuais que o vendem (isso significa que os shows são uma ótima oportunidade para adquiri-lo).
Na saída ficou a certeza de que muita gente ficou do lado de fora e não quis ver as apresentações. Uma pena. Depois de pegar o contato com as meninas que tiraram as fotos, era hora de ir pra casa. Já eram 04:00 e o dia seguinte seria de audição falha e ouvidos zunindo, por conta da noite mais barulhenta da história do Porão Bar.
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